Uma grande Jornada
Uma das questões determinantes na gestão de projetos se resume em sua continuidade. Como chegar até o objetivo proposto?
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Não são pequenas as decepções quando do atraso ou mesmo do malogro dos propósitos, depois de exauridos os recursos frente a projetos não concluídos.
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E por que isso acontece?
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E por que isso acontece?
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Numa metáfora toda a realização de um projeto pode ser comparada ao desafio de uma grande jornada.
E é muito difundido a ideia de que uma grande jornada começa pelo primeiro passo.
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Essa é uma expressão muito bonita, porém isolada de instruções mais objetivas e de cunho prático não ajuda muito a responder à questão principal que ronda todo o debate filosófico desse tipo: afinal, como fazer para dar continuidade à jornada até concluí-la?
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Que uma grande jornada começa pelo primeiro passo é óbvio.
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Sim, começa. É este instante de decisão que define o início da jornada.
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O passo determinante.
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Sim, começa. É este instante de decisão que define o início da jornada.
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O passo determinante.
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Porém a jornada pode acabar ali mesmo no segundo ou no terceiro passo se não existir a determinação e os recursos necessários para se executar os incontáveis passos seguintes, que a constroem com a mesma decisão do primeiro.
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Vale como exemplo todas as segundas-feiras de início da dieta hipocalórica ou todas as vezes que se decidiu parar de fumar.
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É natural pressupor para a maioria das pessoas que e em algum momento esse objetivo acabou se esvaziando.
Caminhada
De fato, uma grande caminhada é resultado da sequência de passos executados um por vez encadeados numa corrente de passos que primam pela continuidade e pela constância, pois ninguém faz uma grande jornada apenas com o primeiro passo.
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Embora exista um propósito dizendo “caminhe”, as dissidências interna e externa dizem “desista”.
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O que acontece? – Desistimos.
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Como fazer para que isso não aconteça? Como manter a energia de cada passo sem esmorecer?
Evidentemente isso tem a ver diretamente com erros no planejamento e na execução.
Cominuição
A primeira resposta está em nossa própria metáfora: cominuição, ou seja, devemos decompor a jornada em seus passos constituintes e planejar o que fazer passo a passo.
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Quais os recursos necessários?
Qual velocidade deve ser impressa?
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Quais os recursos necessários?
Qual velocidade deve ser impressa?
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Na natureza nada ocorre aos saltos, ou expressando de outro jeito, tudo segue um fluxo dentro de um processo gradual.
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Por isso é sábio desconfiar de mudanças radicais.
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Toda alteração desse fluxo natural acaba gerando uma reação que na busca do equilíbrio desencadeia o famoso efeito rebote que na maioria das vezes faz com que as coisas voltem à estaca zero.
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E esse dissabor já foi experimentado por diversas vezes.
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Tomando novamente o exemplo da guerra contra a balança, já existem evidências de que o célebre efeito sanfona é o principal resultado de dietas e outras ações radicais (incluindo drogas e até algumas intervenções cirúrgicas).
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Em suma, quando mais ao norte um sujeito quer ir mais ao sul ele chega por puro radicalismo.
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Daí a ideia de dividir essa grande jornada em pequenos passos sem ações radicais.
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Nas palavras de Gonzales Pecotche “devemos fragmentar uma grande tarefa em tarefas menores” sabendo que cada vez que uma dessas tarefas menores for cumprida surgirão estímulos para executar a tarefa seguinte.
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Acho que vale tentar quando planejarmos algo.
Primeiro Passo
No entanto, antes de mais nada devemos perguntar para onde queremos ir e ter certeza desse objetivo.
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Esse talvez seja o primeiro e determinante passo. Aquele que vai impulsionar todos os demais.
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Para onde quero ir e por quê? Tenho certeza desse rumo?
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Pois como diz Sêneca, para aquele que não sabe qual direção tomar todos os ventos sopram contra.
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Artigo de Mustafá Ali Kanso