Atração. Sem dúvida, esta é a palavra-chave para
explicar o porquê de tamanha aderência popular às práticas xamânicas.
Mas o que é o xamanismo e por que ele atrai tanto?
Segundo a Encyclopaedia Britannica do Brasil, o xamanismo é um conjunto de
crenças ancestrais e tem suas origens na cultura dos povos aborígines: “A mais
pura expressão do xamanismo se encontra entre povos do Ártico e da Ásia
central, mas o fenômeno aparece também no Sudeste Asiático, na Oceania e mesmo
entre povos indígenas da América do Norte”. Nas tribos indígenas do Brasil, o
pajé, o chefe espiritual, é um misto de sacerdote (xamã), profeta e médico
feiticeiro.
Os adeptos desta “filosofia” alegam que, desmembrado em
suas práticas, rituais e tradição, o xamanismo possui milhares de anos. Apesar de
sua antiguidade, como observaremos nesta matéria, esta manifestação de
religiosidade em nada difere dos movimentos esotéricos já conhecidos por todos
nós. Mesmo assim, insistimos em elucidar mais esta expressividade religiosa com
a finalidade de explicitar em que sentido podemos identificar o xamanismo como
mais um porta-voz esotérico. “A palavra esoterismo [...] é sinônima de
ocultismo e está relacionada com a doutrina que se oculta das pessoas em geral
e se revela apenas aos iniciados”.1 Dessa forma, as “magias xamanistas” não
estão liberadas a quaisquer pessoas que queiram dela fazer uso, pois este
“mundo espiritual” reserva suas revelações apenas aos “sábios” xamãs. Vejamos
quem são eles.
Xamãs entre florestas e prédios
Assim como na crença gnóstica havia os aeons,
intermediários espirituais entre o homem e Deus, no xamanismo há um
intermediário humano, entre o homem e o mundo espiritual: o xamã. A palavra
xamã deriva do dialeto tungue2, saman, do sânscrito, sramana e do pali, samana,
e significa “o homem inspirado pelos espíritos” Resumidamente, o xamã típico
das tribos indígenas é uma espécie de sacerdote, com poderes espirituais
“maiores” do que os iniciados em geral, com autoridade para conduzir os rituais
da comunidade e até efetuar curas à base de ervas medicinais e/ou alucinógenas,
peculiaridade expoente no bojo místico xamânico. Esses seriam os traços do xamã
que encontramos em meio às nossas exóticas e exuberantes florestas. Mas é
possível encontrar um outro tipo de xamã, entre os prédios urbanos, em meio ao
caos das metrópoles, os quais poderíamos denominar de “xamãs urbanos”. Na
realidade, esta nova “categoria” de xamanismo é uma adaptação das referidas
práticas ancestrais indígenas.
Em um site dedicado especificamente ao assunto, lemos
acerca da origem do xamanismo urbano nos seguintes termos:
“Em 1960, inicia-se o movimento de retorno ao
xamanismo, quando figuras como Carlos Castanheda e Michael Harner, ambos
antropólogos, publicam as primeiras manifestações científicas sobre o fenômeno.
Michael Harner é iniciado como xamã nos Andes equatorianos por uma xamã jivaro.
A partir desse momento, ele começa sua caminhada no objetivo de trazer ao mundo
moderno os conhecimentos tão antigos e há tanto tempo arquivados em nossa
memória. Passa a difundir seu trabalho nas universidades americanas,
principalmente na Universidade de Columbia. Por meio de uma fita cassete, leva
o som do tambor a seus alunos, que entram em estado alterado de consciência
xamânica. É o despertar dos neoxamãs, também chamados xamãs urbanos que
praticam os conhecimentos nativos na selva de pedra”.3
Xamãs de verde e amarelo
Diante da vastidão geográfica que a doutrina xamânica
atinge, é pertinente conhecermos quem são os mais ativos “evangelistas” xamãs
brasileiros. Entre vários representantes, os xamãs urbanos que destacamos são:
Carminha Levy, fundadora da primeira escola de xamanismo do Brasil, a “Paz Géia
– Instituto de pesquisa xamânica” (1990), e Léo Artese, fundador do “IEC –
Instituto para expansão da consciência”.
Os propagadores teóricos desta crença apresentam
algumas razões para buscar o “caminho da vida” no xamanismo: aquisição de
autoconhecimento, comunicação com realidades ocultas, introvisões de grande
significado e transformações de profundas proporções na vida.
Todas estas “bênçãos” o homem conseguiria,
supostamente, por seu próprio esforço, bastando, para isso, muito treinamento e
a liberação do poder espiritual que cada ser tem dentro de si. Chegando a este
teor de espiritualidade, o homem estará realizado. Neste caso, o que importa
para os xamãs é o poder mental para que possam se libertar de seu corpo e
viajar com sua alma por lugares os mais diversos e desconhecidos em busca de
sabedoria, conhecimentos e soluções para a vida.
