Durante o período do El Niño, as águas do oceano Pacífico central e oriental se tornam mais quentes que o normal, produzindo variações climáticas de larga escala na região dos trópicos, com efeitos em praticamente todo o planeta.
Nestas duas imagens, tomadas em 1997 e 2015, vemos dois impressionantes registros da altura do oceano pacífico em sua faixa equatorial. Essa anomalia é uma indicação clara do aumento da temperatura, uma vez que a água expande-se ligeiramente à medida que se aquece e contrai-se quando resfria.
Segundo os dados coletados, a elevação na altura do nível do Pacífico indica uma anomalia térmica de 2,7 graus Celsius na temperatura da zona oriental.
No gráfico, as áreas brancas e vermelhas indicam uma elevação entre 120 e 180 milímetros acima do nível médio na região do Pacífico central, enquanto no oeste do Pacífico equatorial a anomalia se inverte, com os tons roxos e azuis revelando áreas com depressões entre 60 e 150 milímetros.
Uma rápida observação mostra que as áreas em branco e vermelho registradas em 2015 quase dobram quando comparadas a 1997/1998, anos de forte El Nino e marcados por atividades climáticas intensas.
No Brasil
Normalmente, nos anos de El Niño há um forte aumento da concentração de chuvas na região Sul, ao contrário da Amazônia oriental e no Nordeste, onde a seca severa se amplia devido ao enfraquecimento dos ventos alísios que distribuem a umidade.
Assim, os riscos de incêndios florestais aumentam em partes da Amazônia, enquanto as enchentes dominam o cenário no sul do país.
A Região sudeste também apresenta comportamento típico, com o aumento da temperatura média. No entanto, não há um padrão característico no regime de chuvas, embora haja previsão de precipitações acima da média no Estado de São Paulo e também no Estado de Mato Grosso do Sul.
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