Provérbios
1 Os provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel,
2 para se conhecer sabedoria e disciplina, para se discernirem as declarações de entendimento,
3 para se receber a disciplina que dá perspicácia, justiça e juízo, e retidão,
4 para se dar argúcia aos inexperientes, conhecimento e raciocínio ao moço.
5 O sábio escutará e absorverá mais instrução, e homem de entendimento é aquele que adquire orientação perita 6 para entender um provérbio e uma expressão enigmática, as palavras de sábios e seus enigmas.
7 O temor de Jeová é o princípio do conhecimento. Sabedoria e disciplina são o que os meros tolos têm desprezado.
8 Escuta, meu filho, a disciplina de teu pai e não abandones a lei de tua mãe.
9 Porque são uma grinalda de encanto para a tua cabeça e um fino colar para a tua garganta.
10 Filho meu, se pecadores tentarem seduzir-te, não consintas [nisso].
11 Se continuarem a dizer: “Vem deveras conosco. Fiquemos deveras de tocaia por sangue. Fiquemos deveras às escondidas contra os inocentes, sem qualquer causa.
12 Traguemo-los vivos assim como o Seol, sim, inteiros, como aos que descem ao poço.
13 Achemos toda sorte de valores preciosos. Enchamos as nossas casas de despojo.
14 Devias lançar a tua sorte entre nós. Venha a haver apenas uma só bolsa pertencente a todos nós” —
15 meu filho, não vás com eles no caminho. Retém teu pé da sua senda.
16 Porque os seus pés são os que correm para a pura maldade, e eles continuam a apressar-se para derramar sangue.
17 Pois é debalde que se estende a rede diante dos olhos de algo que tem asas.
18 Por conseguinte, eles mesmos ficam de tocaia pelo próprio sangue destes; ficam às escondidas contra as suas almas.
19 Assim são as veredas de todo aquele que obtém lucro injusto. Tira a própria alma dos seus donos.
20 A verdadeira sabedoria é que grita na própria rua. Nas praças públicas está emitindo a sua voz.
21 Clama na extremidade superior das ruas barulhentas. Às entradas dos portões da cidade diz as suas próprias declarações:
22 “Até quando continuareis vós, inexperientes, a amar a falta de experiência, e [até quando] tendes de desejar vós, zombadores, a flagrante zombaria, e [até quando] continuareis vós, estúpidos, a odiar o conhecimento?
23 Retornai em vista da minha repreensão. Então vou fazer meu espírito borbulhar para vós; vou dar-vos a conhecer as minhas palavras.
24 Visto que chamei, mas vós continuais a negar-vos, estendi a minha mão, mas não há quem preste atenção,
25 e continuais a negligenciar todo o meu conselho e não aceitastes a minha repreensão,
26 também eu, da minha parte, rir-me-ei de vosso próprio desastre, caçoarei quando chegar aquilo de que tendes pavor,
27 quando aquilo de que tendes pavor chegar como tempestade e o vosso próprio desastre vier para cá como um tufão, quando chegarem sobre vós aflição e tempos difíceis.
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28 Naquele tempo persistirão em invocar-me, mas eu não responderei; continuarão à minha procura, mas não me acharão,
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29 visto que odiaram o conhecimento e não escolheram o temor de Jeová.
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30 Não consentiram no meu conselho; desrespeitaram toda a minha repreensão.
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31 De modo que comerão dos frutos do seu caminho e ficarão empanturrados com os seus próprios conselhos.
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32 Pois a renegação dos inexperientes é o que os matará e a despreocupação dos estúpidos é o que os destruirá.
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33 Quanto àquele que me escuta, residirá em segurança e estará despreocupado do pavor da calamidade.”
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28 Naquele tempo persistirão em invocar-me, mas eu não responderei; continuarão à minha procura, mas não me acharão,
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29 visto que odiaram o conhecimento e não escolheram o temor de Jeová.
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30 Não consentiram no meu conselho; desrespeitaram toda a minha repreensão.
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31 De modo que comerão dos frutos do seu caminho e ficarão empanturrados com os seus próprios conselhos.
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32 Pois a renegação dos inexperientes é o que os matará e a despreocupação dos estúpidos é o que os destruirá.
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33 Quanto àquele que me escuta, residirá em segurança e estará despreocupado do pavor da calamidade.”
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2 Filho meu, se aceitares as minhas declarações e entesourares contigo os meus próprios mandamentos, 2 de modo a prestares atenção à sabedoria, com o teu ouvido, para inclinares teu coração ao discernimento; 3 se, além disso, clamares pela própria compreensão e emitires a tua voz pelo próprio discernimento, 4 se persistires em procurar isso como a prata e continuares a buscar isso como a tesouros escondidos, 5 neste caso entenderás o temor a Jeová e acharás o próprio conhecimento de Deus. 6 Pois o próprio Jeová dá sabedoria; da sua boca procedem conhecimento e discernimento. 7 E para os retos ele entesourará a sabedoria prática; para os que andam em integridade ele é escudo, 8 observando as veredas do juízo, e ele guardará o próprio caminho dos que lhe são leais. 9 Neste caso entenderás a justiça, e o juízo, e a retidão, o curso inteiro do que é bom.
10 Quando a sabedoria entrar no teu coração e o próprio conhecimento se tornar agradável à tua própria alma, 11 guardar-te-á o próprio raciocínio, resguardar-te-á o próprio discernimento, 12 para livrar-te do mau caminho, do homem que fala perversidades, 13 dos que abandonam as veredas da retidão para andar nos caminhos da escuridão, 14 dos que se alegram em fazer o mal, que jubilam com as perversidades da maldade; 15 aqueles cujas veredas são pervertidas e que são sinuosos no seu rumo geral; 16 para livrar-te da mulher estranha, da mulher estrangeira que amaciou as suas próprias declarações, 17 que abandona o amigo íntimo da sua mocidade e que se esqueceu do próprio pacto do seu Deus. 18 Pois a sua casa baixa à morte, e seus trilhos, aos impotentes na morte. 19 Nenhum dos que têm relações com ela retornará, nem retomarão as veredas dos viventes.
20 O objetivo é que andes no caminho de gente boa e que guardes as veredas dos justos. 21 Pois os retos são os que residirão na terra e os inculpes são os que remanescerão nela. 22 Quanto aos iníquos, serão decepados da própria terra; e quanto aos traiçoeiros, serão arrancados dela.
3 Filho meu, não te esqueças da minha lei, e observe teu coração os meus mandamentos, 2 porque te serão acrescentados longura de dias e anos de vida e paz. 3 Não te abandonem a própria benevolência e veracidade. Ata-as à tua garganta. Inscreve-as na tábua do teu coração, 4 e acha assim favor e boa perspicácia aos olhos de Deus e do homem terreno. 5 Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes na tua própria compreensão. 6 Nota-o em todos os teus caminhos, e ele mesmo endireitará as tuas veredas.
7 Não te tornes sábio aos teus próprios olhos. Teme a Jeová e desvia-te do mal. 8 Torne-se isso uma cura para o teu umbigo e refrigério para os teus ossos.
9 Honra a Jeová com as tuas coisas valiosas e com as primícias de todos os teus produtos. 10 Então os teus depósitos de suprimentos se encherão de fartura; e teus tanques de lagar transbordarão de vinho novo.
11 Filho meu, não rejeites a disciplina de Jeová; e não abomines a sua repreensão, 12 porque Jeová repreende aquele a quem ama, assim como o pai faz com o filho em quem tem prazer.
13 Feliz o homem que achou sabedoria e o homem que obtém discernimento, 14 porque tê-la por ganho é melhor do que ter por ganho a prata, e tê-la como produto [é melhor] do que o próprio ouro. 15 Ela é mais preciosa do que os corais, e todos os outros agrados teus não se podem igualar a ela. 16 Na sua direita há longura de dias; na sua esquerda há riquezas e glória. 17 Seus caminhos são caminhos aprazíveis e todas as suas sendas são paz. 18 Ela é árvore de vida para os que a agarram, e os que a seguram bem devem ser chamados de felizes.
19 O próprio Jeová fundou a terra em sabedoria. Firmou solidamente os céus em discernimento. 20 Pelo seu conhecimento foram partidas as próprias águas de profundeza e o céu nublado está destilando o chuvisco. 21 Filho meu, que não se afastem dos teus olhos. Resguarda a sabedoria prática e o raciocínio, 22 e mostrar-se-ão vida para a tua alma e encanto para a tua garganta. 23 Neste caso andarás em segurança no teu caminho e até mesmo teu pé não baterá em coisa alguma. 24 Quando te deitares, não sentirás pavor; e hás de deitar-te e teu sono terá de ser prazenteiro. 25 Não precisarás ter medo de uma repentina coisa pavorosa, nem da tempestade sobre os iníquos, porque ela está chegando. 26 Porque o próprio Jeová, de fato, mostrará ser tua confiança e ele certamente guardará teu pé da captura.
27 Não negues o bem àqueles a quem é devido, quando estiver no poder da tua mão fazê-lo. 28 Não digas ao teu próximo: “Vai, e volta, e amanhã darei”, quando tens alguma coisa contigo. 29 Não projetes nenhum mal contra o teu próximo, quando ele está morando contigo em sentimento de segurança. 30 Não alterques com um homem sem causa, se não te fez nenhum mal.
31 Não fiques invejoso do homem de violência, nem escolhas a quaisquer dos seus caminhos. 32 Porque a pessoa sinuosa é algo detestável para Jeová, mas ele tem intimidade com os retos. 33 A maldição de Jeová está sobre a casa do iníquo, mas ele abençoa o lugar de permanência dos justos. 34 Se o caso for com os zombadores, ele mesmo zombará; porém, mostrará favor aos mansos. 35 Honra é o que os sábios virão possuir, mas os estúpidos enaltecem a desonra.
4 Escutai, ó filhos, a disciplina do pai e prestai atenção, para conhecerdes a compreensão. 2 Pois é boa instrução o que vos hei de dar. Não abandoneis a minha lei. 3 Pois, mostrei-me verdadeiro filho para meu pai, terno e o único diante de minha mãe. 4 E ele me instruía e me dizia: “Segure teu coração as minhas palavras. Guarda os meus mandamentos e continua vivendo. 5 Adquire sabedoria, adquire compreensão. Não te esqueças e não te apartes das declarações da minha boca. 6 Não a abandones, e ela te guardará. Ama-a, e ela te resguardará. 7 Sabedoria é a coisa principal. Adquire sabedoria; e com tudo o que adquirires, adquire compreensão. 8 Estima-a muito, e ela te exaltará. Ela te glorificará, porque a abraças. 9 Dará à tua cabeça uma grinalda de encanto; presentear-te-á com uma coroa de beleza.”
10 Ouve, filho meu, e aceita as minhas declarações. Então os anos de vida se tornarão muitos para ti. 11 Vou instruir-te no próprio caminho da sabedoria; vou fazer que pises nos trilhos da retidão. 12 Ao andares, teu passo não ficará tolhido; e se correres, não tropeçarás. 13 Agarra a disciplina; não [a] largues. Resguarda-a, pois ela mesma é a tua vida.
14 Não entres na vereda dos iníquos e não te encaminhes diretamente para o caminho dos maus. 15 Evita-o, não passes por ele; aparta-te dele e passa adiante. 16 Pois eles não dormem a menos que façam alguma maldade, e o sono lhes é arrebatado a menos que façam alguém tropeçar. 17 Pois alimentaram-se do pão da iniqüidade e bebem o vinho de atos de violência. 18 Mas a vereda dos justos é como a luz clara que clareia mais e mais até o dia estar firmemente estabelecido. 19 O caminho dos iníquos é como as trevas; não souberam em que têm estado tropeçando.
20 Filho meu, presta deveras atenção às minhas palavras. Inclina teu ouvido às minhas declarações. 21 Não se afastem elas dos teus olhos. Guarda-as no meio do teu coração. 22 Porque são vida para os que as acham e saúde para toda a sua carne. 23 Mais do que qualquer outra coisa a ser guardada, resguarda teu coração, pois dele procedem as fontes da vida. 24 Remove de ti a perversão da fala; e põe longe de ti a sinuosidade dos lábios. 25 Quanto aos teus olhos, devem olhar diretamente para a frente, sim, teus olhos radiantes devem mirar diretamente para diante de ti. 26 Aplana o rumo de teu pé, e sejam firmemente estabelecidos todos os teus próprios caminhos. 27 Não te inclines nem para a direita nem para a esquerda. Remove teu pé daquilo que é mau.
