Ticker

6/recent/ticker-posts

Por que é tão difícil realizar o que planejamos?

Por que é tão difícil realizar o que planejamos

Uma grande Jornada

Uma das questões determinantes na gestão de projetos se resume em sua continuidade. Como chegar até o objetivo proposto?
-
Não são pequenas as decepções quando do atraso ou mesmo do malogro dos propósitos, depois de exauridos os recursos frente a projetos não concluídos. 
-
E por que isso acontece?
-
Numa metáfora toda a realização de um projeto pode ser comparada ao desafio de uma grande jornada.
E é muito difundido a ideia de que uma grande jornada começa pelo primeiro passo.
-
Essa é uma expressão muito bonita, porém isolada de instruções mais objetivas e de cunho prático não ajuda muito a responder à questão principal que ronda todo o debate filosófico desse tipo: afinal, como fazer para dar continuidade à jornada até concluí-la?
-
Que uma grande jornada começa pelo primeiro passo é óbvio. 
-
Sim, começa. É este instante de decisão que define o início da jornada. 

-
O passo determinante.
-
Porém a jornada pode acabar ali mesmo no segundo ou no terceiro passo se não existir a determinação e os recursos necessários para se executar os incontáveis passos seguintes, que a constroem com a mesma decisão do primeiro.
-
Vale como exemplo todas as segundas-feiras de início da dieta hipocalórica ou todas as vezes que se decidiu parar de fumar.
-
É natural pressupor para a maioria das pessoas que e em algum momento esse objetivo acabou se esvaziando.

Caminhada

De fato, uma grande caminhada é resultado da sequência de passos executados um por vez encadeados numa corrente de passos que primam pela continuidade e pela constância, pois ninguém faz uma grande jornada apenas com o primeiro passo.
-
Embora exista um propósito dizendo “caminhe”, as dissidências interna e externa dizem “desista”.
-
O que acontece? – Desistimos.
-
Como fazer para que isso não aconteça? Como manter a energia de cada passo sem esmorecer?
Evidentemente isso tem a ver diretamente com erros no planejamento e na execução.

Cominuição

A primeira resposta está em nossa própria metáfora: cominuição, ou seja, devemos decompor a jornada em seus passos constituintes e planejar o que fazer passo a passo. 
-
Quais os recursos necessários? 
Qual velocidade deve ser impressa?
-
Na natureza nada ocorre aos saltos, ou expressando de outro jeito, tudo segue um fluxo dentro de um processo gradual.
-
Por isso é sábio desconfiar de mudanças radicais.
-
Toda alteração desse fluxo natural acaba gerando uma reação que na busca do equilíbrio desencadeia o famoso efeito rebote que na maioria das vezes faz com que as coisas voltem à estaca zero.
-
E esse dissabor já foi experimentado por diversas vezes.
-
Tomando novamente o exemplo da guerra contra a balança, já existem evidências de que o célebre efeito sanfona é o principal resultado de dietas e outras ações radicais (incluindo drogas e até algumas intervenções cirúrgicas).
-
Em suma, quando mais ao norte um sujeito quer ir mais ao sul ele chega por puro radicalismo.
-
Daí a ideia de dividir essa grande jornada em pequenos passos sem ações radicais.
-
Nas palavras de Gonzales Pecotche “devemos fragmentar uma grande tarefa em tarefas menores” sabendo que cada vez que uma dessas tarefas menores for cumprida surgirão estímulos para executar a tarefa seguinte.
-
Acho que vale tentar quando planejarmos algo.

Primeiro Passo

No entanto, antes de mais nada devemos perguntar para onde queremos ir e ter certeza desse objetivo.
-
Esse talvez seja o primeiro e determinante passo. Aquele que vai impulsionar todos os demais.
-
Para onde quero ir e por quê? Tenho certeza desse rumo?
-
Pois como diz Sêneca, para aquele que não sabe qual direção tomar todos os ventos sopram contra.
-