O Autor: Navegando pela Internet deparei-me com uma contestação de que Satanás havia sido expulso do céu em tempos recentes!
Acreditava o contestador que Satanás havia sido expulso ainda dentro do tempo da existência do Éden!
De fato , já ouvi musica gospel, que descreve Satanás sendo retirado do céu "a 10,000 anos atras" (não confunda com a música de Raul Seixas e se tem algo interligado ou não, não parei para analisar!)
Mas interessante o fato que o contestador despercebe o que descreve a abertura da carta de Revelação, Apocalipse, sobre "as coisas que tem de ocorrer em breve"!
Observe:(Revelação foi escrito por João, enquanto estava preso na ilha de Patmos, durante a existência do império romano, muito além do tempo do Éden!)
1 Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu, para mostrar aos seus escravos as coisas que têm de ocorrer em breve.
Qualquer pessoa com um mínimo de noção da língua portuguesa entende que essa abertura aponta para eventos futuros, e não para algo ocorrido num passado longinquo!
E dentre esses "eventos futuros" está a expulsão de Satanás do céu: Capítulo 12
7 E irrompeu uma guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam com o dragão, e o dragão e os seus anjos batalhavam, 8 mas ele não prevaleceu, nem se achou mais lugar para eles no céu.
9 Assim foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada;
ele foi lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto com ele.
10 E ouvi uma voz alta no céu dizer:
“Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus!
11 E eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do seu testemunho, e não amaram as suas almas, nem mesmo ao encararem a morte.
12 Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis!
Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.”
Se Satanás tivesse sido expulso do céu durante o período da existência do Éden, a moral de Deus estaria bem machucada, pois Jó, e Moisés, o escritor do livro de Jó, estão tempos muito à frente do Éden!
E no livro de Jó, Satanás é descrito como alguém presente na reunião periódica dos anjos do céu diante de Jeová, contestando a fidelidade de Jó:
Jó capítulo 1:6 Ora, veio a ser o dia em que os filhos do [verdadeiro] Deus entraram para tomar sua posição perante Jeová, e até mesmo Satanás passou a entrar no meio deles
[E o pior! Ainda confrontou! (sujeito descarado mesmo,não?)]
7 Jeová disse então a Satanás: “Donde vens?” A isto respondeu Satanás a Jeová e disse: “De percorrer a terra e de andar nela.”
A presença de Satanás se repete numa outra ocasião:
Jó capítulo 2:1
2 Depois veio a ser o dia em que os filhos do [verdadeiro] Deus entraram para tomar a sua posição perante Jeová, e também Satanás passou a entrar no meio deles para tomar a sua posição perante Jeová.
Seria no mínimo estranho, Satanás ter sido expulso do céu e depois de muito tempo ainda ter acesso livre a côrte celestial...
Assim, a sua permanência, acusando não somente Jó, mas a inteira organização angélica (Revelação 12:10),foi tolerada à ponto dele ter "arrastado um terço das estrelas do céu"!(anjos que se juntaram a ele e se tornaram demônios) (12:3)
Com isso ficou evidente a lealdade de alguns e a intenção de outros anjos!
Mas como sabemos que Satanás foi mesmo lançado para baixo num período que na nossa contagem de tempo coincidiu com o ano de 1914?
Bom, de qualquer modo, Satanás foi expulso num tempo recente, tão recente quanto o ano de 1914 do século XX!
Mas como podemos saber disto?
Isso é muito simples!
Ao retornar ao céu o ressurgido Jesus recebeu de seu Pai poder e grande autoridade! Havia chegado o momento de começar a preparar a sua atuação como rei do reino de Deus e tomar providências que culminariam na então expulsão de Satanás e dos anjos que ele desviou!
No entanto, teria de cumprir a profecia de o colocaria num período de espera, enquanto o Pai trabalhava para colocar os inimigos como escabelo para os pés de Jesus, ou seja, faria os preparativos para que Jesus começasse a atuar contra as forças opositoras!
