Após a eleição norte-americana, a rede social foi acusada de ter ajudado Donald Trump a ser eleito
O Facebook, que enfrenta críticas por não ter evitado uma enxurrada de notícias falsas de serem compartilhadas na rede social antes da eleição norte-americana, está tomando uma série de medidas para eliminar boatos e outros tipos de mentiras de seus feeds, disse na sexta-feira, 18, o presidente da empresa, Mark Zuckerberg.
O Facebook insiste há tempos que é uma empresa de tecnologia e não de mídia, rejeitando a ideia de ser o responsável pelo conteúdo que seus usuários publicam e compartilham na plataforma. Pouco depois da eleição americana, Zuckerberg afirmou que a noção de que informações mentirosas publicadas no Facebook ajudaram a eleger Donald Trump era uma "ideia maluca".
Ele então afirmou no último sábado, 19, que mais de "99% do que as pessoas veem no Facebook é autêntico", dizendo que há "apenas uma pequena porção" de informações mentirosas e boatos.
Mas, depois, ele postou uma nota em tom totalmente diferente. Zuckerberg afirmou que o Facebook está trabalhando no assunto há muito tempo, e disse que o problema é complexo tanto técnica como filosoficamente.
"Embora a porcentagem de desinformação seja relativamente pequena, temos muito mais trabalho à frente no nosso planejamento", afirmou.
Ele listou uma série de medidas que já estão sendo implementadas na rede social, como maior automação para "detectar o que as pessoas sinalizam como falso antes mesmo que elas o façam".
Ele também disse que o Facebook tornará mais fácil o relato de conteúdo falso, trabalhará com terceiros e jornalistas para checagem de fatos e explorará símbolos de alerta para conteúdos tidos como falsos. A empresa também tentará impedir que os fornecedores de notícias falsas ganhem dinheiro por meio de seu sistema de publicidade, como foi previamente anunciado.