5 Filho meu, presta deveras atenção à minha sabedoria. Inclina teus ouvidos ao meu discernimento, 2 para guardar os raciocínios; e resguardem os teus lábios o próprio conhecimento.
3 Pois os lábios duma mulher estranha estão gotejando como favo de mel e seu paladar é mais macio do que o azeite. 4 Mas o efeito posterior dela é tão amargo como o absinto; é tão afiado como uma espada de dois gumes. 5 Seus pés descem à morte. Mesmo os passos dela firmam-se no próprio Seol. 6 Ela não contempla a vereda da vida. Seus trilhos seguiram errantes, ela nem sabe [para onde]. 7 Portanto, agora, ó filhos, escutai-me e não vos desvieis das declarações da minha boca. 8 Guarda teu caminho longe dela e não te chegues à entrada da sua casa, 9 para que não dês a tua dignidade a outros, nem os teus anos ao que é cruel; 10 para que os estranhos não se fartem com o teu poder, nem as coisas que obtiveste com dor fiquem na casa dum estrangeiro, 11 nem tenhas de gemer no teu futuro, quando tua carne e teu organismo chegarem ao fim. 12 E terás de dizer: “Quanto odiei a disciplina e desrespeitou meu coração até mesmo a repreensão! 13 E não escutei a voz dos meus instrutores e não inclinei meu ouvido aos meus mestres. 14 Vim a estar facilmente em toda sorte de maldade no meio da congregação e da assembléia.”
15 Bebe água da tua própria cisterna e filetes de água do meio do teu próprio poço. 16 Porventura se deviam espalhar teus mananciais portas afora, [tuas] correntes de água nas próprias praças públicas? 17 Que mostrem ser somente para ti e não para os estranhos contigo. 18 Mostre-se abençoada a tua fonte de água e alegra-te com a esposa da tua mocidade, 19 gama amável e encantadora cabra-montesa. Inebriem-te os seus próprios seios todo o tempo. Que te extasies constantemente com o seu amor. 20 Portanto, meu filho, por que te devias extasiar com uma mulher estranha ou abraçar o seio duma mulher estrangeira? 21 Porque os caminhos do homem estão diante dos olhos de Jeová e ele contempla todos os seus trilhos. 22 Ao iníquo apanharão os seus próprios erros e ele será segurado pelas cordas do seu próprio pecado. 23 Será ele quem morrerá por não haver disciplina e [por] ele se perder na abundância da sua tolice.
6 Filho meu, se tiveres prestado fiança pelo teu próximo, [se] tiveres dado teu aperto de mão até mesmo a um estranho, 2 [se] tiveres sido enlaçado pelas declarações da tua boca, [se] tiveres sido apanhado pelas declarações da tua boca, 3 então toma esta ação, meu filho, e livra-te, porque chegaste a ficar na palma da mão do teu próximo: Vai humilhar-te e arremete contra o teu próximo com importunações. 4 Não dês sono aos teus olhos, nem cochilo aos teus olhos radiantes. 5 Livra-te como a gazela [se livra] da mão e como o pássaro da mão do passarinheiro.
6 Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; vê os seus caminhos e torna-te sábio. 7 Embora não tenha comandante, nem oficial ou governante, 8 prepara seu alimento no próprio verão; tem recolhido seus alimentos na própria colheita. 9 Até quando, ó preguiçoso, ficarás deitado? Quando é que te levantarás do teu sono? 10 Mais um pouco de sono, mais um pouco de cochilo, mais um pouco de cruzar as mãos ao estar deitado, 11 e certamente chegará a tua pobreza como um bandoleiro e a tua carência como um homem armado.
12 O homem imprestável, o homem daquilo que é prejudicial está andando com perversão de fala, 13 piscando o olho, fazendo sinais com o pé, dando indicações com os dedos. 14 Há perversidade no seu coração. Todo o tempo projeta algo mau. Continua enviando meramente contendas. 15 É por isso que chegará repentinamente o seu desastre; num instante será quebrantado, e não haverá cura.
16 Há seis coisas que Jeová deveras odeia; sim, há sete coisas detestáveis para a sua alma: 17 olhos altaneiros, língua falsa e mãos que derramam sangue inocente, 18 o coração que projeta ardis prejudiciais, pés que se apressam a correr para a maldade, 19 a testemunha falsa que profere mentiras e todo aquele que cria contendas entre irmãos.
20 Observa, filho meu, o mandamento de teu pai e não abandones a lei de tua mãe. 21 Ata as [declarações] constantemente ao teu coração; enrola-as em volta da tua garganta. 22 Ao andares, isso te guiará; ao te deitares, isso ficará de guarda sobre ti; e quando tiveres acordado, isso mesmo se ocupará de ti. 23 Pois o mandamento é uma lâmpada e a lei é uma luz, e as repreensões da disciplina são o caminho da vida, 24 para guardar-te da mulher má, da maciez da língua da mulher estrangeira. 25 Não desejes no teu coração a sua lindeza e não te cative ela com os seus olhos lustrosos, 26 visto que por causa duma mulher prostituta [fica-se reduzido] a um pão redondo; mas, no que se refere à esposa de [outro] homem, ela caça até mesmo a alma preciosa. 27 Pode um homem juntar fogo no seu seio sem se queimarem as suas vestes? 28 Ou pode um homem andar sobre brasas sem se chamuscarem os seus pés? 29 Assim é com aquele que tem relações com a esposa do seu próximo; ninguém que tocar nela ficará impune. 30 As pessoas não desprezam o ladrão só porque furta para encher a sua alma quando está com fome. 31 Mas, quando descoberto, ele o compensará com sete vezes tanto; dará todos os valores da sua casa. 32 Quem comete adultério com uma mulher é falto de coração; quem faz isso, arruína a sua própria alma. 33 Achará praga e desonra, e seu próprio vitupério não será extinto. 34 Pois o furor dum varão vigoroso é ciúme, e ele não terá compaixão no dia da vingança. 35 Não terá consideração para com nenhuma sorte de resgate, nem consentirá, não importa quão grande faças o presente.
7 Filho meu, guarda as minhas declarações, e que entesoures contigo os meus próprios mandamentos. 2 Guarda os meus mandamentos e continua vivendo, e a minha lei, como a menina dos teus olhos. 3 Ata-os aos teus dedos e escreve-os sobre a tábua do teu coração. 4 Dize à sabedoria: “Tu és minha irmã”; e que chames a própria compreensão de “parenta”, 5 para guardar-te da mulher estranha, da estrangeira que amaciou as suas próprias declarações. 6 Pois da janela da minha casa, pela minha gelosia, olhei para baixo, 7 para espreitar os inexperientes. Fiquei interessado em discernir entre os filhos um moço falto de coração, 8 passando pela rua perto da esquina dela e marchando no caminho da casa dela, 9 no crepúsculo, à noitinha do dia, ao se aproximar a noite e as trevas. 10 E eis que vinha ao seu encontro uma mulher em traje de prostituta e ardilosa de coração. 11 Ela é turbulenta e obstinada. Seus pés não ficam residindo na sua casa. 12 Ora está portas afora, ora está nas praças públicas, e perto de cada esquina ela fica de emboscada. 13 E ela o segurou e deu-lhe um beijo. Fez a sua face atrevida e começa a dizer-lhe:
14 “Cabia-me oferecer sacrifícios de participação em comum. Hoje paguei os meus votos. 15 Por isso saí, vindo ao teu encontro, à procura da tua face, para achar-te. 16 Arrumei o meu divã com colchas, com coisas multicolores, linho do Egito. 17 Borrifei minha cama com mirra, aloés e canela. 18 Vem deveras, bebamos fartamente do amor até à manhã; regalemo-nos deveras mutuamente com expressões de amor. 19 Pois o esposo não está na sua casa; foi viajar num caminho de certa distância. 20 Tomou na mão uma bolsa de dinheiro. Chegará à sua casa no dia da lua cheia.”
21 Ela o desencaminhou com a abundância da sua persuasão. Seduziu-o com a maciez dos seus lábios. 22 De repente ele vai atrás dela, igual ao touro que chega ao abate, e como que agrilhoado para a disciplina do tolo, 23 até que uma flecha lhe fende o fígado, assim como o pássaro se apressa para a armadilha, e ele não sabia que envolvia a sua própria alma.
24 E agora, ó filhos, escutai-me e prestai atenção às declarações de minha boca. 25 Não se desencaminhe teu coração para os seus caminhos. Não vagueies pelas suas sendas. 26 Porque muitos são os que ela fez cair mortos e são numerosos todos os que ela matou. 27 Sua casa são os caminhos para o Seol; descem para os quartos interiores da morte.
8 Não está chamando [a] sabedoria e não está [o] discernimento emitindo a sua voz? 2 Postou-se no cume das elevações, junto ao caminho, na encruzilhada das sendas. 3 Ao lado dos portões, na boca da vila, no acesso das entradas ela continua a gritar alto:
4 “A vós, ó homens, é que estou chamando, e minha voz é para os filhos dos homens. 5 Ó inexperientes, compreendei a argúcia; e vós, estúpidos, entendei o coração. 6 Escutai, pois estou falando sobre as coisas primordiais e meus lábios se abrem a respeito da retidão. 7 Porque meu palato profere em voz baixa a própria verdade; e a iniqüidade é algo detestável para os meus lábios. 8 Todas as declarações da minha boca são [feitas] em justiça. Entre elas não há nada tortuoso ou pervertido. 9 Todas elas são direitas para quem tem discernimento e retas para os que acham conhecimento. 10 Tomai a minha disciplina, e não a prata, e o conhecimento em vez de ouro escolhido. 11 Porque melhor é a sabedoria do que os corais, e mesmo todos os outros agrados não se podem igualar a ela.
12 “Eu, [a] sabedoria, tenho residido com argúcia e acho até mesmo o conhecimento dos raciocínios. 13 O temor de Jeová significa odiar o mal. A exaltação de si próprio e o orgulho, bem como o caminho mau e a boca perversa eu tenho odiado. 14 Tenho conselho e sabedoria prática. Eu — compreensão; tenho potência. 15 Por mim é que reinam os próprios reis e os próprios dignitários continuam a decretar justiça. 16 Por mim é que os próprios príncipes governam como príncipes e todos os nobres estão julgando em justiça. 17 Eu mesma amo os que me amam, e os que estão à minha procura são os que me acham. 18 Comigo há riquezas e glória, valores hereditários e justiça. 19 Meus frutos são melhores do que o ouro, sim, [melhores] do que o ouro refinado, e meus produtos [são melhores] do que a prata escolhida. 20 Ando na vereda da justiça, no meio da senda do juízo, 21 para fazer os que me amam tomar posse de haveres; e mantenho cheios os seus depósitos.
22 “O próprio Jeová me produziu como princípio do seu caminho, a mais antiga das suas realizações de há muito. 23 Fui empossada desde tempo indefinido, desde o começo, desde tempos mais remotos do que a terra. 24 Quando não havia águas de profundeza, fui produzida como que com dores de parto, quando não havia mananciais fortemente carregados com água. 25 Antes de serem assentados os próprios montes, adiante dos morros, fui produzida como que com dores de parto, 26 quando ele ainda não havia feito a terra e os espaços abertos, nem a primeira parte das massas de pó do solo produtivo. 27 Quando ele preparou os céus, eu estava lá; quando decretou o círculo sobre a face da água de profundeza, 28 quando firmou as massas de nuvens acima, quando fez ficar fortes as fontes da água de profundeza, 29 quando fixou ao mar o seu decreto, para que as próprias águas não ultrapassassem a sua ordem, quando decretou os alicerces da terra, 30 então vim a estar ao seu lado como mestre-de-obras, e vim a ser aquele de quem ele gostava especialmente de dia a dia, regozijando-me perante ele todo o tempo, 31 regozijando-me com o solo produtivo da sua terra, e as coisas de que eu gostava estavam com os filhos dos homens.