De fato, Salmos 110:1 é essa profecia:
110 A pronunciação de Jeová a meu Senhor é:
“Senta-te à minha direita,
Até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.”
Estaria essa profecia direcionada a Daví? Bom, para termos certeza de que era direcionada a Jesus basta recorrer a outras partes da Bíblia, como 1ª Coríntios 15:24 em diante:
24 A seguir, o fim, quando ele entregar o reino ao seu Deus e Pai, tendo reduzido a nada todo governo, e toda autoridade e poder.
25 Pois ele tem de reinar até que [Deus] lhe tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés.
26 Como último inimigo, a morte há de ser reduzida a nada. 27 Pois [Deus] “lhe sujeitou todas as coisas debaixo dos pés”.
Mas, quando diz que ‘todas as coisas foram sujeitas’, é evidente que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.
28 Mas, quando todas as coisas lhe tiverem sido sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará Àquele que lhe sujeitou todas as coisas, para que Deus seja todas as coisas para com todos.
Esse período de espera se extendeu até os nosso dias, pois Jesus falou que a sua atuação, sua presença invisível, teria como um dos principais sinais "NAÇÃO SE LEVANTANDO CONTRA NAÇÃO E REINO CONTRA REINO"!
Vamos ver um pouco sobre isso:
Os discípulos perguntaram a Jesus qual seria o sinal de sua presença e da terminação dos sistemas de coisas:
3 Enquanto estava sentado no Monte das Oliveiras, aproximaram-se dele os discípulos, em particular, dizendo: “Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?”
Jesus então passou a responder:
6 Ouvireis falar de guerras e relatos de guerras; vede que não fiqueis apavorados. Pois estas coisas têm de acontecer, mas ainda não é o fim.
7 “Porque nação se levantará contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro. 8 Todas essas coisas são um princípio das dores de aflição.
Destaco o "Nação se levantará..."
Em toda a desastrada história humana, houve guerras entre países, reinos, domínios! Mas nenhuma foi descrita pelos historiadores como "Primeira Grande Guerra", antes de 1914! De fato, foi em 1914 que irrompeu a Primeira Guerra Mundial! Nunca antes houve tal levante armado na história mundial!
Portanto, a primeira grande guerra foi um dos marcos não somente na história mundial, mas como um dos acontecimentos, "sinais" descritos por Jesus de sua atuação como rei reinante!
Seguiu-se outras grandes calamidades também descritas por Jesus em Mateus 24:1-14!
Terremotos sempre houve! Mas não tão intensos devastadores e repetitivos quanto dentro de nossa era!
Ninguém pode negar que o Século XX/XXI ocorreu as coisas descritas por Jesus, em sua totalidade! Fomes, pestilências antes nunca vistas, aumento do que é contra a lei e o esfriamento do amor ao próximo, a banalização da violência! Mas também um ponto positivo está entre tantos negativos, que é a pregação das Boas Novas por toda a terra habitada!- Mateus 24:14
Assim, podemos ver que de fato, entre as coisas que Jesus começou a fazer ao ser entronizado como rei por seu Pai, foi a expulsão de Satanás do céu e restringi-lo a terra, a qual hoje sofre com tantos "ais"!
Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.”
Mas temos alguma informação adicional que de fato tal momento da atuação de Jesus se deu no ano de 1914?
Temos sim:
Sete Tempos Simbólicos.
Para sabermos por que foi mesmo em 1914 que Jesus começaria reinar, terminando assim o período de espera descrito na profecia em Salmos 110:1, temos de entender quando foi que começou o período que na sua transcorrência culminou na data em questão!
A Bíblia fala sobre "Sete Tempos"!
Bom, mas "tempo" é indefinido, à menos que haja uma referência clara de sua duração! "Sete Tempos" são sete vezes essa indefinição, à menos que seja revelada a duração ao menos de um ou mais tempos, a fim de que se possa ter a certeza da duração desses "Sete Tempos"!
Começamos com o relato sobre esses "Sete Tempos", o seu início, a referência que a Bíblia traz sobre isso e o que isso tem a ver com o ano de 1914!
