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Linhas de Nazca podem ter sido desenhadas por duas civilizações diferentes

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Um dos geoglifos mais conhecidos de Nazca, o beija-flor.
Imagine dois pintores usando a mesma tela para criar diferentes imagens, para propósitos diferentes.  Imagine que algumas das áreas foram separadamente pintadas por cada artista, enquanto outras foram compartilhadas e as imagens ficaram sobrepostas.  

Imagine que os artistas morreram sem contar para ninguém que foi assim que o trabalho de arte havia sido feito.  Imagine que, na verdade, as telas eram as vastas extensões de uma terra e os artistas eram de diferentes culturas.  Esta é a nova teoria que tenta explicar o porquê das misteriosas Linhas de Nazca, no Peru, terem sido difíceis de explicar.
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Gigantesco desenho de um possível humano, ou outro tipo de ser.
Esta ideia de confluência de culturas, apresentada numa recente reunião da Sociedade para a Arqueologia Americana, em São Francisco, foi desenvolvida por Masato Sakai, professor de literatura e ciências sociais, e sua equipe de pesquisadores da Universidade Yamagata, no Japão, após a descoberta e estudo de 100 novos geoglifos no Deserto de Nazca, no sul do Peru.  Os pesquisadores também descobriram fragmentos de cerâmica nas interseções de algumas das linhas.

Sakai e sua equipe identificaram quatro estilos de ‘glifos’ em diferentes caminhos que levavam para o centro dos templos e pirâmides de Cahuachi.  Alguns dos glifos eram condores e camelídeos que pareceram ter sido desenhados por um grupo de pessoas que vieram do vale do Rio Ingenio para Cahuachi.  Outros glifos tinham a forma de seres sobrenaturais e cabeças humanas, e se estendiam ao longo de diferentes caminhos, do Vale de Nazca a até os centros religiosos.
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Linhas mostrando o que poderia ser um camelídeo.
A equipe acredita que a cerâmica quebrada identificava uma mudança no propósito das linhas.  Antes de 200 DC, os glifos eram primariamente caminhos ou apontadores direcionais para os peregrinos que viajavam para Cahuachi,  Os cacos de cerâmica apareceram após esse período e mostram que os próprios glifos serviram como locais para atividades religiosas, as quais incluíam a quebra de vasos.

Bem quando as coisas começaram a fazer sentido, a equipe descobriu geoglifos no Platô de Nazca, entre os vales Ingenio e Nazca, que pareciam ter sido feitos por ambas as culturas e outras que foram feitas após o colapso de Cahuachi como centro religioso, por volta de 450 DC.
Teriam as Linhas de Nazca sido feitas por duas culturas diferentes, em tempos diferentes e para propósitos diferentes?  Pesquisadores da Universidade de Yamagata planejam continuar os estudos dos geoglifos atuais, bem como descobrir novos desenhos, para saber com certeza.