32 “E agora, ó filhos, escutai-me; sim, felizes são os que guardam os próprios caminhos meus. 33 Escutai a disciplina e tornai-vos sábios, e não sejais negligentes. 34 Feliz o homem que me está escutando por ficar alerta às minhas portas dia a dia, vigiando junto às ombreiras das minhas entradas. 35 Pois, quem me achar, há de achar a vida, e ele obterá boa vontade da parte de Jeová. 36 Mas aquele que não acerta comigo faz violência à sua alma; todos os que me odeiam intensamente são os que amam a morte.”
9 A verdadeira sabedoria construiu a sua casa; talhou as suas sete colunas. 2 Ela organizou seu abate de carne; misturou seu vinho; ainda mais, pôs em ordem a sua mesa. 3 Ela enviou as suas criadas, para que clamassem no cume das elevações da vila: 4 “Quem for inexperiente, desvie-se para cá.” Quem for falto de coração — ela lhe disse: 5 “Vinde, alimentai-vos do meu pão e participai em beber do vinho que misturei. 6 Deixai os inexperientes e continuai vivendo, e andai direito no caminho do entendimento.”
7 Quem corrige ao zombador toma para si desonra, e quem dá repreensão a um iníquo — defeito nele. 8 Não repreendas ao zombador, para que não te odeie. Dá repreensão ao sábio e ele te amará. 9 Dá ao sábio e ele se tornará ainda mais sábio. Transmite conhecimento a alguém justo e ele aumentará em erudição.
10 O temor de Jeová é o início da sabedoria, e o conhecimento do Santíssimo é o que é entendimento. 11 Pois, por meio de mim, teus dias se tornarão muitos e acrescentar-se-ão anos à tua vida. 12 Se te tornaste sábio, tornaste-te sábio em teu próprio benefício; e se tiveres zombado, tu, somente tu, [o] suportarás.
13 A mulher estúpida é turbulenta. Ela é a própria simploriedade e não veio a saber coisa alguma. 14 E ela se assentou à entrada da sua casa, num assento, [nos] lugares altos da vila, 15 para chamar os que passam pelo caminho, os que seguem diretamente adiante nas suas veredas: 16 “Quem for inexperiente, desvie-se para cá.” E quem for falto de coração — ela também lhe disse: 17 “As próprias águas furtadas são doces, e pão [comido] às escondidas — é agradável.” 18 Mas ele não veio a saber que ali estão os impotentes na morte, que os que ela chamou para dentro estão nas funduras do Seol.
10 Provérbios de Salomão.
Filho sábio é aquele que alegra o pai, e o filho estúpido é o pesar de sua mãe. 2 Os tesouros do iníquo de nada aproveitarão, mas é a justiça que livrará da morte. 3 Jeová não fará que a alma do justo passe fome, mas repelirá a avidez dos iníquos.
4 Quem trabalha com mão indolente será de poucos meios, mas a mão do diligente é a que enriquecerá a pessoa.
5 O filho que age com perspicácia recolhe durante o verão; o filho que age vergonhosamente está profundamente adormecido durante a colheita.
6 As bênçãos são para a cabeça do justo, mas quanto à boca dos iníquos, ela encobre a violência. 7 A recordação do justo está para ser abençoada, mas o próprio nome dos iníquos apodrecerá.
8 O sábio no coração aceitará mandamentos, mas o que é tolo com os seus lábios será pisoteado.
9 Quem anda em integridade andará em segurança, mas aquele que perverte os seus caminhos dar-se-á a conhecer.
10 Aquele que pisca o olho causará dor, e aquele que é tolo com os seus lábios será pisoteado. 11 A boca do justo é fonte de vida; mas, quanto à boca dos iníquos, ela encobre a violência.
12 O ódio é o que incita contendas, mas o amor encobre mesmo todas as transgressões.
13 Sobre os lábios do entendido acha-se sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de coração.
14 Os sábios são os que entesouram conhecimento, mas a boca do tolo está perto da própria ruína.
15 As coisas valiosas dum rico são a sua vila fortificada. A ruína dos de condição humilde é a sua pobreza.
16 A atividade do justo resulta em vida; o produto do iníquo resulta em pecado.
17 Quem se atém à disciplina é uma vereda para a vida, mas aquele que abandona a repreensão faz que se vagueie.
18 Onde há quem encobre o ódio há lábios de falsidade, e quem divulga um relato mau é estúpido.
19 Na abundância de palavras não falta transgressão, mas quem refreia seus lábios age com discrição.
20 A língua do justo é prata escolhida; o coração do iníquo pouco vale.
21 Os próprios lábios do justo estão apascentando a muitos, mas os próprios tolos estão morrendo por serem faltos de coração.
22 A bênção de Jeová — esta é o que enriquece, e ele não lhe acrescenta dor alguma.
23 Para o estúpido, empenhar-se em conduta desenfreada é como um divertimento, mas a sabedoria é para o homem de discernimento.
24 O que amedronta ao iníquo — isto é o que chegará a ele; mas o desejo dos justos será concedido. 25 Como quando passou o tufão, assim não existe mais o iníquo; mas o justo é um alicerce por tempo indefinido.
26 Como o vinagre para os dentes e como a fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para os que o enviam.
27 O próprio temor de Jeová acrescentará dias, mas os próprios anos dos iníquos serão encurtados.
28 A expectativa dos justos é alegria, mas a própria esperança dos iníquos perecerá.
29 O caminho de Jeová é um baluarte para o inculpe, mas a ruína é para os que praticam o que é prejudicial.
30 Quanto ao justo, por tempo indefinido não será abalado; mas, quanto aos iníquos, não continuarão a residir na terra.
31 A boca do justo — ela produz fruto de sabedoria, mas a língua de perversidade será decepada.
32 Os lábios do justo — eles chegam a conhecer a boa vontade, mas a boca dos iníquos é perversidade.
11 A balança fraudulenta é algo detestável para Jeová, mas o pleno peso de pedra é um prazer para ele.
2 Chegou a presunção? Então chegará a desonra; mas a sabedoria está com os modestos.
3 A integridade dos retos é o que os guia, mas a deturpação por parte dos que agem traiçoeiramente assolará a estes.
4 Coisas valiosas de nada aproveitarão no dia da fúria, mas a justiça é que livrará da morte.
5 A justiça do inculpe é que endireitará o seu caminho, mas o iníquo cairá na sua própria iniqüidade. 6 A justiça dos retos é o que os livrará, mas os que agem traiçoeiramente serão eles mesmos apanhados pela sua avidez.
7 Quando morre um homem iníquo, perece a [sua] esperança; e pereceu até mesmo a expectativa [baseada] na pujança.
8 O justo é quem é socorrido mesmo da aflição, e em lugar dele entra o iníquo.
9 Pela boca é que o apóstata arruína seu próximo, mas é pelo conhecimento que os justos são socorridos.
10 Por causa da bondade dos justos regozijar-se-á a vila, mas quando perecem os iníquos, há clamor jubilante.
11 Por causa da bênção dos retos, a vila fica enaltecida, mas por causa da boca dos iníquos ela é derrubada.
12 O falto de coração desprezou o seu próprio próximo, mas o homem de amplo discernimento é quem se mantém calado.
13 Quem anda em volta como caluniador está revelando palestra confidencial, mas quem é fiel no espírito encobre o assunto.
14 Quando não há orientação perita, o povo cai; mas há salvação na multidão de conselheiros.
15 Irá positivamente mal à pessoa quando presta fiança por um estranho, mas aquele que odeia o aperto de mão fica livre de cuidados.
16 A mulher de encanto é a que segura a glória; mas os tiranos, da sua parte, seguram as riquezas.
17 O homem de benevolência age de modo recompensador com a sua própria alma, mas a pessoa cruel traz banimento ao seu próprio organismo.
18 O iníquo ganha remuneração fictícia, mas quem semeia a justiça, verdadeiros rendimentos.
19 Quem é firmemente pela justiça é candidato à vida, mas quem vai no encalço do que é mau é candidato à sua própria morte.
20 Os pervertidos de coração são algo detestável para Jeová, mas os inculpes no [seu] caminho são um prazer para ele.
21 Ainda que mão [se junte] a mão, o mau não ficará impune; mas a descendência dos justos certamente escapará.
22 Como uma argola de ouro, para as narinas, no focinho dum porco, assim é a mulher que é bonita, mas que se desvia da sensatez.
23 O desejo dos justos é realmente bom; a esperança dos iníquos é a fúria.
24 Há um que espalha, e ainda assim está sendo incrementado; também aquele que se refreia do que é direito, mas isso só resulta em carência.
25 Far-se-á que a própria alma generosa engorde, e aquele que rega liberalmente [os outros] também será regado liberalmente.
26 Quem retiver o cereal — a este a população maldirá, mas há uma bênção para a cabeça daquele que o deixa ser comprado.
27 Quem está à procura do bem continuará a procurar boa vontade; mas, quanto ao que busca o mal, este virá sobre ele.
28 Quem confia nas suas riquezas — ele mesmo cairá; mas os justos florescerão como a folhagem.
29 Quanto àquele que traz o banimento sobre a sua própria casa, tomará posse do vento; e o tolo será servo daquele que é sábio no coração.
30 O fruto do justo é árvore de vida, e quem ganha almas é sábio.
31 Eis o justo — na terra será compensado. Quanto mais o iníquo e o pecador!
12 Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas quem odeia a repreensão é irracional.
2 O bom obtém a aprovação de Jeová, mas ao homem de idéias [iníquas] ele pronuncia iníquo.
3 Nenhum homem será firmemente estabelecido pela iniqüidade; mas, quanto à raiz dos justos, não será abalada.
4 A esposa capaz é uma coroa para o seu dono, mas aquela que age vergonhosamente é como podridão nos seus ossos.
5 Os pensamentos dos justos são juízo; a diretriz dos iníquos é engano.
6 As palavras dos iníquos são uma emboscada ao sangue, mas a boca dos retos é o que os livrará.
7 Há um subvertimento dos iníquos e eles não são mais, mas a própria casa dos justos permanecerá de pé.
8 O homem será louvado pela sua boca de discrição, mas o de coração pervertido ficará para desprezo.
9 Melhor é o pouco estimado, mas que tem um servo, do que aquele que se glorifica, mas que carece de pão.
10 O justo importa-se com a alma do seu animal doméstico, mas as misericórdias dos iníquos são cruéis.
11 Quem cultiva o seu solo é o que se fartará de pão, mas aquele que se empenha por coisas sem valor é falto de coração.
12 O iníquo desejou a caça enredada de homens maus; mas, quanto à raiz dos justos, ela rende.
13 O mau é enlaçado pela transgressão dos lábios, mas o justo se livra da aflição.
14 Dos frutos da boca do homem ele se farta com o que é bom, e o próprio ato das mãos do homem retornará a ele.
15 O caminho do tolo é direito aos seus próprios olhos, mas quem escuta conselho é sábio.
16 É o tolo que dá a conhecer seu vexame no [mesmo] dia, mas o argucioso encobre a desonra.
17 Quem exprime fidelidade conta o que é justo, a testemunha falsa, porém, engano.
18 Existe aquele que fala irrefletidamente como que com as estocadas duma espada, mas a língua dos sábios é uma cura.
19 É o lábio da verdade que será firmemente estabelecido para todo o sempre, mas a língua de falsidade só existirá por um instante.
20 Há fraude no coração dos que projetam maldade, mas os que aconselham a paz têm alegria.
21 Nada prejudicial acontecerá ao justo, mas os iníquos são os que certamente ficarão cheios de calamidade.
22 Lábios falsos são algo detestável para Jeová, mas os que agem em fidelidade são um prazer para ele.
23 O homem argucioso encobre o conhecimento, mas o coração dos estúpidos é o que proclama tolice.
24 A mão dos diligentes é a que governará, mas a mão indolente virá a ser para trabalho forçado.
25 A ansiedade no coração do homem é o que o fará curvar-se, mas a boa palavra é o que o alegra.
26 O justo espia o seu próprio pasto, mas o próprio caminho dos iníquos os faz vaguear.
27 A indolência não espantará os animais de caça para a pessoa, mas o diligente é a abastança preciosa do homem.
28 Na vereda da justiça há vida, e a jornada na sua senda não significa morte.
13 O filho é sábio quando há disciplina da parte do pai, mas é o zombador quem não deu ouvidos à censura.
2 Dos frutos da sua boca o homem comerá aquilo que é bom, mas a própria alma dos que agem traiçoeiramente é violência.
3 Quem resguarda a sua boca guarda a sua alma. Quem abre bem os seus lábios — terá a ruína.
4 O preguiçoso mostra-se almejante, mas a sua alma [não tem] nada. No entanto, far-se-á que a própria alma dos diligentes engorde.