A matéria é grande, mas valerá a atenção, pois lhe dará conhecimento bíblico exato de quando iniciou, a real duração dos sete tempos e a sua ligação final com o ano de 1914!
Tempos designados das nações
Depois de considerar a destruição que sobreviria à cidade de Jerusalém, Jesus fez a seguinte declaração: “E Jerusalém será pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das nações [“os tempos dos gentios”, Al, So].” (Lu 21:24) O período indicado pela expressão “tempos designados das nações [gr.: kai·roí e·thnón]” tem suscitado consideráveis discussões sobre seu significado e implicações.
O Significado de “Tempos Designados”. A expressão “tempos designados”, neste caso, provém da palavra grega kai·rós (plural: kai·roí), que, de acordo com Vine’s Expository Dictionary of Old and New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento, de Vine, 1981, Vol. 4, p. 138), “significava um período fixo ou definido, uma época, às vezes um tempo oportuno ou apropriado”.
O Greek-English Lexicon (Léxico Grego-Inglês), de Liddell e Scott (1968, p. 859), dá a adicional definição: “tempo exato ou crítico”. Assim, kai·rós é usada para referir-se à “época” da colheita, à “estação” dos frutos e à “estação” dos figos (Mt 13:30; 21:34; Mr 11:13); o “tempo apropriado” para distribuir alimento (Mt 24:45; Lu 12:42); “o tempo designado” para ter início o ministério de Jesus e o período de oportunidade proporcionado por esse ministério (Mr 1:15; Mt 16:3; Lu 12:56; 19:44); e o “tempo designado” de sua morte. (Mt 26:18) Os demônios, prestes a serem expulsos de certos homens, bradaram para Jesus: “Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo designado?” — Mt 8:29.
Kai·rós também é usado com referência a épocas ou ocasiões futuras no arranjo ou no cronograma de Deus, especialmente no que diz respeito à presença de Cristo e seu Reino. (At 1:7; 3:19; 1Te 5:1) Assim, o apóstolo Paulo fala do “segredo sagrado” revelado por Deus “para uma administração no pleno limite dos tempos designados [kai·rón], a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra”. (Ef 1:9, 10) Em vista do significado da palavra kai·rós, conforme usada no texto bíblico, pode-se esperar corretamente que a expressão “tempos designados das nações” refira-se, não a algo vago ou indefinido, mas a um “período fixo ou definido”, um “tempo exato ou crítico”, que tem um princípio definido e um fim definido.
As “Nações” e “Jerusalém”.
O significado da declaração de Jesus acha-se necessariamente interligado com sua referência a ‘Jerusalém ser pisada’, o que, segundo ele, perduraria até o cumprimento dos “tempos designados das nações”. O termo “nações” ou “gentios” traduz a palavra grega é·thne, que significa “nações” e foi usada pelos escritores bíblicos para referir-se especificamente às nações não-judaicas. À base disto, alguns acham que a profecia se aplica ao período durante o qual o local geográfico da antiga cidade de Jerusalém ficaria sob a dominação e o controle gentio.
Embora a cidade literal de Jerusalém seja obviamente mencionada na descrição de Jesus sobre a destruição, que havia de sobrevir e que realmente sobreveio a ela no ano 70 EC, quando os romanos a destruíram, a declaração a respeito dos “tempos designados das nações”
situa a profecia bem além desse ponto, conforme observam muitos comentaristas.
Assim, o renomado Commentary (Comentário), de F. C. Cook, diz sobre Lucas 21:24: “Serve para separar o trecho estritamente escatológico [isto é, o trecho relacionado com os últimos dias] ligado à grande profecia, da parte que pertence apropriadamente à destruição de Jerusalém.”
De modo que é essencial determinar que significado as Escrituras inspiradas atribuem a “Jerusalém”, a fim de avaliar se os “tempos designados das nações” referem-se apenas à cidade literal de Jerusalém ou a algo adicional e maior.