A seguir, propomos uma verificação das principais
idéias xamanistas defendidas por seus arautos:
Prerrogativas xamânicas
Antiguidade e ancestralidade
Declaram que o xamanismo é a forma mais antiga de
conexão entre o homem e o sagrado. É um conjunto de crenças ancestrais
perpetuado oralmente. Alegam que havia uma época em que os seres humanos se
encontravam em um estado de inconsciência e precisavam se libertar desta
condição, o que aconteceu quando o próprio homem descobriu que tinha o poder de
libertar a sua mente dessa situação.
Logicamente, este conceito eleva o homem a um patamar
não permitido por Deus, tornando-o auto-suficiente e independente do Divino.
Este fator nos remete ao período edênico, quando a serpente convenceu o casal
Adão e Eva a pecar: “… e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.4,5).
Conforme a teoria xamanista, o homem não precisa nem
depende de Deus para se realizar fisicamente e espiritualmente, mas somente de
si mesmo, porém, biblicamente, o oposto é que é verdadeiro (Gn 1.27,28).
Primeiro Deus criou a raça humana, depois a abençoou e lhe delegou tarefas e
atribuições. Como, então, não dependemos de Deus? Esta é a costumeira mania do
ser humano de querer extrair Deus de seu cotidiano e confiar somente em si
próprio. Somos advertidos acerca disto: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem
que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do
SENHOR!” (Jr 17.5).
Medicina e filosofia
Os xamãs qualificam suas práticas como sendo as mais
antigas práticas médicas e filosóficas da humanidade. Seus adeptos não aceitam
a classificação “religião” para o xamanismo, que deve ser interpretado como uma
filosofia, um sistema de vida. Sendo assim, não há restrição para se tornar um
praticante das teorias xamânicas, bastando, para isso, “sentir” a chamada que
“grita” do interior de cada pessoa. Estas pessoas podem ser detectadas nas
várias classes sociais. Entre elas, médicos, estudantes, psicólogos, advogados,
donas de casa, espiritualistas, místicos, executivos e pessoas das mais
diversas crenças. O que podemos perceber é que neste sistema de pensamento fica
patente uma tendência para o sincretismo religioso. A idéia é a seguinte: para
que alguém seja iniciado nestas práticas, não importa a religião que professa
(se bem que os estudiosos e praticantes desse grupo tem o xamanismo como
filosofia e não como religião). Todos são bem-vindos. Entretanto, Jesus afirmou
que Ele é o “único caminho” (Jo 14.6), o que aniquila todas as possibilidades
de encontrar a saída para o dilema espiritual humano em práticas anticristãs.
Como sabemos, não são poucos os movimentos ditos
filosóficos, ao longo de toda a história, que perturbaram (e hão de permanecer
“ameaçando”) o verdadeiro cristianismo com suas idéias e teses. A Igreja de
Cristo, logo no seu início, teve de enfrentar os legalistas judeus (At 15.1,2).
Após o grande triunfo na desvinculação do cristianismo do judaísmo, seguiu-se
uma série de idéias e escolas filosóficas que viriam a sacudir a fé cristã.
Dentre vários movimentos e crenças, destacamos, por exemplo, o gnosticismo e o
montanismo. Os gnósticos (séc. 1º), que a princípio constituíam apenas um
movimento herético dentro das igrejas cristãs, se transformaram em uma seita
que defendia a posse de conhecimentos secretos. Montano (séc. 2º ) e seus
adeptos diziam-se portadores de uma nova revelação especial, caracterizando-se
por suas absurdas profecias acerca da segunda vinda de Cristo, além do
incentivo ao ascetismo.
Conhecimento e sabedoria
Como seria possível se apossar dos conhecimentos
xamanistas? Por meio da técnica de ampliação da consciência, ou melhor,
alteração da consciência por meios teóricos e práticos, a fim de obter
conhecimentos. O resultado dessa viagem em busca de “planos da consciência” é,
na opinião dos simpatizantes, o equilíbrio, o poder, a paz, a felicidade, a
saúde, etc.
Na realidade, o xamanismo promete aos seus praticantes
a ventura de um bem-estar nas várias áreas da vida humana, por meio desta
“expansão da consciência”. Léo Artese explica que “os estados alterados de
consciência não envolvem apenas o transe, mas, sim, a capacidade de viajar na
realidade incomum com o objetivo de encontrar-se com espíritos, animais,
plantas, mentores, obter insights para curas, etc”.4 Ou seja, independem de
Deus para que possam chegar a um nível de plena satisfação pessoal e espiritual
e colocam o homem como o centro das atenções. Isto é antropocentrismo. O
salmista, reconhecendo a limitação humana perante o Todo-Poderoso, perguntou:
“Que é o homem mortal”? (Sl 8.4). Não há outros “meios”, “caminhos” ou
“atalhos” para se conseguir a satisfação pessoal nas áreas da vida humana senão
Jesus.