5 A palavra falsa é o que o justo odeia, mas os iníquos agem de modo vergonhoso e trazem sobre si a ignomínia.
6 A própria justiça resguarda aquele que é inofensivo no seu caminho, mas é a iniqüidade que transtorna o pecador.
7 Há aquele que pretende ser rico, no entanto, não tem absolutamente nada; há aquele que pretende ser de poucos meios, no entanto, [tem] muitas coisas valiosas.
8 O resgate da alma do homem está nas suas riquezas, mas o de poucos meios não ouviu censura.
9 A própria luz dos justos alegrar-se-á; mas a lâmpada dos iníquos — ela será apagada.
10 Pela presunção só se causa rixa, mas há sabedoria com os que se consultam mutuamente.
11 As coisas valiosas resultantes da vaidade tornam-se menos, mas quem reúne com a mão é quem produz aumento.
12 A expectativa adiada faz adoecer o coração, mas a coisa desejada, quando vem, é árvore de vida.
13 Aquele que desprezou a palavra, dele se tomará o penhor [dum devedor]; mas aquele que teme o mandamento é quem será compensado.
14 A lei do sábio é fonte de vida, para desviar dos laços da morte.
15 A boa perspicácia é que dá favor, mas o caminho dos que agem traiçoeiramente é escabroso.
16 Todo o argucioso agirá com conhecimento, mas quem é estúpido difundirá tolice.
17 O mensageiro iníquo cairá no mal, mas o enviado fiel é uma cura.
18 Quem negligencia a disciplina [terá] pobreza e desonra, mas aquele que guarda a repreensão é o que é glorificado.
19 O desejo, quando realizado, é prazenteiro para a alma; mas, para os estúpidos é algo detestável desviar-se do mal.
20 Quem anda com pessoas sábias tornar-se-á sábio, mas irá mal com aquele que tem tratos com os estúpidos.
21 Os pecadores são os que a calamidade persegue, mas os justos são os a quem o bem retribui.
22 Quem é bom deixará uma herança para os filhos dos filhos, e a riqueza do pecador é algo entesourado para o justo.
23 O terreno lavrado de pessoas de poucos meios [produz] grande quantidade de alimento, mas há aquele que é arrasado por falta de juízo.
24 Quem refreia a sua vara odeia seu filho, mas aquele que o ama está à procura dele com disciplina.
25 O justo come, fartando a sua alma, mas o ventre dos iníquos ficará vazio.
14 A mulher realmente sábia edificou a sua casa, mas a tola a derruba com as suas próprias mãos.
2 Quem anda na sua retidão teme a Jeová, mas quem é sinuoso nos seus caminhos O despreza.
3 A verga da altivez está na boca do tolo, mas os próprios lábios dos sábios os guardarão.
4 Onde não há reses, a manjedoura está limpa, mas a safra é abundante por causa do poder do touro.
5 Testemunha fiel é quem não mente, mas a testemunha falsa profere apenas mentiras.
6 O zombador procurou achar sabedoria, e não há nenhuma; mas, para o entendido o conhecimento é coisa fácil.
7 Vai-te embora de diante do homem estúpido, pois certamente não notarás lábios de conhecimento.
8 A sabedoria do argucioso é entender seu caminho, mas a tolice dos estúpidos é a fraude.
9 Tolos são os que caçoam da culpa, mas há acordo entre os retos.
10 O coração se apercebe da amargura da alma, e nenhum estranho se meterá na sua alegria.
11 A casa dos iníquos será aniquilada, mas a tenda dos retos florescerá.
12 Há um caminho que é reto diante do homem, mas o fim posterior dele são os caminhos da morte.
13 Mesmo no riso o coração talvez sinta dor; e é em pesar que acaba a alegria.
14 O renegado no coração estará satisfeito com os resultados dos seus próprios caminhos, mas o homem bom, com os resultados das suas ações.
15 Qualquer inexperiente põe fé em cada palavra, mas o argucioso considera os seus passos.
16 O sábio teme e se desvia do mal, mas o estúpido fica furioso e confiante em si próprio.
17 Quem prontamente se irar cometerá tolice, mas o homem de raciocínios é odiado.
18 Os inexperientes certamente tomarão posse da tolice, mas os arguciosos usarão o conhecimento como um toucado.
19 Os maus terão de encurvar-se diante dos bons, e os iníquos junto aos portões do justo.
20 Aquele que é de poucos meios é objeto de ódio mesmo para o seu próximo, porém, muitos são os amigos do rico.
21 Quem despreza ao seu próprio próximo está pecando, mas feliz é aquele que mostra favor aos atribulados.
22 Não andarão vagueando os que projetam maldade? Mas há benevolência e veracidade com respeito aos que projetam o bem.
23 Por todo tipo de labor vem a haver alguma vantagem, porém, a mera palavra da boca [tende a produzir] carência.
24 A coroa dos sábios são as suas riquezas; a tolice dos estúpidos é tolice.
25 A testemunha verdadeira livra almas, mas a enganosa profere apenas mentiras.
26 No temor de Jeová há forte confiança, e para os seus filhos virá a haver um refúgio.
27 O temor de Jeová é fonte de vida para se desviar dos laços da morte.
28 Na multidão do povo está o adorno do rei, mas na falta de população está a ruína do dignitário.
29 Quem é vagaroso em irar-se é abundante em discernimento, mas aquele que é impaciente exalta a tolice.
30 O coração calmo é a vida do organismo carnal, mas o ciúme é podridão para os ossos.
31 Quem defrauda o de condição humilde tem vituperado Aquele que o fez, mas aquele que mostra favor ao pobre O está glorificando.
32 Por causa da sua maldade, o iníquo será empurrado para baixo, mas o justo achará refúgio na sua integridade.
33 No coração do entendido descansa a sabedoria, e ela se torna conhecida no meio dos estúpidos.
34 A justiça é o que enaltece uma nação, mas o pecado é uma ignomínia para os grupos nacionais.
35 O prazer do rei está no servo que age com perspicácia, mas a sua fúria vem a ser para com aquele que age vergonhosamente.
15 Uma resposta, quando branda, faz recuar o furor, mas a palavra que causa dor faz subir a ira.
2 A língua dos sábios faz bem com o conhecimento, mas a boca dos estúpidos borbulha com tolice.
3 Os olhos de Jeová estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons.
4 A calma da língua é árvore de vida, mas a deturpação nela significa quebrantamento do espírito.
5 Quem é tolo desrespeita a disciplina de seu pai, mas quem considera a repreensão é argucioso.
6 Na casa do justo há provisão abundante, mas na safra do iníquo há o banimento.
7 Os lábios dos sábios estão difundindo conhecimento, mas o coração dos estúpidos não é assim.
8 O sacrifício dos iníquos é algo detestável para Jeová, mas a oração dos retos é um prazer para ele.
9 O caminho do iníquo é algo detestável para Jeová, mas ele ama aquele que se empenha pela justiça.
10 A disciplina é má para quem deixa a vereda; quem odiar a repreensão morrerá.
11 O Seol e [o lugar de] destruição estão diante de Jeová. Quanto mais os corações dos filhos da humanidade!
12 O zombador não ama aquele que o repreende. Não vai ter com os sábios.
13 O coração alegre tem bom efeito sobre o semblante, mas por causa da dor de coração há um espírito abatido.
14 O coração entendido é o que procura conhecimento, mas a boca de gente estúpida é a que aspira à tolice.
15 Todos os dias do atribulado são maus; mas aquele que é bom de coração [tem] constantemente um banquete.
16 Melhor o pouco no temor de Jeová, do que suprimento abundante e com ele confusão.
17 Melhor um prato de verduras onde há amor, do que um touro cevado e com ele ódio.
18 O homem enfurecido suscita contenda, mas aquele que é vagaroso em irar-se sossega a altercação.
19 O caminho do preguiçoso é como uma sebe de sarça, mas a vereda dos retos é um caminho aterrado.
20 Filho sábio é aquele que alegra ao pai, mas o homem estúpido despreza a sua mãe.
21 A tolice é a alegria do falto de coração, mas homem de discernimento é aquele que vai diretamente para a frente.
22 Há frustração de planos quando não há palestra confidencial, mas na multidão de conselheiros há consecução.
23 O homem tem alegria na resposta da sua boca, e uma palavra no tempo certo, oh! quão boa ela é!
24 A vereda da vida vai para cima para aquele que age com perspicácia, a fim de desviar do Seol lá embaixo.
25 A casa dos que se enaltecem, Jeová a derrubará, mas ele fixará o termo da viúva.
26 Os ardis do mau são algo detestável para Jeová, mas as declarações afáveis são limpas.
27 Quem obtém lucro injusto traz o banimento sobre a sua própria casa, mas aquele que odeia dádivas é quem continuará vivendo.
28 O coração do justo medita a fim de responder, mas a boca dos iníquos borbulha com coisas más.
29 Jeová está longe dos iníquos, mas ouve a oração dos justos.
30 A luminosidade dos olhos alegra o coração; uma notícia boa engorda os ossos.
31 O ouvido que escuta a repreensão da vida pousa bem no meio de gente sábia.
32 Quem se esquiva da disciplina rejeita a sua própria alma, mas aquele que escuta a repreensão adquire coração.
33 O temor de Jeová é uma disciplina para a sabedoria, e antes da glória há humildade.
16 Ao homem terreno pertencem os arranjos do coração, mas de Jeová é a resposta da língua.
2 Todos os caminhos do homem são puros aos seus próprios olhos, mas Jeová faz a avaliação dos espíritos.
3 Rola os teus trabalhos sobre o próprio Jeová e os teus planos ficarão firmemente estabelecidos.
4 Tudo Jeová fez para seu propósito, sim, mesmo o iníquo para o dia mau.
5 Todo o soberbo de coração é algo detestável para Jeová. Mão [talvez se junte] a mão, [contudo,] não se ficará impune.
6 Pela benevolência e pela veracidade se expia o erro, e no temor de Jeová a pessoa se desvia do mal.
7 Quando Jeová tem prazer nos caminhos de um homem, faz que até os seus próprios inimigos estejam em paz com ele.
8 Melhor é um pouco com justiça do que uma abundância de produtos sem justiça.
9 O coração do homem terreno talvez conceba o seu caminho, mas é o próprio Jeová quem dirige os seus passos.
10 Deve haver decisão inspirada sobre os lábios do rei; no julgamento, sua boca não se deve mostrar infiel.
11 Fiel e balança justos pertencem a Jeová; todos os pesos de pedra da bolsa são seu trabalho.
12 Fazer o que é iníquo é algo detestável para os reis, porque é pela justiça que se estabelece firmemente o trono.
13 Os lábios de justiça são um prazer para o grandioso rei; e ele ama a quem fala coisas retas.
14 O furor de um rei significa mensageiros da morte, mas homem sábio é aquele que o evita.
15 Na luz da face do rei há vida, e sua boa vontade é como a nuvem da chuva primaveril.
16 Quanto melhor é obter sabedoria do que ouro! E obter compreensão deve ser preferido à prata.
17 A estrada principal dos retos é para se desviar do mal. Quem resguarda seu caminho guarda sua alma.
18 O orgulho vem antes da derrocada e o espírito soberbo antes do tropeço.
19 Melhor é ser humilde em espírito com os mansos, do que repartir despojo com os que se enaltecem.
20 Quem mostrar perspicácia num assunto achará o bem, e feliz é aquele que confia em Jeová.
21 Ao sábio no coração chamar-se-á de entendido, e aquele que é doce de lábios acrescenta persuasão.
22 Para os seus donos, a perspicácia é fonte de vida; e a disciplina dos tolos é tolice.
23 O coração do sábio faz que a sua boca mostre perspicácia e acrescenta persuasão aos seus lábios.
24 Declarações afáveis são um favo de mel, doces para a alma e uma cura para os ossos.
25 Há um caminho que é reto diante do homem, mas o fim posterior dele são os caminhos da morte.
26 A alma do labutador trabalhou arduamente por ele porque a sua boca exerceu muita pressão sobre ele.
27 O homem imprestável escava o que é mau, e sobre os seus lábios há como que um fogo causticante.
28 O homem de intrigas continua a criar contenda e o caluniador separa os que estão familiarizados uns com os outros.
29 O homem de violência seduzirá seu próximo e certamente o fará ir num caminho que não é bom. 30 Ele pisca os olhos para maquinar intrigas. Apertando os lábios, certamente leva a cabo a maldade.