Jerusalém era a capital da nação de Israel, cujos reis da linhagem de Davi, segundo se dizia, ‘sentavam-se no trono de Jeová’. (1Cr 29:23)
Como tal, ela representava a sede do governo divinamente constituído, ou reino típico de Deus, que operava por intermédio da casa de Davi.
Com o seu monte Sião, era “a vila do grandioso Rei”. (Sal 48:1, 2) Por isso, Jerusalém veio a simbolizar o reino da dinastia do Rei Davi, assim como Washington, Londres, Paris e Moscou representam os poderes governamentais de nações da atualidade e são assim mencionados nos comunicados noticiosos. Depois de Jerusalém ter sido pisada pelos babilônios, o que resultou em seu rei ser levado para o exílio e na desolação da terra, nenhum membro da dinastia davídica governou novamente na Jerusalém terrestre. Mas as Escrituras mostram que Jesus, o Messias, nascido na linhagem de Davi, governaria no monte Sião celestial, na Jerusalém celestial. — Sal 2:6, 7; He 5:5; Re 14:1, 3.
Começo do ‘pisoteio’.
O ‘pisoteio’ daquele reino da dinastia de regentes davídicos não começou com a devastação da cidade de Jerusalém pelos romanos, em 70 EC.
Começou séculos antes, com a derrubada dessa dinastia pelos babilônios, em 607 AEC, quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém e levou cativo o destronado Rei Zedequias, e a terra foi deixada desolada. (2Rs 25:1-26; veja CRONOLOGIA.) Isto concordava com as palavras proféticas dirigidas a Zedequias, em Ezequiel 21:25-27, a saber:
“Remove o turbante e retira a coroa. Esta não será a mesma. . . . Uma ruína, uma ruína, uma ruína a farei. Também, quanto a esta, certamente não virá a ser de ninguém, até que venha aquele que tem o direito legal, e a ele é que terei de dá-lo.”
As Escrituras Gregas Cristãs revelam que aquele que tem o “direito legal” à coroa davídica, perdida por Zedequias, é Cristo Jesus, a respeito de quem o anjo, ao anunciar seu futuro nascimento, disse: “Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará sobre a casa de Jacó para sempre, e não haverá fim do seu reino.” — Lu 1:32, 33.
Com a queda de Jerusalém em 607 AEC, as potências gentias passaram a exercer domínio sobre toda a terra. A dinastia e a regência davídica sofreram interrupção, de modo que Jerusalém, ou aquilo que ela representava, continuaria a ser ‘pisada’, enquanto o reino de Deus, conforme exercido pela casa de Davi, fosse mantido em condição rebaixada e inoperante sob as potências gentias. Notando esta ligação com governo, o Unger’s Bible Dictionary (Dicionário Bíblico de Unger; 1965, p. 398) comenta: “Conseqüentemente, os gentios avançam na qualidade de ‘as nações’ para o fim de seu mordomado como governantes da terra. O término desse período será o fim dos ‘tempos dos gentios’. (Luc. 21:24; Dan. 2:36-44).” — Compare com Ez 17:12-21; também, a descrição da queda da Medo-Pérsia, em Da 8:7, 20.
Sua Relação com as Profecias de Daniel.
Pelo menos duas vezes, nesta profecia a respeito do tempo do fim, Jesus se referiu ao conteúdo do livro do profeta Daniel. (Compare Mt 24:15, 21 com Da 11:31; 12:1.) No livro de Daniel, encontramos um quadro da dominação da terra pelas potências gentias durante seus “tempos designados”. O segundo capítulo de Daniel contém a visão profética (recebida pelo Rei Nabucodonosor) da grande imagem que Daniel, por inspiração, mostrou representar a marcha das potências mundiais gentias, que termina com sua destruição por parte do Reino estabelecido pelo “Deus do céu”, Reino este que a partir de então passa a governar toda a terra. (Da 2:31-45)
É digno de nota que a imagem começa com o Império Babilônico, a primeira potência mundial a ‘pisar Jerusalém’ por derrubar a dinastia davídica e deixar vago o “trono de Jeová” em Jerusalém. Isto também confirma o início dos “tempos designados das nações”, no ano da destruição de Jerusalém, 607 AEC.
