Como explicado, os terremotos ocorrem ao longo da junção entre as placas tectônicas. O Brasil, por se localizar no centro de uma dessas placas - a sul-americana - não sofre os efeitos do atrito entre elas, ficando portanto livre dos abalos de origem tectônica. No entanto, todas as placas têm falhas em seu interior e a posição do Brasil não é exceção.
Conhecidas como falhas geológicas, essas ranhuras são similares a cicatrizes na crosta terrestre e são as principais causas dos tremores de terra registrados no Brasil.
Quando uma movimentação anômala ocorre próxima a essas fendas, existe uma tendência natural de estabilização do solo abaixo delas que muitas vezes produzem as chamadas "acomodações", quando blocos inteiros sob a superfície desmoronam sobre espaços vazios.
Com raras exceções, os terremotos no Brasil não ultrapassam 3.0 graus de magnitude e muitas vezes nem são registrados. No entanto, quando acontecem em áreas povoadas com estruturas pobres podem provocar danos significativos.
Única vítima
Até hoje, apenas uma pessoa morreu vítima de terremoto no Brasil. O fato ocorreu em 9 de dezembro de 2007, na cidade de Caraíbas, em Minas Gerais, após um terremoto de 4.9 graus que atingiu o local. A vítima foi uma criança e na ocasião 76 casas desabaram.
Maior terremoto no Brasil
O terremoto mais intenso já registrado no Brasil ocorreu em Porto dos Gaúchos, no norte de Mato Grosso, em 31 de janeiro de 1955. Na ocasião os sismógrafos registraram 6.2 graus de magnitude.
O Estado de São Paulo também já registrou abalos significativos. Em 1922 um violento abalo de 5.2 graus foi registrado na cidade de Mogi-Guaçu e em 22 de abril de 2008, outro tremor de 5.2 graus ocorrido no litoral paulista foi sentido com muita intensidade em diversas cidades do Estado, além de Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
Fonte: Apolo 11