31 As cãs são uma coroa de beleza quando se acham no caminho da justiça.
32 Melhor é o vagaroso em irar-se do que o homem poderoso, e aquele que controla seu espírito, do que aquele que captura uma cidade.
33 A sorte se lança no colo, mas toda decisão por ela é da parte de Jeová.
17 Melhor um pedaço de pão seco com tranqüilidade, do que uma casa cheia dos sacrifícios da altercação.
2 O servo que mostra perspicácia governará o filho que age vergonhosamente, e participará da herança entre os irmãos.
3 O cadinho de refinação é para a prata e o forno de fundição para o ouro, mas Jeová é o examinador dos corações.
4 O malfeitor presta atenção ao lábio prejudicial. O falsificador dá ouvidos à língua que causa adversidades.
5 Quem caçoa daquele que tem poucos meios realmente vitupera Aquele que o fez. Quem se alegra com o desastre [de outrem] não ficará impune.
6 A coroa dos anciãos são os netos, e a beleza dos filhos são os seus pais.
7 Para quem é insensato não é apropriado o lábio de retidão. Quanto menos para o nobre o lábio de falsidade!
8 O presente é uma pedra que ganha favor aos olhos do seu grandioso dono. Para onde quer que ele se vire tem bom êxito.
9 Quem encobre uma transgressão está procurando amor, e aquele que continua falando sobre um assunto separa os que estão familiarizados uns com os outros.
10 Uma censura penetra mais em quem tem entendimento do que golpear cem vezes um estúpido.
11 O que o mau está procurando é somente a rebelião, e cruel é o mensageiro enviado contra ele.
12 Haja um encontro de um homem com uma ursa privada dos seus filhotes, em vez de com alguém estúpido na sua tolice.
13 Quanto a alguém que paga de volta o mal pelo bem, não se afastará da sua casa o mal.
14 O princípio da contenda é como alguém deixando sair águas; portanto, retira-te antes de estourar a altercação.
15 Quem declarar justo ao iníquo e quem pronunciar iníquo ao justo — sim, ambos são algo detestável para Jeová.
16 Por que é que na mão do estúpido há o preço para adquirir sabedoria, sendo que ele não tem coração?
17 O verdadeiro companheiro está amando todo o tempo e é um irmão nascido para quando há aflição.
18 O homem falto de coração dá apertos de mão, prestando plena fiança diante do seu companheiro.
19 Quem ama a transgressão ama a rixa. Quem faz alta a sua entrada está procurando a derrocada.
20 Aquele que é pervertido no coração não achará o bem, e quem é revirado na sua língua cairá em calamidade.
21 Aquele que se torna pai dum filho estúpido — para ele é um pesar; e o pai dum filho insensato não se alegra.
22 O coração alegre faz bem como o que cura, mas o espírito abatido resseca os ossos.
23 Quem for iníquo tomará do peito até mesmo um suborno para encurvar as veredas do juízo.
24 A sabedoria está diante da face do entendido, mas os olhos do estúpido estão na extremidade da terra.
25 O filho estúpido é um vexame para seu pai e amargura para aquela que o deu à luz.
26 Além disso, não é boa a imposição de multa ao justo. Golpear os nobres é contra o que é reto.
27 Quem refreia as suas declarações é possuído de conhecimento e o homem de discernimento é de espírito frio.
28 Até mesmo o tolo, quando fica calado, é tido por sábio; aquele que fecha os seus próprios lábios, por entendido.
18 Quem se isola procurará o [seu próprio] desejo egoísta; estourará contra toda a sabedoria prática.
2 Quem é estúpido não se agrada do discernimento, exceto que seu coração se externe.
3 Ao entrar alguém iníquo, tem de entrar também o desprezo; e junto com a desonra há vitupério.
4 As palavras da boca do homem são águas profundas. A fonte da sabedoria é uma torrente borbulhante.
5 Mostrar parcialidade para com o iníquo não é bom, nem apartar o justo no julgamento.
6 Os lábios de quem é estúpido entram em altercação e sua própria boca clama até mesmo por golpes.
7 A boca do estúpido é a sua ruína e seus lábios são um laço para a sua alma.
8 As palavras do caluniador são como coisas que se engolem avidamente, que descem até as partes mais íntimas do ventre.
9 Também aquele que demonstra ser remisso na sua obra — ele é irmão daquele que arruína.
10 O nome de Jeová é uma torre forte. O justo corre para dentro dela e recebe proteção.
11 As coisas valiosas do rico são a sua vila fortificada, e na sua imaginação são como uma muralha protetora.
12 Antes da derrocada, o coração do homem é soberbo, e antes da glória há humildade.
13 Quando alguém replica a um assunto antes de ouvi-lo, é tolice da sua parte e uma humilhação.
14 O espírito do homem pode agüentar a sua enfermidade; mas, quanto ao espírito abatido, quem o pode suportar?
15 O coração do entendido adquire conhecimento e o ouvido dos sábios procura achar conhecimento.
16 A dádiva do homem fará para ele uma grande abertura e o guiará até mesmo perante gente grande.
17 O primeiro na sua causa jurídica é justo; entra seu próximo e certamente o esquadrinha.
18 A sorte [lançada] faz repousar até mesmo contendas e separa até os fortes um do outro.
19 Um irmão contra quem se transgride é mais do que uma vila fortificada; e há contendas que são como a tranca duma torre de habitação.
20 Dos frutos da boca do homem fartar-se-á seu ventre; fartar-se-á mesmo com o produto dos seus lábios.
21 Morte e vida estão no poder da língua, e quem a ama comerá os seus frutos.
22 Achou alguém uma [boa] esposa? Achou uma coisa boa e obtém boa vontade da parte de Jeová.
23 Aquele de poucos meios profere rogos, mas quem é rico responde de modo forte.
24 Há companheiros dispostos a se fazerem mutuamente em pedaços, mas há um amigo que se apega mais do que um irmão.
19 Alguém de poucos meios que está andando na sua integridade é melhor do que o pervertido nos seus lábios e o estúpido.
2 Também, não é bom que a alma esteja sem conhecimento, e quem se precipita com os seus pés está pecando.
3 É a tolice do homem terreno que deturpa seu caminho, e por isso seu coração fica furioso com o próprio Jeová.
4 A abastança é a que acrescenta muitos companheiros, mas quem é de condição humilde é separado até mesmo do seu companheiro.
5 A testemunha falsa não ficará impune, e aquele que profere mentiras não escapará.
6 Muitos são os que abrandam a face de um nobre, e todo o mundo é companheiro do homem que distribui dádivas.
7 Os irmãos daquele de poucos meios odiaram-no todos. Quanto mais longe se mantiveram dele os seus amigos pessoais! Ele se empenha em dizer coisas; eles não.
8 Quem adquire coração ama a sua própria alma. Quem guarda o discernimento vai achar o bem.
9 A testemunha falsa não ficará impune, e quem profere mentiras perecerá.
10 O luxo não é apropriado para alguém estúpido. Quanto menos para um servo governar sobre príncipes!
11 A perspicácia do homem certamente torna mais vagarosa a sua ira, e é beleza da sua parte passar por alto a transgressão.
12 A fúria do rei é um rugido igual ao dum leão novo jubado, mas a sua boa vontade é igual ao orvalho sobre a vegetação.
13 O filho estúpido significa adversidades para seu pai e as contendas duma esposa são como a goteira do telhado, que afugenta.
14 A herança da parte dos pais é uma casa e abastança, mas a esposa discreta é da parte de Jeová.
15 A preguiça causa profundo sono e a alma indolente passa fome.
16 Quem guarda o mandamento guarda a sua alma; quem despreza os seus caminhos será morto.
17 Aquele que mostra favor ao de condição humilde está emprestando a Jeová, e Ele lhe retribuirá o seu tratamento.
18 Castiga teu filho enquanto há esperança; e não eleves [o desejo da] tua alma a que seja morto.
19 Quem é de grande furor arcará com a multa; porque, se tu [o] livrasses, também continuarias a fazê-lo vez após vez.
20 Escuta o conselho e aceita a disciplina, para que te tornes sábio no teu futuro.
21 Muitos são os planos no coração do homem, mas é o conselho de Jeová que ficará de pé.
22 A coisa desejável no homem terreno é a sua benevolência; e alguém de poucos meios é melhor do que um homem mentiroso.
23 O temor de Jeová tende para a vida, e passa-se a noite saciado; não se será visitado com o que é mau.
24 O preguiçoso encobriu a sua mão no tacho de banquete; não a pode nem trazer de volta à sua própria boca.
25 Deves golpear ao zombador, para que o inexperiente se torne argucioso; e deve-se repreender ao entendido, para que discirna o conhecimento.
26 Aquele que maltrata o pai [e] que põe em fuga a mãe é filho que age de modo vergonhoso e ignominioso.
27 Filho meu, deixa de escutar a disciplina [e significará] extraviar-se das declarações do conhecimento.
28 A testemunha imprestável caçoa da justiça, e a própria boca dos iníquos engole o que é prejudicial.
29 Os julgamentos foram firmemente estabelecidos para os zombadores, e os golpes para as costas dos estúpidos.
20 O vinho é zombador, a bebida inebriante é turbulenta, e quem se perde por ele não é sábio.
2 A terribilidade do rei é como o rugido do leão novo jubado. Quem atrair a sua fúria sobre si está pecando contra a sua própria alma.
3 Para o homem é uma glória desistir duma disputa, mas todo tolo estourará [nela].
4 Por causa do inverno, o preguiçoso não lavra; vai estar mendigando no tempo da colheita, mas não haverá nada.
5 O conselho no coração dum homem é como águas profundas, mas o homem de discernimento é quem o puxará para fora.
6 Uma multidão de homens proclamará cada um a sua própria benevolência, mas quem pode achar um homem fiel?
7 O justo está andando na sua integridade. Felizes são os seus filhos depois dele.
8 O rei está sentado no trono do julgamento, dispersando toda a maldade com os seus próprios olhos.
9 Quem pode dizer: “Purifiquei meu coração; fiquei limpo de meu pecado”?
10 Dois tipos de pesos e dois tipos de efas — ambos são juntamente algo detestável para Jeová.
11 Mesmo pelas suas práticas se dá a conhecer o rapaz quanto a se a sua atuação é pura e reta.
12 O ouvido que ouve e o olho que vê — o próprio Jeová é que fez a ambos.
13 Não ames o sono, para que não venhas a ficar na pobreza. Abre os olhos; farta-te de pão.
14 “É ruim, é ruim!” diz o comprador e vai embora. É então que ele se jacta de si.
15 Há ouro, também uma abundância de corais; mas os lábios de conhecimento são vasos preciosos.
16 Toma a veste da pessoa, caso a pessoa tenha prestado fiança por um estranho; e no caso duma mulher estrangeira, toma dele um penhor.
17 O pão [ganho mediante] falsidade é agradável ao homem, mas depois a sua boca se encherá de cascalho.
18 Pelo conselho se estabelecem firmemente os próprios planos, e trava a tua guerra com orientação perita.
19 Quem anda em volta como caluniador está revelando palestra confidencial; e não deves ter associação com quem está engodado pelos seus lábios.
20 Quanto àquele que invocar o mal sobre seu pai e sobre sua mãe, sua lâmpada será apagada ao aproximar-se a escuridão.
21 Uma herança, no princípio, é obtida com avidez, mas o seu próprio futuro não será abençoado.
22 Não digas: “Vou retribuir o mal!” Espera em Jeová, e ele te salvará.
23 Dois tipos de pesos são algo detestável para Jeová, e uma balança fraudulenta não é boa.
24 As passadas dum varão vigoroso são da parte de Jeová. No que se refere ao homem terreno, como pode ele discernir o seu caminho?