Visão-sonho da árvore, em Daniel, capítulo 4.
Novamente, encontramos no livro de Daniel um íntimo paralelo com o uso que Jesus fez da palavra “tempos”, com referência às “nações”, ou potências gentias. E, novamente, é a Nabucodonosor, o destronador de Zedequias, descendente de Davi, que foi dada outra visão, interpretada por Daniel, relacionada com a realeza divinamente nomeada. A visão simbólica era duma imensa árvore; um anjo do céu mandou derrubá-la. Seu toco foi então cingido com bandas de ferro e de cobre, e teve de continuar assim entre a relva do campo até se terem passado “sete tempos”. “Mude-se-lhe o coração daquele do gênero humano e dê-se-lhe um coração de animal, e passem sobre ele sete tempos . . . para que os viventes saibam que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser, e estabelece nele até mesmo o mais humilde da humanidade.” — Da 4:10-17; veja 4:16 n.
Relacionada com os “tempos designados das nações”.
A visão sem dúvida alguma teve um cumprimento no próprio Nabucodonosor. (Veja Da 4:31-35.) Portanto, alguns acham que tem aplicação profética direta somente a ele e vêem nesta visão apenas a apresentação da verdade eterna da ‘supremacia de Deus sobre todos os demais poderes — quer humanos, quer supostamente divinos’. Reconhecem que a aplicação dessa verdade ou princípio transcende o próprio caso de Nabucodonosor, mas não crêem que se relacione com algum específico período de tempo ou cronograma divino. Todavia, um exame do inteiro livro de Daniel revela que, em toda a parte, o elemento tempo tem destaque em suas visões e profecias; e as potências e os eventos mundiais descritos em cada uma de tais visões não são independentes, nem ocorrem por acaso, com o elemento tempo ambíguo, mas se ajustam a um fundo histórico ou seqüência de tempo. (Compare com Da 2:36-45; 7:3-12, 17-26; 8:3-14, 20-25; 9:2, 24-27; 11:2-45; 12:7-13.)
Além disso, o livro repetidas vezes aponta para a conclusão que constitui o tema de suas profecias: o estabelecimento do Reino universal e eterno de Deus, exercido mediante a regência do “filho de homem”. (Da 2:35, 44, 45; 4:17, 25, 32; 7:9-14, 18, 22, 27; 12:1) O livro também se distingue nas Escrituras Hebraicas pelas referências ao “tempo do fim”. — Da 8:19; 11:35, 40; 12:4, 9.
Em vista do acima, não parece lógico avaliar a visão da “árvore” simbólica e sua referência a “sete tempos” como se não tivesse nenhuma outra aplicação, a não ser aos sete anos de loucura e subseqüente recuperação e retorno ao poder de um único governante babilônico, especialmente à luz da referência profética do próprio Jesus aos “tempos designados das nações”. O que segue são fortes razões para crer que a extensa visão e sua interpretação foram incluídas no livro de Daniel por revelarem a duração dos “tempos designados das nações” e o tempo para o estabelecimento do Reino de Deus, por seu Cristo — o tempo em que essa visão foi dada: num ponto crítico da história, quando Deus, o Soberano Universal, havia permitido que se derrubasse o próprio reino que Ele estabelecera entre seu povo pactuado; a pessoa a quem foi revelada a visão: o próprio governante que serviu como instrumento divino para tal derrubada e que se tornou, desta forma, o recebedor do domínio mundial por permissão divina, isto é, sem interferência de qualquer reino representativo de Jeová Deus; e o tema indiviso da visão, a saber: “para que os viventes saibam que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser, e estabelece nele até mesmo o mais humilde da humanidade”. — Da 4:17.
O simbolismo da árvore e a soberania de Deus.