Cristo jamais ensinou que poderíamos encontrar, por
meio de alguma técnica, as respostas para as complexidades humanas. Ao
contrário disso, afirmou: “Porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Buscar
o “conhecimento” nas práticas de exercícios mentais e viagens astrais não passa
de técnicas e estratégias de sabedoria humana. O apóstolo Paulo comentou sobre
a sabedoria “oculta em mistério” (1Co 2.7). Todavia, esta sabedoria não era
cósmica, somente para os “espiritualistas”. Não era adquirida pelo fato de
alguém estar em um “plano mais universal”. Ele estava-se referindo à sabedoria
de Deus, revelada aos cristãos pelo Espírito Santo (1Co 2.10). Escrevendo aos
colossenses, Paulo não fala de “planos mais elevados”, “alteração da
consciência”, mas afirma que “os tesouros da sabedoria e do conhecimento”
ocultos só podem ser adquiridos por intermédio de Jesus Cristo, o mistério de
Deus (Cl 2.3).
A natureza em evidência
As bases dos ensinos xamânicos fundamentam-se nos
quatro elementos da natureza: água, terra, fogo e ar.
Acerca da água, dizem que nela correm fluídos de força
e vida. Por meio dela, o corpo humano libera as alegrias, as tristezas e o
medo. A água é utilizada pelos xamãs em rituais de purificação e renovação do
ser interior.
Segundo eles, na terra reside a força e a nutrição para
a vida humana. Denominam este elemento de “mãe terra” e buscam sua ajuda para
que possam encontrar sentido na vida.
O fogo é o elemento das transformações e transmutações.
Sua força luminosa aponta o caminho a ser seguido. É a chama que, se acesa no
interior do ser, faz brilhar a aura e os olhos revelando a força do espírito
humano.
Finalmente, o ar é representado como o fio condutor que
une o ser humano ao Grande Pai (Deus) e à grande mãe (terra).
Logo, podemos verificar nesta crença religiosa a
doutrina monista, segundo a qual “a substância, as leis lógicas ou físicas e as
bases do comportamento se reduzem a um princípio fundamental, único ou
unitário, que tudo explica e tudo contém. Esse princípio pode ser chamado de
‘deus’, ‘natureza’, ‘cosmos’, ‘éter’ ou qualquer outro nome”.5 De acordo com
este pensamento, Deus se torna impessoal, distante da criação (teoria deísta).
Contudo, a Bíblia Sagrada afirma que Deus se preocupa com o ser humano (Jo
3.16) e, ao mesmo tempo, se mantém à parte da criação. Deus não é a criação nem
está nela (panteísmo).
Zoológico xamânico
Os xamanistas crêem que cada pessoa possui um animal
guardião dentro de si. O praticante deve compartilhar da consciência animal
para transcender o tempo e o espaço, as leis de causa e efeito. Diante destas
observâncias, as transformações humanas ocorrem porque por trás delas estão os
“animais de poder”, ou seja, as manifestações de forças ocultas.
O “zoológico” xamânico oferece grande variedade para a
invocação dos xamãs que assumem os respectivos talentos dos animais, além de
receberem conselhos de sabedoria dos mesmos, para que sejam compartilhados com
as pessoas. Segundo os xamanistas, os benefícios de se entrar em “contato” com
tais “animais de poder” são inúmeros, entre eles, resistências às doenças,
autoconfiança, disposição, etc.
Cada animal tem sua habilidade. Diz-se da águia, por
exemplo, que ela possui iluminação, coragem, visão interior e, por isso, é
invocada para poderes xamânicos e elevação do espírito a grandes alturas. E por
aí vai, segundo a fértil imaginação xamã.
Mas como é possível conectar-se com esses animais? Léo
Artese responde: “No xamanismo realizamos um ritual, com tambor, para que os
praticantes se conectem com seu animal, e também deixamos nosso animal aflorar
por meio da ‘dança do animal’, uma outra forma de evocação. Os praticantes
costumam, também, ter as suas canções, para evocar o poder dos animais”.
Segundo crêem, neste ritual o adepto pode “visualizar” a porta de entrada para
o “mundo profundo”. Quando a pessoa adentra esses “portais”, o absurdo é ainda
maior. Veja o que Artese continua dizendo: “Atravessando a porta você irá
observar o animal que chega à sua frente. Não force isso. Não use o racional.