25 É um laço quando o homem terreno clama irrefletidamente: “Santo!” e após os votos [está disposto] a fazer um exame.
26 O rei sábio dispersa os iníquos e revolve sobre eles uma roda.
27 O fôlego do homem terreno é a lâmpada de Jeová, fazendo uma busca cuidadosa em todas as partes mais íntimas do ventre.
28 Benevolência e veracidade — elas salvaguardam o rei; e ele amparou seu trono pela benevolência.
29 A beleza dos jovens é o seu poder e o esplendor dos anciãos são as suas cãs.
30 Feridas de contusões são o que expurga o mal; e os golpes, as partes mais íntimas do ventre.
21 O coração do rei é como correntes de água na mão de Jeová. Vira-o para onde quer que se agrade.
2 Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas Jeová faz a avaliação dos corações.
3 Executar a justiça e o juízo é preferido por Jeová a um sacrifício.
4 Olhos altaneiros e um coração arrogante, a lâmpada dos iníquos, são pecado.
5 Os planos do diligente seguramente resultam em vantagem, mas todo precipitado seguramente [se encaminha] para a carência.
6 A obtenção de tesouros por meio duma língua falsa é uma exalação impelida [para longe] no caso dos que procuram a morte.
7 A própria assolação por parte dos iníquos os arrastará, pois negaram-se a fazer justiça.
8 O homem, mesmo o estranho, é tortuoso no [seu] caminho; mas o puro é reto na sua atuação.
9 Melhor é morar num canto do terraço, do que com uma esposa contenciosa, embora numa casa em comum.
10 A própria alma do iníquo tem almejado o que é mau; aos olhos dele não se mostrará favor ao seu próximo.
11 Por se impor uma multa ao zombador, o inexperiente torna-se sábio; e por se dar perspicácia ao sábio, ele obtém conhecimento.
12 O Justo dá consideração à casa do iníquo, transtornando os iníquos para a [sua] calamidade.
13 Quanto àquele que tapa seu ouvido contra o clamor queixoso do de condição humilde, ele mesmo também clamará e não se lhe responderá.
14 Uma dádiva feita às escondidas aplaca a ira; e o suborno no peito, o forte furor.
15 Para o justo é uma alegria fazer justiça, mas há algo terrível para os que praticam o que é prejudicial.
16 Quanto ao homem que se vai perdendo do caminho da perspicácia, descansará na própria congregação dos impotentes na morte.
17 Aquele que ama a hilaridade será alguém em necessidade; quem ama o vinho e o azeite não enriquecerá.
18 O iníquo é resgate para o justo; e quem age traiçoeiramente toma o lugar dos retos.
19 Melhor é morar numa terra erma, do que com uma esposa contenciosa junto com vexame.
20 Há tesouro desejável e azeite na residência do sábio, mas o homem estúpido o engolirá.
21 Quem se empenha pela justiça e pela benevolência achará vida, justiça e glória.
22 O sábio escalou a própria cidade dos poderosos, para deitar abaixo a força da sua confiança.
23 Quem guarda a sua boca e a sua língua está guardando a sua alma das aflições.
24 Fanfarrão presunçoso, pretensioso, é o nome daquele que age numa fúria de presunção.
25 O próprio anelo do preguiçoso o entregará à morte, pois as suas mãos se negaram a trabalhar. 26 O dia inteiro ele demonstrou anelar ansiosamente, mas o justo dá e não nega nada.
27 O sacrifício dos iníquos é algo detestável. Quanto mais quando é trazido junto com conduta desenfreada.
28 A testemunha mentirosa perecerá, mas o homem que escuta falará, sim, para sempre.
29 O homem iníquo fez a sua face atrevida, mas o reto é aquele que será firmemente estabelecido nos seus caminhos.
30 Não há sabedoria, nem discernimento, nem conselho em oposição a Jeová.
31 O cavalo é algo preparado para o dia da batalha, mas a salvação pertence a Jeová.
22 Deve-se escolher antes um nome do que riquezas abundantes; o favor é melhor do que mesmo a prata e o ouro.
2 Encontraram-se o rico e o de poucos meios. Aquele que fez a todos eles é Jeová.
3 Argucioso é aquele que tem visto a calamidade e passa a esconder-se, mas os inexperientes passaram adiante e terão de sofrer a penalidade.
4 O resultado da humildade [e] do temor de Jeová é riquezas, e glória, e vida.
5 Há espinhos [e] armadilhas no caminho do pervertido; quem guarda a sua alma mantém-se longe deles.
6 Educa o rapaz segundo o caminho que é para ele; mesmo quando envelhecer não se desviará dele.
7 O rico é quem domina sobre os de poucos meios, e quem toma emprestado é servo do homem que empresta.
8 Quem semeia a injustiça ceifará o que é prejudicial, mas a própria vara da sua fúria chegará ao seu fim.
9 Quem é bondoso de olho será abençoado, porque deu do seu alimento ao de condição humilde.
10 Expulsa ao zombador para que saia a contenda e cessem o litígio e a desonra.
11 Quem ama a pureza de coração — pelo encanto dos seus lábios o rei será seu companheiro.
12 Os olhos do próprio Jeová têm resguardado o conhecimento, mas ele transtorna as palavras do traiçoeiro.
13 O preguiçoso disse: “Há um leão lá fora! Serei assassinado no meio das praças públicas!”
14 A boca da mulher estranha é uma cova funda. Aquele que é verberado por Jeová cairá nela.
15 A tolice está ligada ao coração do rapaz; a vara da disciplina é a que a removerá para longe dele.
16 Quem defrauda ao de condição humilde para suprir-se de muitas coisas, bem como aquele que dá ao rico, seguramente se destina à carência.
17 Inclina teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, para que fixes teu próprio coração no meu conhecimento. 18 Pois é agradável que as guardes no teu ventre, para que juntas fiquem firmemente estabelecidas sobre os teus lábios.
19 Para que viesses a ter confiança no próprio Jeová, dei-te hoje conhecimento, sim, a ti.
20 Não te escrevi até agora com conselhos e conhecimento, 21 para mostrar-te a veracidade de declarações verazes, a fim de replicar declarações que são verdade — àquele que te envia?
22 Não roubes ao de condição humilde por ele ser de condição humilde e não esmigalhes o atribulado no portão. 23 Porque o próprio Jeová pleiteará a sua causa e certamente roubará a alma dos que os roubam.
24 Não tenhas companheirismo com alguém dado à ira; e não deves entrar com o homem que tem acessos de furor, 25 para não te familiarizares com as suas veredas e certamente tomares um laço para a tua alma.
26 Não venhas a ficar entre os que batem as mãos, entre os que são fiadores de empréstimos. 27 Se não tiveres nada com que pagar, por que tirarias a tua cama de debaixo de ti?
28 Não recues algum termo [existente] há muito tempo, feito pelos teus antepassados.
29 Observaste o homem que é destro na sua obra? É perante reis que ele se postará; não se postará diante de homens comuns.
23 Caso te assentes com um rei para te alimentar, deves considerar diligentemente o que há diante de ti, 2 e tens de pôr uma faca à tua garganta, se fores dono [dum desejo] de alma. 3 Não te mostres almejante dos seus pratos gostosos, visto ser alimento de mentiras.
4 Não labutes para enriquecer. Deixa da tua própria compreensão. 5 Fizeste teus olhos relanceá-la sendo que ela não é nada? Pois, sem falta fará para si asas como as da águia e sairá voando em direção aos céus.
6 Não te alimentes do alimento de alguém de olho não generoso, nem te mostres almejante dos seus pratos gostosos. 7 Pois ele é como alguém que estava calculando na sua alma. “Come e bebe”, ele te diz, mas o seu coração mesmo não está contigo. 8 Vomitarás o teu bocado que comeste e terás desperdiçado as tuas palavras agradáveis.
9 Não fales aos ouvidos de alguém estúpido, porque ele desprezará as tuas palavras discretas.
10 Não recues o termo [existente] há muito tempo e não entres no campo de meninos órfãos de pai. 11 Porque o Redentor deles é forte; ele mesmo pleiteará contigo a causa deles.
12 Faze deveras teu coração chegar-se à disciplina e teu ouvido às declarações de conhecimento.
13 Não retenhas a disciplina do mero rapaz. Não morrerá se lhe bateres com a vara. 14 Tu mesmo lhe deves bater com a vara, para que livres a sua alma do próprio Seol.
15 Filho meu, se teu coração se tiver tornado sábio, alegrar-se-á meu coração, sim, o meu. 16 E meus rins rejubilarão quando os teus lábios falarem retidão.
17 Não inveje teu coração os pecadores, mas tenha ele temor de Jeová o dia inteiro. 18 Pois neste caso haverá futuro, e a tua própria esperança não será decepada.
19 Tu, meu filho, ouve e torna-te sábio, e encaminha teu coração no caminho.
20 Não venhas a ficar entre os beberrões de vinho, entre os que são comilões de carne. 21 Porque o beberrão e o glutão ficarão pobres, e a sonolência vestirá a pessoa de meros trapos.
22 Escuta teu pai que causou o teu nascimento e não desprezes a tua mãe só porque ela envelheceu. 23 Compra a própria verdade e não a vendas — sabedoria, e disciplina, e compreensão. 24 O pai de um justo sem falta jubilará; quem se torna pai de um sábio também se alegrará dele. 25 Teu pai e tua mãe se alegrarão, e aquela que te deu à luz jubilará.
26 Filho meu, dá-me deveras teu coração, e agradem-se estes olhos teus dos meus próprios caminhos. 27 Pois a prostituta é uma cova funda e a mulher estrangeira é um poço estreito. 28 Ela, igual a um assaltante, seguramente está de tocaia; e ela incrementa entre os homens os traiçoeiros.
29 Quem tem ais? Quem tem apreensão? Quem tem contendas? Quem tem preocupação? Quem tem ferimentos sem razão alguma? Quem tem embaciamento dos olhos? 30 Os que ficam muito tempo com o vinho, os que entram para descobrir vinho misturado. 31 Não olhes para o vinho quando apresenta uma cor vermelha, quando está cintilando no copo, [quando] escorre suavemente. 32 No seu fim morde igual a uma serpente e segrega veneno igual a uma víbora. 33 Teus próprios olhos verão coisas estranhas e teu próprio coração falará coisas perversas. 34 E hás de tornar-te como quem se deita no coração do mar, sim, como quem se deita no topo de um mastro. 35 “Golpearam-me, mas não adoeci; surraram-me, mas eu não o sabia. Quando é que acordarei? Eu o procurarei ainda mais.”
24 Não invejes os homens maus e não te mostres almejante de ficar com eles. 2 Porque seu coração está meditando a assolação e seus próprios lábios estão falando desgraça.
3 Os da casa serão edificados pela sabedoria, e serão firmemente estabelecidos pelo discernimento. 4 E pelo conhecimento se encherão os quartos interiores com todas as coisas preciosas e agradáveis de valor.
5 O sábio na força é varão vigoroso e o homem de conhecimento está reforçando o poder. 6 Pois travarás a tua guerra com orientação perita, e na multidão de conselheiros há salvação.
7 Para o tolo, a verdadeira sabedoria é elevada demais; no portão ele não abrirá a sua boca.
8 Quanto àquele que maquina fazer o mal, será chamado apenas de mestre de idéias más.
9 A conduta desenfreada da tolice é pecado e o zombador é algo detestável para a humanidade.
10 Mostraste-te desanimado no dia da aflição? Teu poder será escasso.
11 Livra os que estão sendo levados para a morte; e os que cambaleiam para a chacina, oh! que tu [os] refreies! 12 Caso digas: “Eis que não sabíamos disso”, não o discernirá aquele que avalia os corações, e [não o] saberá aquele que observa a tua alma e [não] pagará de volta ao homem terreno segundo a sua atuação?
13 Filho meu, come mel, pois é bom; e haja no teu palato o doce mel de favo. 14 Do mesmo modo, conhece deveras a sabedoria para a tua alma. Se [a] tiveres achado, então há futuro, e tua própria esperança não será decepada.
