Você provavelmente já deve ter ouvido falar na Teoria da Terra Oca. Ela pressupõe que o interior da Terra é vazio e habitável e, supostamente, teria sido para onde os viajantes que fugiram do extinto continente de Atlântida. Muitos cientistas e arqueólogos acreditam na existência de tal continente, que foi citado pela primeira vez na história por Platão, conhecida figura da filosofia e matemática grega. Contudo, todos os estudiosos concordam em um ponto. Seus habitantes não conseguiram fugir das catástrofes climáticas que levaram o continente de Atlântida ao fundo do oceano.
O livro A Terra Oca, de Raymond Bernard, lançado em 1969, relata a história de Richard Byrd, Vice-almirante da marinha dos Estados Unidos que, ao realizar um voo sobre o Polo Norte teria descoberto uma abertura para o centro da Terra. Bernard afirma ainda que Byrd teria encontrado uma vegetação tropical ao adentrar pela abertura no Polo e que, ao pousar, fora recebido pelos habitantes de tal terra, chamada então de Agharta. Tal lugar teria um sol central, que garantiria a sobrevivência de seus moradores. O autor afirma que tais relatos teriam sido tirados do diário-de-bordo do Almirante Byrd, fato que nunca foi confirmado, por isso não vou estender mais as explicações acerca desse folclore criado.
Uma coisa é certa, a Terra NÃO é oca. E aqui vai as razões definitivas para isso:
As ondas sísmicas geradas por terremotos, explosões atômicas ou outros tremores resultantes de causas naturais ou não, são catalogadas por Geocientistas, que medem com precisão sua velocidade, ângulo de incidência, intensidade e atenuação. A intensidade de um abalo sísmico vai depender da densidade do meio por onde a mesma viaja. Ou seja, vai depender da composição do que fica entre o lugar onde ele se origina até chegar a superfície do planeta. Isso permite gerar imagens do interior da Terra, chamados de tomografia sísmicas. Funciona basicamente da mesma forma que o radar de um morcego, que emite determinada frequência sonora e, a partir disso, consegue determinar possíveis árvores, barreiras ou montanhas a sua frente com grande precisão.
Com as imagens geradas por essas tomografias, conseguimos determinar que a Terra possui três camadas principais:
1ª camada: possui cerca de 40km e é constituída de basalto e granito.
2ª camada: um manto de rochas de menos densidade, que mede cerca de 3.200km .
3ª camada: 6.400km de um núcleo central a base de ferro e níquel. A parte externa deste núcleo é líquida e, ao se movimentar, gera correntes elétricas, criando o campo magnético da Terra.
As tomografias sísmicas são muito reveladoras. Descobriu-se, por exemplo, que o núcleo da Terra não é uma esfera lisa como imaginávamos e sim um aglomerado de montanhas de muitos quilômetros de altura com vales com seis vezes a profundidade do Grand Canyon.
Esses argumentos são testados, comprovados e irrefutáveis. Ainda assim, sempre haverá aqueles que defenderão a Teoria da Terra Oca. Mas não os culpo. Esse tipo de folclore ganha força na esperança das pessoas de alcançarem uma civilização mais avançada tecnologicamente e socialmente. Pelo sonho de um mundo sem problemas como a fome e a violência. Mas não deixe se enganar, não ignore os fatos. Com certeza existem muitas coisas que os governos nos esconde, mas um mundo habitado dentro do nosso planeta não é um deles.
Fonte: cienciaufologica