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ROSWELL - FORAM DOIS OVNIS E NÃO UM

Roswell: ‘Foram dois UFOs e não um’, diz ex-coronel da USAF

Roswell dois ovnis

Richard 'Dick' French

A história, recombinada diversas vezes por teóricos da conspiração em inúmeros documentários, gira em torno das acusações de que um objeto incomum caiu do céu – um objeto tão bizarro que a Força Aérea Norte-Americana (USAF) emitiu um comunicado de imprensa informando que um disco voador havia se acidentado. No entanto, logo em seguida foi rapidamente retirado e desmentido, criando o que se tornaria uma das maiores lendas urbanas na história americana.

Grande parte dos céticos duvidava até mesmo que tivesse ocorrido algo similar. Agora, ementrevista exclusiva, o ex-coronel da Força Aérea Richard E. French [Dick French] declarou ao jornalThe Huffington Post que ocorreram duas quedas! Esta suposta revelação é especialmente notável, considerando que French era conhecido no passado por desmentir histórias de UFOs [Veja Coronel da Força Aérea Norte-Americana revela que desmentia casos ufológicos].

“Houve na verdade dois acidentes em Roswell, que a maioria das pessoas não sabe”, comentou aoHuffPost. “O primeiro foi abatido por um avião experimental dos Estados Unidos que estava voando fora de White Sands (Novo México) e disparou efetivamente uma arma de pulso eletrônico que desativou e tirou todos os controles do UFO, e por isso ele caiu”.

French, piloto da Força Aérea que estava na cidade de Alamagordo em 1947, sendo testado em uma câmara de altitude – exigência anual para classificação de oficiais -, foi muito específico na forma como os militares supostamente derrubaram o que ele acredita ter sido uma nave de outro mundo. 

“Quando eles o acertaram com esse pulso eletromagnético, bingo! Lá se foram todos os seus aparelhos eletrônicos e, consequentemente, o UFO ficou incontrolável”, disse French, que voou em centenas de missões de combate na Coréia e Sudeste Asiático, e ocupou vários cargos de trabalho na Inteligência Militar.

CRÉDITO: ROSWELL DAILY RECORD

O jornal Roswell Daily Record de 09 de julho de 1947

O jornal Roswell Daily Record de 09 de julho de 1947. Leia o conteúdo integral deste e outros recortes clicando aqui.

Outro oficial da reserva rechaça esta versão

“Sem chance! Chance zero!”, disse o coronel do Exército John Alexander [Cuja bombástica entrevista será publicada pela Revista UFO em breve], que possuia acesso ultrassecreto, o que lhe proporcionou na década de 80 a entrada nos arquivos ufológicos e documentos oficiais. Ele criou um grupo de alto nível de autoridades governamentais e cientistas determinando que enquanto os UFOs forem reais, não poderiam encontrar evidências de um acobertamento oficial.

“Na década de 1980, eu era o cara que desenvolvia todos os sistemas de armas de energia de pulso. Então, nós não poderíamos ter feito isso. Na década de 60, eles tinham um sistema de laser, mas seu alcance foi extremamente limitado, e não possuíamos armas laser operacionais durante esse período”, disse Alexander, que está trabalhando para obter a anistia para os militares que desejam contar suas experiências com UFOs [Veja Ex-coronel norte-americano quer anistia para militares testemunhas de UFOs].

Exceto a manchete inicial do jornal declarando que os militares haviam capturado um disco voador fora de Roswell, a Força Aérea encerrou os relatórios, alegando que a verdadeira identidade do objeto foi um balão de vigilância de alta altitude, com codinome “Mogul“. Mas depois de testemunhas oculares – incluindo vários militares – surgirem e começarem a contar histórias de sua participação num possível encobrimento do incidente, alguns pesquisadores insistiam que era, na verdade, uma nave alienígena que caiu em Roswell.

French diz que foi informado sobre a “derrubada” do UFO por outro militar – uma fonte confidencial – deWhite Sands Proving Grounds, uma área do deserto do Novo México, onde os militares testaram muitos sistemas de armas. Sua fonte disse que houve um segundo acidente com UFO perto de Roswell, poucos dias após o primeiro. “Foi a poucos quilômetros de onde aconteceu o acidente original”, disse French. “Nós pensamos que a razão pela qual eles [alienígenas] estavam lá naquele momento era tentar recuperar peças e todos os sobreviventes da queda do primeiro. Eu estou me referindo às pessoas do espaço sideral, os caras que eram do UFO”.

