Conheça para evitar
A prática da magia é universal e quase é possível afirmar que existe desde que o Homem existe. Pode se manifestar através da magia branca e da magia negra, também denominada magia preta.
Esta última, se utiliza da invocação e conseqüentemente intervenção de espíritos inferiores para a execução de feitiços dedicados à execução do mal.
A distinção entre ambas tem como ponto de partida uma motivação ética derivada do conceito principal fundamental de uma antiga doutrina da Pérsia, fundada por Mani no século III.
Segundo ele, o Universo era formado por dois princípios supremos, o do Bem e o do Mal, os quais eram capazes de produzir, respectivamente, a felicidade e as calamidades do mundo.
A magia negra, por isso é definida como sendo maléfica tanto na sua intenção, quanto na sua execução pois tenta produzir resultados maus.
Para isso se utiliza de métodos tais como maldições, pactos satânicos, aliança com maus espíritos e feitiçaria que inclui sacrifícios de animais e a destruição de bonecos construídos com a finalidade de representar a pessoa a quem se quer prejudicar.
Ela é constantemente associada à bruxaria. Já a magia branca, por sua vez, pretende uma atividade benéfica, procurando, através de sua ação o bem estar próprio e dos outros, buscando desfazer as maldições lançadas pela magia negra.
Entretanto, muitas vezes, a magia negra e a magia branca se confundem, pois os conceitos de bondade e maldade nem sempre são muito fáceis de distinguir. Algumas regras têm sido propostas para tornar a separação entre os dois tipos de magia mais acessível e coerente.
Assim, por exemplo, foi proposto por alguns umbandistas, que quando o lugar escolhido para se realizar determinados rituais forem as florestas, as pedreiras, as encruzilhadas, as praias, os cemitérios ou as casas de Exú, isso por si só já será um indício forte de que se trata de magia negra.
Além disso foi proposto que a prática de sacrifício de animais também serviria de indicação sumária da realização de práticas de bruxaria.
A Quimbanda , uma das religiões afro-brasileiras, caracteriza-se pela prática da magia negra e pela invocação de Exus, associado comumente ao Diabo dos cristãos. Também o Catimbó, mesmo tendo sofrido larga influência do catolicismo e do espiritismo tem entre suas práticas certos rituais de magia negra realizados pela intervenção de diversos Exus.
Magia
A Magia é em seu sentido literal, a arte de produzir por meio de certos atos e palavras determinados efeitos contrários às leis naturais.
É a tentativa de modificar a realidade, os acontecimentos e de influenciar os indivíduos.
É a imposição do desejo humano sobre os fenômenos da natureza, é a operação de um fenômeno de uma forma inexplicável através da utilização de poderes sobrenaturais, assim como de seres espirituais ou forças ocultas da natureza.
Magia é um conjunto de práticas denominadas ocultas as quais tem como objetivo compelir forças sobre-humanas, a trabalharem sob as determinações do mágico.
Tais ações encorajam e reforçam a crença de que o ato mágico decorre da atuação de forças ocultas e obscuras que estão fora do controle humano ou ainda da influência que essas mesmas forças exerce sobre alguns Homens, dotando-os de poderes fora do comum.
A adivinhação , os encantamentos, as predições e outras atividades são como procedimentos que se relacionam entre si, pois todas essas práticas comungam da mesma idéia ou suposição básica segundo a qual as leis da natureza podem ser dominadas ou transcendidas.
Na Idade Média, magia era definida como uma arte ou uma habilidade que advinha de uma força sobrenatural capaz de produzir um determinado resultado, bizarro e incomum e cuja explicação fugia à razão do senso comum.
A magia pode ser considerada como uma arte, a arte da transformação. Ela é tão antiga quanto o homem e se mistura às inúmeras histórias, lendas e superstições que acompanham a humanidade através dos tempos.
A magia tem invariavelmente se revelado um fenômeno de grande expressão de todas as culturas, independente de seu nível de desenvolvimento e de progresso.
Nas civilizações mais antigas, não havia um limite entre religião e magia que se encontravam intimamente associadas.
As religiões eram em grande parte mágicas, porque os antigos identificavam objetos como sinais sagrados, capazes de proporcionarem as relações entre a deidade e a humanidade.
E foi justamente a prática da transfiguração de objetos, isto é a percepção de objetos como sendo dotados de novo significado e nova realidade, atribuindo-se-lhe poderes sobrenaturais, desproporcionais e totalmente alijados de sua utilidade original, que deu origem à magia.
A magia é uma prática através da qual o homem busca tornar-se deus, na medida que o torna representante ou dominado por forças invisíveis porém poderosas, capazes de governar o cosmos.