15 Não te ponhas de emboscada, como alguém iníquo, contra o lugar de permanência do justo; não assoles o seu lugar de repouso. 16 Pois o justo talvez caia até mesmo sete vezes, e ele se há de levantar; mas aos iníquos se fará tropeçar pela calamidade.
17 Quando teu inimigo cai, não te alegres; e quando se faz que tropece, não jubile teu coração, 18 para que Jeová não o veja e seja mau aos seus olhos, e ele certamente faça recuar sua ira contra ele.
19 Não te acalores por causa dos malfeitores. Não invejes os iníquos. 20 Porque se mostrará não haver futuro para quem é mau; a própria lâmpada dos iníquos será apagada.
21 Filho meu, teme a Jeová e ao rei. Não te metas com os que estão a favor duma mudança. 22 Porque o seu desastre surgirá tão repentinamente, que da extinção daqueles que estão a favor duma mudança quem se aperceberá?
23 Também estas [declarações] são para os sábios: Mostrar parcialidade no julgamento não é bom.
24 Quem disser ao iníquo: “Tu és justo”, a este os povos maldirão, grupos nacionais o verberarão. 25 Mas, para os que [o] repreendem será agradável, e sobre estes virá a bênção de bem. 26 Lábios beijará aquele que replicar de maneira direta.
27 Prepara a tua obra portas afora e apronta-a para ti no campo. Depois tens de edificar também os da tua casa.
28 Não te tornes sem base uma testemunha contra o teu próximo. Então terias de ser néscio com os teus lábios. 29 Não digas: “Assim como ele me fez, assim vou fazer a ele. Pagarei de volta a cada um segundo a sua atuação.”
30 Passei pelo campo do preguiçoso e pelo vinhedo do homem falto de coração. 31 E eis que todo ele produzia ervas daninhas. Urtigas cobriam-lhe a própria superfície, e seu próprio muro de pedra tinha sido derrubado.
32 De modo que eu mesmo passei a observar; comecei a tomá-lo ao coração; vi, aceitei a disciplina: 33 Um pouco de sono, um pouco de cochilo, um pouco de cruzar as mãos para se deitar, 34 e certamente chegará a tua pobreza como um salteador de estrada e a tua necessidade como um homem armado.
25 Também estes são provérbios de Salomão transcritos pelos homens de Ezequias, rei de Judá:
2 A glória de Deus é manter um assunto em segredo, e a glória dos reis é esquadrinhar um assunto.
3 Os céus quanto à altura e a terra quanto à profundidade, e o coração dos reis, isto é inescrutável.
4 Remova-se da prata a escória, e toda ela sairá refinada.
5 Remova-se o iníquo de diante do rei, e seu trono será firmemente estabelecido pela própria justiça.
6 Não te honres a ti mesmo diante do rei e não te postes no lugar dos grandes. 7 Pois é melhor que [ele] te diga: “Sobe para cá”, do que seres por ele rebaixado diante de um nobre a quem teus olhos viram.
8 Não saias para pleitear apressadamente uma causa jurídica, para que não surja a questão sobre o que farás na culminação dela, quando teu próximo te humilhar. 9 Pleiteia a tua própria causa com o teu próximo e não reveles a palestra confidencial de outrem; 10 para que não te envergonhe aquele que escuta e não se possa revogar o relato mau da tua parte.
11 Como maçãs de ouro em esculturas de prata é a palavra falada no tempo certo para ela.
12 Arrecada de ouro e ornamento de ouro especial é o sábio repreendedor sobre o ouvido atento.
13 Como o frescor da neve no dia da colheita é o fiel enviado para os que o enviam, pois restaura a própria alma dos seus amos.
14 Como nuvens vaporosas e vento sem aguaceiro é o homem que se jacta falsamente de uma dádiva.
15 Pela paciência se induz ao comandante, e a própria língua suave pode quebrar um osso.
16 Achaste mel? Come o que for suficiente para ti, a fim de que não tomes demais e tenhas de vomitá-lo.
17 Faze raro o teu pé na casa do teu próximo, para que não se farte de ti e certamente te odeie.
18 Como clava de guerra, e espada, e flecha afiada é o homem que testifica como testemunha falsa contra o seu próximo.
19 Como dente quebrado e pé vacilante é a confiança naquele que se mostra traiçoeiro no dia da aflição.
20 Quem tira a roupa num dia de frio é como vinagre sobre álcali e como o cantor com canções para o coração sombrio.
21 Se aquele que te odeia tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se ele tiver sede, dá-lhe água para beber. 22 Porque juntarás brasas sobre a sua cabeça, e o próprio Jeová te recompensará.
23 O vento do norte produz um aguaceiro como que com dores de parto; e a língua [revelando] um segredo, uma face verberada.
24 Melhor é morar num canto do terraço, do que com uma esposa contenciosa, embora numa casa em comum.
25 Como água fresca para a alma cansada é a notícia boa duma terra longínqua.
26 Manancial turvo e fonte arruinada é o justo quando cambaleia diante do iníquo.
27 Comer mel demais não é bom; e ir-se em busca da sua própria glória acaso é glória?
28 Como uma cidade arrombada, sem muralha, é o homem que não domina seu espírito.
26 Como a neve no verão e como a chuva na colheita, assim a glória não é apropriada para o estúpido.
2 Assim como o pássaro tem razão para fugir [e] assim como a andorinha tem para voar, assim a invocação do mal não vem sem causa real.
3 O chicote é para o cavalo, o freio é para o jumento e a vara é para as costas de gente estúpida.
4 Não respondas ao estúpido segundo a sua tolice, para que tu mesmo não te tornes igual a ele.
5 Responde ao estúpido segundo a sua tolice, para que não se torne alguém sábio aos seus próprios olhos.
6 Como alguém que mutila [seus] pés, como alguém que bebe apenas violência, é aquele que confia assuntos à mão de um estúpido.
7 Acaso as pernas do coxo puxaram água? Então há um provérbio na boca de gente estúpida.
8 Como alguém que mete uma pedra num monte de pedras é aquele que dá glória a quem é apenas estúpido.
9 Como a planta espinhosa que subiu à mão dum ébrio, assim é um provérbio na boca de gente estúpida.
10 Como o arqueiro que traspassa tudo é aquele que contrata alguém estúpido ou aquele que contrata transeuntes.
11 Igual ao cão que volta ao seu vômito, o estúpido repete a sua tolice.
12 Viste um homem sábio aos seus próprios olhos? Há mais esperança para o estúpido do que para ele.
13 O preguiçoso disse: “Há um leãozinho no caminho, um leão no meio das praças públicas.”
14 A porta gira nos seus gonzos e o preguiçoso no seu leito.
15 O preguiçoso encobriu a sua mão no tacho de banquete; ficou fatigado demais para trazê-la de volta à boca.
16 O preguiçoso é mais sábio aos seus próprios olhos do que sete que dão uma resposta sensata.
17 Como alguém que agarra as orelhas de um cão é aquele que, estando de passagem, fica furioso com uma altercação que não é dele.
18 Igual a um louco que atira projéteis ardentes, flechas e morte, 19 assim é o homem que logrou seu próximo e que disse: “Não me diverti?”
20 Onde não há lenha, apaga-se o fogo, e onde não há caluniador, aquieta-se a contenda.
21 Como o carvão de lenha para as brasas e a lenha para o fogo, assim é o homem contencioso por tornar acesa a altercação.
22 As palavras do caluniador são como coisas que se engolem avidamente, que descem até as partes mais íntimas do ventre.
23 Como um revestimento de prata recobrindo um caco são os lábios fervorosos com um coração mau.
24 O odiador faz-se irreconhecível com os seus lábios, mas para dentro de si põe o engano. 25 Embora ele faça a sua voz graciosa, não lhe acredites, pois há sete coisas detestáveis no seu coração. 26 O ódio está encoberto pelo engano. Sua maldade será descoberta na congregação.
27 Quem escava uma cova cairá na mesma, e quem revolve uma pedra — sobre este ela retornará.
28 A língua falsa odeia o esmagado por ela e a boca lisonjeira causa a derrubada.
27 Não te jactes do dia seguinte, pois não sabes o que o dia dará à luz.
2 Louve-te o estranho e não a tua própria boca; faça-o o estrangeiro e não os teus próprios lábios.
3 O peso de uma pedra e uma carga de areia — mas o vexame por parte de um tolo é mais pesado do que ambos.
4 Há a crueldade do furor, também a enchente da ira, mas quem pode manter-se de pé diante do ciúme?
5 Melhor a repreensão revelada do que o amor escondido.
6 Fiéis são os ferimentos infligidos por alguém que ama, mas os beijos de quem odeia são coisas a serem suplicadas.
7 A alma saciada calcará o favo de mel, mas para a alma faminta, toda coisa amarga é doce.
8 Como o pássaro fugindo do seu ninho é o homem que foge do seu lugar.
9 Óleo e incenso são os que alegram o coração, também a doçura do companheiro que se tem, devido ao conselho da alma.
10 Não abandones o teu próprio companheiro ou o companheiro de teu pai, e não entres na casa de teu próprio irmão no dia do teu desastre. Melhor o vizinho que está perto do que um irmão que está longe.
11 Sê sábio, filho meu, e alegra meu coração, para que eu possa replicar àquele que me escarnece.
12 O argucioso que viu a calamidade foi esconder-se; os inexperientes que passaram adiante sofreram a penalidade.
13 Toma a veste da pessoa, caso a pessoa tenha prestado fiança por um estranho; e no caso duma mulher estrangeira, toma dele um penhor.
14 Aquele que de manhã cedo bendiz o seu próximo com voz alta, dele será isso contado como invocação do mal.
15 A goteira do telhado, que afugenta no dia de chuva contínua, e a esposa contenciosa são comparáveis. 16 Quem a abriga, abriga o vento, e o que a sua direita encontra é óleo.
17 O ferro se aguça com o próprio ferro. Assim um homem aguça a face de outro.
18 Quem resguarda a figueira é quem comerá do seu fruto, e aquele que guarda seu amo será honrado.
19 Assim como na água face corresponde à face, assim o coração de homem [corresponde] ao do homem.
20 O próprio Seol e [o lugar de] destruição não se fartam; nem se saciam os olhos do homem.
21 O cadinho de refinação é para a prata e o forno de fundição é para o ouro; e a pessoa é segundo o seu louvor.
22 Ainda que triturasses o tolo com o pilão no almofariz, no meio de grãos pilados, não se afastaria dele a sua tolice.
23 Devias conhecer positivamente a aparência do teu rebanho. Fixa teu coração nas tuas greis; 24 porque o tesouro não ficará por tempo indefinido, nem o diadema por todas as gerações.
25 Desapareceu o capim verde e apareceu a relva nova, e ajuntou-se a vegetação dos montes. 26 Os carneirinhos são para a tua vestimenta e os cabritos são o preço do campo. 27 E há suficiência de leite de cabra para teu alimento, para alimento dos da tua casa, e os meios de vida para as tuas moças.
28 Os iníquos fogem deveras quando não há quem os persiga, mas os justos são como o leão novo que é confiante.
2 Por causa da transgressão de uma terra são muitos os seus [sucessivos] príncipes, porém, por meio dum homem de discernimento, que tem conhecimento do que é direito, [o príncipe] permanecerá por muito tempo.
3 O varão vigoroso de poucos meios e que defrauda os de condição humilde é como a chuva que arrasa, de modo que não há alimento.
4 Os que abandonam a lei louvam o iníquo, mas os que guardam a lei excitam-se contra eles.
5 Homens dados à maldade não podem entender o juízo, mas os que procuram a Jeová podem entender tudo.
6 Melhor é o de poucos meios que anda na sua integridade, do que o pervertido nos [seus] caminhos, embora seja rico.
7 O filho entendido observa a lei, mas aquele que mantém companheirismo com os glutões humilha seu pai.
8 Quem multiplica os seus valores por meio de juros e usura reúne-os apenas para aquele que mostra favor aos de condição humilde.
9 Quem desvia seu ouvido de ouvir a lei — até mesmo sua oração é algo detestável.
10 Quem faz que os retos se percam no caminho mau cairá ele mesmo na sua própria cova, mas, os que estão sem defeito são os que entrarão na posse do bem.