Retorno ao Blue Book

Enquanto French não oferece mais detalhes sobre o que ele diz ter sido a segunda queda de UFO, provocou ainda mais. 

“Eu tinha visto fotografias de partes do UFO que tinham inscrições semelhantes a uma língua árabe, como um número de peça a cada uma delas. Eram fotografias em uma pasta, que eu apenas folheei”.

É um paralelo interessante com a recente história do ex-agente da Central Intelligence Agency (CIA) Chase Brandon, que afirmou ter encontrado uma caixa na sede da CIA na década de 90, com a etiqueta “Roswell”[Veja Ex-agente da CIA teria confirmado Caso Roswell durante entrevista]. Brandon disse ao HuffPostter olhado dentro dela, contendo materiais escritos e fotografias, confirmando suas suspeitas de que o objeto que caiu em Roswell “era uma nave que claramente não veio deste planeta”

Esse depoimento desencadeou uma fúria de controvérsias entre aqueles que acreditaram e não acreditam na história de Brandon.

E agora temos French, que serviu por mais de 27 anos nas Forças Armadas, incluindo a tarefa de investigar e desmistificar para o famoso estudo da Força Aérea sobre UFOs, conhecido como o projetoBlue Book, que começou em 1947. 

“Eu sou um dos autores do projeto Blue Book e começamos com o escritório de investigações especiais da Força Aérea, estacionados em Spokane, Washington. 
Um dos deveres que tive em 1952 foi desmentir histórias de UFOs”, disse. 

“Em outras palavras, se alguém tivesse um avistamento de UFO, eu e outro agente chegávamos a alguma explicação lógica para esta estranha aparição aérea. A maioria dos relatórios eram de civis, demos nossa análise e tentamos ridicularizar dizendo era gás de pântano ou que a coisa que viram realmente estava pendurada em fios. Passou através de canais de todo o tipo, até o nível presidencial”.

Mas por que French estava ordenado a desmerecer os relatórios sobre UFOs? “Eles nunca lhe dão uma explicação, mas eu vou te dizer minha análise do que é: se eles aceitaram o fato de que existem criaturas que vêm para a Terra de outros universos, ou de onde quer que sejam, basicamente destruiria as religiões, e admitir o fato de que nosso Exército é impotente contra eles seria acabar com a reputação dos militares”, disse French. “Você está falando de Defesa Militar, Nacional e motivos religiosos”.

Como muitas vezes acontece com supostas histórias esclarecedoras envolvendo UFOs, tudo se resume ao que você acredita.

Investigação e busca de dados

Antonio Huneeus é um repórter investigativo veterano, com 30 anos de pesquisas ufológicas, que recentemente passou um tempo com French e está tentando descobrir mais fatos sobre as informações que o antigo oficial da Inteligência Militar quer fazer crer. 

“Fizemos uma pesquisa e encontrei o seu nome numa página oficial da Força Aérea confirmando que ele era um piloto de combate, mas essa página não tinha nada a ver com UFOs”, disse Huneeus, editor da revista Open Minds.

“Minhas reservas são algumas das reivindicações que ele faz, e por causa de sua idade, a memória não é tão boa como costumava ser”, comentou Huneeus.

“É claro para mim que ele é muito bem informado sobre o assunto, ou pode ter ouvido histórias e conversado com pessoas. Então, eu estou tentando separar exatamente o que ele viveu e viu diretamente do que ouviu e leu”.

60 anos após French começar a investigar os UFOs para o projeto Blue Book, ele ainda pensa que há um acobertamento. 

“Isso está acontecendo hoje. Não há dúvida. Eu escutei suas negações muitas vezes e, naquela época, eu estava em oposição direta a sua posição. Em minha mente, não havia qualquer dúvida de que os UFOs eram reais.”

CRÉDITO: ARQUIVO REVISTA UFO

Informação, desinformação, despistamento. Ainda não se sabe o que de fato querem as últimas figuras surgidas no meio ufológico, como Chase Brandon e e Richard French

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