Não existe medo e, assim, o animal move-se para mais perto, unicamente fazendo
um movimento de reconhecimento. É lindo, profundo. É como se a sua mente
abrisse as portas de um tempo passado [...] Abrace o seu animal, troque
carinhos. Fique frente a frente com seu animal e faça suas perguntas e espere
pacientemente a resposta que poderá se apresentar de maneira simbólica. Observe
atentamente”.
Sabemos que Deus criou os animais conforme nos relata
Gênesis 1.20-25. Entretanto, ao criar o homem, Deus ordenou a esse que
dominasse sobre os animais e não que fosse dominado por eles (Gn 1.26). As
qualidades dos animais lhes foram concedidas naturalmente pelo próprio Deus,
assim como foram também concedidas ao ser humano, e não devem, em hipótese
alguma, ser invocadas. Esta comunicação com o suposto “espírito” dos animais é
semelhante ao que acontece no espiritismo, quando um médium evoca a alma de uma
pessoa que já morreu. O animal não tem vida após a morte, o que é uma
característica apenas humana (Ec 3.21; 12.7). O animal irracional não tem
condições de ensinar ao homem conceitos místicos de sabedorias, não intermedeia
coisa alguma no mundo espiritual ou material. A Bíblia diz que apenas Jesus é o
mediador (1Tm 2.5), e é justamente nele que residem todos os tesouros da
sabedoria (Rm 11.33). Estes relatos e atitudes praticados nos rituais são
totalmente condenáveis à luz da Bíblia: “Pois mudaram a verdade de Deus em
mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito
eternamente. Amém” (Rm 1.25).
As ervas xamânicas
O contato não se restringe aos animais. Afastar maus
espíritos, prever o futuro, purificar e neutralizar forças adversas e,
especialmente, promover curas, são algumas das crenças e resultados advindos
das denominadas “plantas de poder”. Segundo os que se utilizam de tais plantas,
seu uso ritualístico “proporciona uma experiência místico-religiosa de beleza
incomparável, proporcionando o samadhi, o êxtase, o nirvana, o encontro com o
‘Eu’ superior e o transe”.
Algumas plantas utilizadas pelos xamãs são o “tabaco
xamânico”, que, segundo crêem, é o responsável por carregar as preces para os
espíritos; a ayahuasca, famosa no Brasil por ser venerada pelas seitas Santo
Daime e União do Vegetal; e o “peiote”, um pequeno cacto que pode ser comido
(triturado) ou bebido (chá). Obviamente, as reações provocadas por estes
alucinógenos são variadas e excêntricas.
Por outro lado, vemos que as curas bíblicas realizadas
por Jesus, pelos apóstolos e pelos demais irmãos da Igreja primitiva
desconsideravam a importância das plantas como detentoras de “poderes
extraordinários”, principalmente no que diz respeito à sua espiritualização e
produção de “visões”, “revelações”, “regressões”, etc.
Fora de seu contexto bíblico, os xamãs empregam o texto
de Gênesis 1.29 para reivindicar o uso das plantas em seus rituais: “E disse
Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face
de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á
para mantimento”. Todavia, é bem claro que as curas e milagres que ocorreram no
período primitivo da Igreja eram realizados apenas em nome de Jesus (At 3.6;
8.5,7; Cl 3.17; Tg 5.14) e não por intermédio de plantas com poderes
sobrenaturais. O comentarista bíblico Derek Kidner afirma que “não é preciso
forçar o sentido da destinação de toda planta verde para alimento a todas as
criaturas significando que outrora todas eram herbívoras, do mesmo modo como
não se precisa entender que todas as plantas eram igualmente comestíveis para
todas as criaturas. É uma generalização, direta ou indiretamente, de que toda
vida depende da vegetação. O interesse do versículo é mostrar que todos recebem
sustento das mãos de Deus”.6
Filosofias mistificadas
Como podemos observar, as práticas xamânicas são
atraentes aos olhos humanos. Com a evasiva de que se trata de uma filosofia,
ela abrange conceitos religiosos, místicos e esotéricos. É uma espécie de
vertente do gnosticismo, com suas promessas de sabedoria, conhecimentos ocultos
e contato com o “mundo profundo”. Os autênticos cristãos não dependem nem
precisam das práticas xamânicas para relacionar-se com o que é espiritual, pois
“nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para
que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (1Co 2.12).
Para que as coisas divinas sejam bem entendidas é
necessário que o ser humano submeta sua mente ao poder de Deus: “Ora, o homem
natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co
2.14). No mundo em que vivemos, em meio a tanto misticismo, urge lembrarmos do
conselho de Paulo aos colossenses: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça
presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos
homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (2.8).