11 O homem rico é sábio aos seus próprios olhos, mas o de condição humilde que tem discernimento esquadrinha-o.
12 Quando os justos se regozijam, há abundante beleza; mas quando os iníquos se levantam, o homem se disfarça.
13 Quem encobre as suas transgressões não será bem sucedido, mas, ter-se-á misericórdia com aquele que [as] confessa e abandona.
14 Feliz o homem que constantemente sente pavor, mas aquele que endurece seu coração cairá em calamidade.
15 Como o leão que ruge e o urso que arremete é o governante iníquo sobre o povo de condição humilde.
16 O líder que carece de verdadeiro discernimento é também abundante em práticas fraudulentas, mas aquele que odeia o lucro injusto prolongará os [seus] dias.
17 O homem sobrecarregado de culpa de sangue por causa de uma alma é quem fugirá para o poço. Que não o segurem.
18 Quem anda sem defeito será salvo, mas aquele que é pervertido nos [seus] caminhos cairá imediatamente.
19 Quem cultiva o seu próprio solo terá fartura de pão, e aquele que se empenha por coisas sem valor terá fartura de pobreza.
20 O homem de atos fiéis receberá muitas bênçãos, mas aquele que se precipita para enriquecer não ficará inocente.
21 Mostrar parcialidade não é bom, nem que o varão vigoroso transgrida por um mero pedaço de pão.
22 O homem de olho invejoso atarefa-se para [obter] coisas valiosas, mas não sabe que virá sobre ele a própria carência.
23 Quem repreende a um homem achará depois mais favor do que aquele que lisonjeia com a sua língua.
24 Quem rouba seu pai e sua mãe, e diz: “Não é transgressão”, é sócio do homem que causa ruína.
25 O arrogante na alma suscita contenda, mas ao que confia em Jeová se fará engordar.
26 Quem confia no seu próprio coração é estúpido, mas aquele que anda em sabedoria é o que escapará.
27 Quem dá àquele de poucos meios não terá carência, mas aquele que oculta os seus olhos receberá muitas maldições.
28 Quando se levantam os iníquos, esconde-se o homem; mas quando perecem, tornam-se muitos os justos.
29 O homem repetidas vezes repreendido, mas que endurece a cerviz, será repentinamente quebrado, e isto sem cura.
2 Quando os justos se tornam muitos, o povo se alegra; mas quando um iníquo está dominando, o povo suspira.
3 O homem que ama a sabedoria alegra seu pai, mas quem tem companheirismo com prostitutas destrói coisas valiosas.
4 Pela justiça o rei faz que o país fique de pé, mas o homem à procura de suborno o derruba.
5 O varão vigoroso que lisonjeia seu companheiro apenas está estendendo uma rede aos seus passos.
6 Na transgressão do homem mau há um laço, mas quem é justo grita de júbilo e está alegre.
7 O justo conhece a demanda judicial dos de condição humilde. Quem é iníquo não toma em consideração tal conhecimento.
8 Homens de fanfarrice incendeiam a vila, mas os que são sábios fazem recuar a ira.
9 O homem sábio que entrou em julgamento com um homem tolo — ficou agitado e também se riu, e não há descanso.
10 Homens sanguinários odeiam ao inculpe; e quanto aos retos, continuam a procurar a alma de cada um.
11 Todo o seu espírito é o que o estúpido deixa sair, mas aquele que é sábio o mantém calmo até o último.
12 Quando o governante presta atenção a conversa falsa, todos os que o atendem serão iníquos.
13 O de poucos meios e o homem de opressões se encontraram; [mas] Jeová ilumina os olhos de ambos.
14 Quando o rei julga em veracidade os de condição humilde, seu trono ficará firmemente estabelecido para todo o sempre.
15 A vara e a repreensão é que dão sabedoria; mas, o rapaz deixado solto causará vergonha à sua mãe.
16 Quando os iníquos se tornam muitos, abunda a transgressão; mas os que são justos olharão para a própria queda deles.
17 Castiga teu filho e ele te trará descanso e dará muito prazer à tua alma.
18 Onde não há visão, o povo está desenfreado, mas felizes são os que guardam a lei.
19 O servo não se deixará corrigir por meras palavras, pois ele compreende, mas não atende.
20 Observaste o homem que é precipitado nas suas palavras? Há mais esperança para o estúpido do que para ele.
21 Se alguém está mimando o seu servo desde a infância, este se tornará posteriormente na vida até mesmo um ingrato.
22 O homem dado à ira suscita contenda e quem está disposto ao furor tem muita transgressão.
23 A própria altivez do homem terreno o humilhará, mas quem é humilde de espírito segurará a glória.
24 Quem é parceiro dum ladrão odeia a sua própria alma. Talvez ouça rogar pragas, mas não conta nada.
25 Tremer diante de homens é o que arma um laço, mas quem confia em Jeová será protegido.
26 Muitos são os que procuram a face do governante, mas o julgamento do homem procede de Jeová.
27 O homem de injustiça é algo detestável para os justos, e aquele que é reto no seu caminho é algo detestável para o iníquo.
30 Palavras de Agur, filho de Jaque, a mensagem ponderosa. A pronunciação do varão vigoroso a Itiel, a Itiel e a Ucal.
2 Pois eu sou mais irracional do que qualquer outro e não tenho a compreensão da humanidade; 3 e não aprendi a sabedoria; e nada sei do conhecimento do Santíssimo.
4 Quem subiu ao céu para descer? Quem ajuntou o vento na concavidade de ambas as mãos? Quem embrulhou as águas numa capa? Quem fez todos os confins da terra levantar-se? Qual é seu nome e qual é o nome de seu filho, caso [o] saibas?
5 Toda declaração de Deus é refinada. Ele é escudo para os que se refugiam nele. 6 Não acrescentes nada às suas palavras, para que não te repreenda e para que não venhas a ser mostrado mentiroso.
7 Duas coisas te pedi. Não mas negues antes de eu morrer. 8 Afasta para longe de mim a inveracidade e a palavra mentirosa. Não me dês nem pobreza nem riquezas. Devore eu o alimento que me é prescrito, 9 para que eu não me farte e realmente [te] renegue, e diga: “Quem é Jeová?” e para que eu não fique pobre e realmente furte, e ataque o nome de meu Deus.
10 Não calunies o servo diante de seu amo, para que não invoque sobre ti o mal e para que não venhas a ser tido por culpado.
11 Há uma geração que invoca o mal até mesmo sobre seu pai e que não abençoa nem mesmo a sua mãe.
12 Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que não foi lavada do seu próprio excremento.
13 Há uma geração cujos olhos ficaram, oh! tão altaneiros, e cujos olhos radiantes estão elevados.
14 Há uma geração cujos dentes são espadas e cujas mandíbulas são cutelos, para devorar os atribulados de cima da terra e os pobres de entre a humanidade.
15 As sanguessugas têm duas filhas [que clamam]: “Dá! Dá!” Há três coisas que não se fartam, quatro que não disseram: “Basta!” 16 O Seol e a madre impedida, a terra que não se saciou de água e o fogo que não disse: “Basta!”
17 O olho que caçoa do pai e que despreza a obediência à mãe — os corvos do vale da torrente o picarão e os filhotes da águia o devorarão.
18 Há três coisas que se mostraram maravilhosas demais para mim e quatro que não vim a conhecer: 19 o caminho da águia nos céus, o caminho da serpente sobre uma rocha, o caminho do navio no coração do mar e o caminho do varão vigoroso com a donzela.
20 Assim é o caminho duma mulher adúltera: ela comeu e esfregou a boca, e disse: “Não cometi nenhum agravo.”
21 Sob três coisas ficou agitada a terra e sob quatro não pode agüentar: 22 sob o escravo, quando está reinando, e [sob] o insensato, quando tem fartura de alimento; 23 sob a mulher odiada, quando ela é possuída como esposa, e [sob] a serva, quando ela desapossa a sua senhora.
24 Há quatro coisas que são as menores da terra, mas são instintivamente sábias: 25 as formigas não são um povo forte, no entanto, preparam seu alimento no verão; 26 os procávias não são um povo potente, no entanto, é sobre o rochedo que eles põem a sua casa; 27 os gafanhotos não têm rei, no entanto, todos eles saem divididos em grupos; 28 o geco [de muro] pega com as suas próprias mãos e está no grandioso palácio do rei.
29 Há três que procedem bem nas [suas] passadas e quatro que procedem bem no [seu] avanço: 30 o leão, que é o mais poderoso entre os animais e que não recua diante de ninguém; 31 o galgo ou o cabrito, e o rei de um destacamento de soldados do seu próprio povo.
32 Se agiste de modo insensato por te elevares a ti mesmo, e se fixaste [nisto] teu pensamento, [põe] a mão à boca. 33 Pois, bater o leite é o que produz manteiga, e premer o nariz é o que faz sair sangue, e premer a ira é o que produz a altercação.
31 Palavras de Lemuel, o rei, a mensagem ponderosa que sua mãe lhe deu em correção:
2 O que [é que eu digo], filho meu, e o que, filho de meu ventre, e o que, filhos dos meus votos?
3 Não dês a tua energia vital às mulheres, nem os teus caminhos [àquilo que leva à] extinção de reis.
4 Não é para os reis, ó Lemuel, não é para os reis beber vinho ou para os dignitários [dizer:] “Onde está a bebida inebriante?” 5 para que não se beba e se esqueça o decretado, e [não] se perverta a causa de qualquer filho de tribulação. 6 Dai bebida inebriante àquele que está para perecer e vinho aos amargurados de alma. 7 Beba-se e esqueça-se a pobreza, e não haja mais lembrança da própria desgraça.
8 Abre a tua boca em prol do mudo, na causa de todos os que vão passando. 9 Abre a tua boca, julga em justiça e pleiteia a causa do atribulado e do pobre.
א [Álefe]
10 Uma esposa capaz, quem a pode achar? Seu valor é muito maior do que o de corais.
ב [Bete]
11 Nela confia o coração do seu dono, e não há falta de lucro.
ג [Guímel]
12 Ela o recompensou com o bem e não com o mal, todos os dias da sua vida.
ד [Dálete]
13 Ela tem buscado lã e linho, e trabalha em que for do agrado das suas mãos.
ה [Hê]
14 Ela tem mostrado ser como os navios de um mercador. De longe ela traz para dentro o seu alimento.
ו [Vau]
15 Ela se levanta também enquanto ainda é noite, e dá comida aos da sua casa e a porção prescrita às suas moças.
ז [Zaine]
16 Ela cogitou um campo e passou a obtê-lo; dos frutos das suas mãos ela plantou um vinhedo.
ח [Hete]
17 Ela cingiu seus quadris com força e fortifica seus braços.
ט [Tete]
18 Ela se apercebeu de que seu mercadejar é bom; sua lâmpada não se apaga à noite.
י [Iode]
19 Ela estendeu suas mãos à roca de fiar e suas próprias mãos seguram o fuso.
כ [Cafe]
20 Ela estendeu a palma da sua mão ao atribulado e estendeu as suas mãos ao pobre.
ל [Lâmede]
21 Ela não teme pelos da sua casa por causa da neve, porque todos os da sua casa trajam vestimenta dupla.
מ [Meme]
22 Ela fez colchas para si mesma. Sua vestimenta é de linho e de lã tingida de roxo.
נ [Nune]
23 Seu dono é alguém conhecido nos portões, quando se assenta com os anciãos do país.
ם [Sâmeque]
24 Ela fez até mesmo peças de roupa interior e passou a vendê-las, e deu cintos aos comerciantes.
ע [Aine]
25 Força e esplendor são a sua vestimenta, e ela se ri do dia futuro.
פ [Pê]
26 Abriu a sua boca em sabedoria e a lei da benevolência está sobre a sua língua.
צ [Tsadê]
27 Ela está vigiando os andamentos dos da sua casa e não come o pão da preguiça.
ק [Cofe]
28 Seus filhos se levantaram e passaram a chamá-la feliz; seu dono [se levanta] e a louva.
ר [Rexe]
29 Há muitas filhas que demonstraram capacidade, mas tu — tu sobrepujaste a todas elas.
ש [Chim]
30 O encanto talvez seja falso e a lindeza talvez seja vã; [mas] a mulher que teme a Jeová é a que procura louvor para si.
ת [Tau]
31 Dai-lhe dos frutos das suas mãos e louvem-na os seus trabalhos até mesmo nos portões.