Os simbolismos usados nesta visão profética de forma alguma são ímpares. Árvores são usadas em outros lugares para representar poderes governantes, incluindo o do reino típico de Deus, em Jerusalém. (Compare com Jz 9:6-15; Ez 17:1-24; 31:2-18.) Diversas vezes, um toco que brota e o símbolo dum “rebentão” ou “renovo” representam a renovação da realeza em certa família ou linhagem, especialmente nas profecias messiânicas. (Is 10:33-11:10; 53:2-7; Je 23:5; Ez 17:22-24; Za 6:12, 13; compare com Jó 14:7-9.) Jesus falou de si mesmo como “a raiz e a descendência de Davi”. — Re 5:5; 22:16.
É evidente que o ponto-chave da visão é o exercício, por parte de Jeová Deus, da incontestável soberania no “reino da humanidade”, e isto fornece a orientação para se entender o pleno significado da visão. Revela-se que a árvore tem aplicação a Nabucodonosor, que, nesse momento da história, era o cabeça da Potência Mundial dominante, Babilônia. Todavia, antes de Nabucodonosor conquistar Jerusalém, o reino típico de Deus, que governava a partir daquela cidade, era o meio através do qual Jeová expressava sua legítima soberania para com a terra. Constituía, assim, um bloqueio ou impedimento divino a que Nabucodonosor atingisse seu alvo da dominação mundial. Ao permitir que o reino típico em Jerusalém fosse derrubado, Jeová permitiu que fosse derrubada a sua própria expressão visível de soberania, mediante a dinastia davídica de reis. A expressão e o exercício da dominação mundial no “reino da humanidade”, sem o estorvo de um reino representativo de Deus, passavam então para as mãos das nações gentias. (La 1:5; 2:2, 16, 17) À luz destes fatos, vê-se que a “árvore” representava, além de sua aplicação a Nabucodonosor, e superior a esta, a soberania ou a dominação mundial pelo arranjo de Deus.
Renovação da dominação mundial.
Deus, porém, deixa claro aqui que Ele não entregou para sempre a dominação mundial às potências gentias. A visão mostra que a restrição que Deus impôs a si mesmo (representada pelas bandas de ferro e de cobre ao redor do toco da árvore) continuaria até que se ‘passassem sobre ela sete tempos’. (Da 4:16, 23, 25) Daí, visto que o “Altíssimo é Governante no reino da humanidade”, Deus daria a dominação mundial ‘a quem quisesse’. (Da 4:17) O próprio livro profético de Daniel mostra que este é o “filho de homem”, a quem se dá “domínio, e dignidade, e um reino, para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o [sirvam]”. (Da 7:13, 14)
A própria profecia de Jesus, em que ocorre a referência aos “tempos designados das nações”, aponta sem dúvida alguma para o exercício de tal dominação mundial por parte de Cristo Jesus, como o rei escolhido por Deus, o herdeiro da dinastia davídica. (Mt 24:30, 31; 25:31-34; Lu 21:27-31, 36)
Assim, o toco simbólico, que representa a retenção, por parte de Deus, do direito soberano de exercer a dominação mundial no “reino da humanidade”, deveria brotar de novo no Reino de seu Filho. — Sal 89:27, 35-37.
Sete Tempos Simbólicos.
No que se passou com Nabucodonosor em cumprimento da visão, os “sete tempos” eram, evidentemente, sete anos, durante os quais ele enlouqueceu, com sintomas semelhantes aos da licantropia, e abandonou seu trono para comer relva como um animal do campo. (Da 4:31-36) Notavelmente, a descrição bíblica do exercício da dominação mundial pelas potências gentias é apresentada sob a figura de animais que se opõem ao povo santo de Deus e a Seu “Príncipe dos príncipes”. (Compare com Da 7:2-8, 12, 17-26; 8:3-12, 20-25; Re 11:7; 13:1-11; 17:7-14.) Os lexicógrafos mostram que a palavra “tempos” (do aramaico ‛id·dán) é usada na profecia de Daniel com o significado de “anos”. (Veja Lexicon in Veteris Testamenti Libros [Léxico dos Livros do Velho Testamento], de L. Koehler e W. Baumgartner, Leiden, 1958, p. 1106; A Hebrew and English Lexicon of the Old Testament [Léxico Hebraico e Inglês do Velho Testamento], de Brown, Driver e Briggs, 1980, p. 1105; Lexicon Linguae Aramaicae Veteris Testamenti [Léxico da Língua Aramaica do Velho Testamento], editado por E. Vogt, Roma, 1971, p. 124.) Neste caso, a duração de um ano é de 360 dias, visto que Revelação
(Atentem ao fato:)
(Apocalipse) 12:6, 14 mostra que três tempos e meio equivalem a “mil duzentos e sessenta dias”. (Compare também com Re 11:2, 3.)
Segundo esta contagem, “sete tempos” equivalem a 2.520 dias.
Na leitura dos relatos de Números 14:34 e de Ezequiel 4:6, pode-se perceber que o registro bíblico às vezes usa um número específico de dias para representar profeticamente um número equivalente de anos.
É só aplicando aos “sete tempos” desta profecia a fórmula expressa nesses textos, isto é, “um dia por um ano”, que a visão de Daniel, capítulo 4, pode ter um cumprimento significativo, mais além dos dias de Nabucodonosor, já falecido, conforme se pode esperar em razão das evidências até aqui apresentadas.
Portanto, eles representam 2.520 anos.
Mas como sabemos que equivalem mesmo a 2520 anos? Qual é a duração real de um tempo? Temos algum registro que nos leva a avaliar exatamente a duração dos "Sete Tempos"?
Sim, temos! Destaco resumindo o que já foi mostrado acima:
Observe Apocalipse ou Revelação 12:13,14
13 Ora, quando o dragão se viu lançado à terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão. 14 Mas, deram-se à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse ao ermo, para o seu lugar; ali é que ela é alimentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, longe da face da serpente.
"Um tempo e tempos e a metade de um tempo" Ainda é indefinido, mas começa a revelar que se trata de três tempos somados a meio tempo, ou três tempos e meio!
Então observe agora por outro ângulo, o mesmo texto que se repete em Revelação 12:
5 E ela deu à luz um filho, um varão, que há de pastorear todas as nações com vara de ferro. E o filho dela foi arrebatado para Deus e para o seu trono. 6 E a mulher fugiu para o ermo, onde ela tem um lugar preparado por Deus, para que a alimentem ali por mil duzentos e sessenta dias.
Assim, três tempos e meio equivalem a mil duzentos e sessenta dias, ou seja, 1260 anos!
Passamos a saber à partir disso, que os "Sete Tempos" tem duração de 2520 anos!
Mas por que "anos",já que a Bíblia fala de "dias"?
Números 14:33:
33 E vossos filhos se tornarão pastores no ermo, por quarenta anos, e terão de responder pelos vossos atos de fornicação, até que os vossos cadáveres cheguem ao seu fim neste ermo. 34 Segundo o número dos dias em que espiastes o país, quarenta dias, um dia por um ano, um dia por um ano, respondereis pelos vossos erros por quarenta anos, pois tereis de saber o que significa eu estar alheado.
Ezequiel 4:6
“E tens de deitar-te sobre o teu lado direito, no segundo caso, e tens de levar o erro da casa de Judá por quarenta dias. Um dia por um ano, um dia por um ano é o que te dei. 7 E firmarás a tua face para o sítio de Jerusalém, com o teu braço desnudo, e tens de profetizar contra ela.
Assim, na verdade, 2520 dias correspondem a 2520 anos e contando à partir de 607 chegamos a 1914! E Jesus recebeu o reino no final dos "Tempos designados das nações", ou "Tempos dos gentios"!
Veja: Ezequiel 21:26
26 assim disse o Soberano Senhor Jeová: ‘Remove o turbante e retira a coroa. Esta não será a mesma. Põe no alto o rebaixado e rebaixa o que estiver no alto. 27 Uma ruína, uma ruína, uma ruína a farei. Também, quanto a esta, certamente não virá a ser de [ninguém], até que venha aquele que tem o direito legal, e a ele é que terei de dá-lo.’
E Jesus foi esse que tem o direito legal! Em sua atuação como rei reinante, expulsou Satanás do céu e o lançou para baixo, para a terra!
Um fato histórico digno de nota foi a revista Watch Tower (A Sentinela), de março de 1880, à base das informações e das evidências apresentadas acima, identificar o ano de 1914 como o tempo do encerramento dos “tempos designados das nações” (e o fim da concessão de poder aos governantes gentios).
Isto ocorreu uns 34 anos antes da chegada daquele ano e dos momentosos acontecimentos que ele iniciou.
Na edição de 30 de agosto de 1914, The World (O Mundo), um dos principais jornais de Nova Iorque naquela época, num artigo de destaque publicado no suplemento de domingo, comentou sobre isto nas seguintes palavras: “O horrível irrompimento da guerra na Europa cumpriu uma profecia extraordinária. No último quarto de século, por meio de pregadores e pela imprensa, os ‘Estudantes Internacionais da Bíblia’ . . . têm proclamado ao mundo que o Dia da Ira profetizado na Bíblia amanheceria em 1914.”
Os acontecimentos de 1914 EC e a partir de então são história bem conhecida de todos, a começar com a grande guerra que irrompeu, a primeira guerra mundial da história humana e a primeira que foi travada, não pela dominação só da Europa, nem da África, nem da Ásia, mas pela dominação do mundo. — Lu 21:7-33; Re 11:15-18.
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607 AEC até o ano 1 EC = 606 anos!(não existe "ano zero")
ano 1 até 1914, 1914 anos!
1914+606 = 2520 (os anos proféticos!)
Há quem discorde que Jerusalém foi destruida em 607 e datam 587 AEC! Mas uma importante fonte Bíblica contesta essa afirmação de uma forma bem transparente:
Daniel 9:1,2
9 No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da descendência dos medos, que fora constituído rei sobre o reino dos caldeus,
2 no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelos livros o número de anos a respeito dos quais viera a haver a palavra de Jeová para Jeremias, o profeta, para se cumprirem as devastações de Jerusalém, [a saber,] setenta anos. O povo hebreu foi libertado do cativeiro babilônico em 537 AEC
Fonte:
No Ano 538 o rei Ciro (da Pérsia que havia conquistado a Babilônia) permitiu o retorno do povo judeu da Babilônia para a Palestina.
• Este retorno se dá no ano 537 AC.
• Ageu nesta época era um moço. Ele agora profetiza no ano 520 AC.
• O povo havia lançado os fundamentos do templo, mas haviam parado com a construção
http://www.sermao.com.br/1969/12/passado_presente_e_futuro/
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Outra fonte que concorda com o ano de 537AEC como o ano em que os hebreus deixaram o cativeiro babilônico:
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=1409016
Parágrafo 5 - Ciro liberta o povo hebreu em 537AEC!
Mas qual é a relação com 607AEC?
Simples:
eu,
Daniel,
compreendi pelos livros
o número de anos a respeito dos quais viera a haver a palavra de Jeová para Jeremias, o profeta,
para se cumprirem as devastações de Jerusalém,
[a saber,]
setenta anos.
Agora, como os anos são contados "de tras para frente", isto é: 607 AEC("Antes da Era Comum", ou, "Antes de Cristo" AC), o ano seguinte foi 606...605...604...
Os hebreus foram libertos em, 537AEC!
Basta SOMAR 537+70 e temos o início das devastações, a saber, no ano de 607 AEC!
Temos o início, o tempo de duração, 2520 anos, e o fim dos tempos dos gentios, com a entronização de Jesus qual rei reinante! E assim ele expulsa Satanás do céu como uma de suas primeiras atuações como rei...
...exatamente em 1914!
Fonte : Tecnico em Cristo