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Seu conceito sobre o sexo - que diferença faz?

Deus no casamento 02
HÁ PESSOAS que são da opinião de que a Bíblia desaprova tudo o que tem que ver com o sexo. Isto, naturalmente, não é o que a própria Bíblia diz. Depois de falar a respeito de Deus criar o primeiro homem e a primeira mulher, a Bíblia prossegue: “Deus os abençoou e Deus lhes disse: ‘Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra.’” — Gênesis 1:27, 28.
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2 Portanto, as relações sexuais entre homem e mulher têm a aprovação divina. Mas, deviam entregar-se a elas sem limitações? Resultaria tal conceito em obtermos o maior usufruto da vida? Traria verdadeira paz e segurança para nós e para os em volta de nós?
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3 O sexo está tanto sujeito a ser usado mal como estão outras funções humanas. Comer é bom e essencial à vida; no entanto, a glutonaria pode prejudicar a saúde e abreviar a vida. Dormir também é vital; mas o excesso disso priva a vida de realizações, e pode até mesmo enfraquecer o corpo. Assim como o verdadeiro usufruto da vida não resulta da glutonaria, da bebedice e da preguiça, também não resulta do uso irrestrito das faculdades sexuais. Isto é atestado pela experiência humana durante milhares de anos. Será preciso que nós descubramos isso pela nossa própria experiência amarga? Há um modo melhor.
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4 A Palavra de Deus oferece um conceito equilibrado do sexo, que protegerá nossa felicidade atual e no futuro. No entanto, não é apenas para a nossa própria paz e segurança, mas, ainda mais importante, é por respeito ao nosso Criador que devemos procurar aprender e nos apegar às suas normas a respeito do uso destas faculdades com que dotou a humanidade. Colocamo-nos realmente do lado dele na questão que envolve a legitimidade de sua regência? Então nos sujeitaremos de bom grado também neste assunto à sua sabedoria e autoridade superiores como Soberano Universal. — Jeremias 10:10, 23.
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MANTER O MATRIMÔNIO HONROSO ENTRE TODOS
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5 A Bíblia exorta: O matrimônio seja honroso entre todos e o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros.” (Hebreus 13:4) Portanto, Deus é contra aqueles que se empenham nas relações sexuais fora do matrimônio. Isto é coerente com o fato de que Deus, ao dar ao primeiro homem um cônjuge, ele mostrou que era da sua vontade que o homem e sua esposa se tornassem “uma só carne”, numa união duradoura. Cerca de quatro mil anos depois, o Filho de Deus mostrou que seu Pai não havia abandonado esta norma. (Gênesis 2:22-24; Mateus 19:4-6) Mas é tal norma desnecessariamente restritiva? Priva-nos de algo bom? Vejamos.
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6 O adultério viola a norma divina e Jeová promete ser “testemunha veloz” em julgamento contra os adúlteros. (Malaquias 3:5) Os frutos péssimos das relações sexuais com alguém fora do vínculo marital salientam a sabedoria da lei de Deus. O adultério destrói a confiança e cria desconfiança. Causa insegurança e mina a paz marital. A resultante amargura e mágoa amiúde resultam em divórcio. Os filhos sofrem, ao verem sua família desfazer-se. Ao considerar estas coisas, não concorda que a condenação do adultério por Deus é para o nosso bem? A sua Palavra mostra que aquele que tem genuíno amor ao próximo não comete adultério. — Romanos 13:8-10.
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7 Conforme também já vimos, a Bíblia expressa também o julgamento de Deus contra os fornicadores. Exatamente o que é “fornicação”? Embora o uso bíblico deste termo possa incluir as relações sexuais por parte de pessoas não casadas, bem como o adultério, tem um significado muito mais amplo. A palavra para “fornicação”, usada ao se registrarem as declarações de Jesus e de seus discípulos, é a palavra grega porneía. Deriva-se da mesma raiz como o termo moderno “pornografia”. Porneía foi usada nos tempos bíblicos para descrever todas as formas de relações sexuais ilícitas. (The Vocabulary of the Greek New Testament, de Moulton e Milligan) Não inclui apenas as relações sexuais comuns entre pessoas não casadas entre si, mas também relações sexuais pervertidas entre tais pessoas. Neste respeito, outra obra de referência diz que porneía “pode também ser um ‘vício desnatural’, . . . sodomia”.36
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8 Quando instou com seus irmãos cristãos para que se ‘abstivessem da fornicação’, o apóstolo Paulo apresentou fortes motivos para fazerem isso, dizendo: “Que ninguém vá ao ponto de prejudicar e de usurpar os direitos de seu irmão neste assunto, pois Jeová é quem exige punição por todas estas coisas . . . Pois Deus nos chamou, não com uma concessão para a impureza. . . . Assim, pois, quem mostra falta de consideração, não desconsidera o homem, mas a Deus.” — 1 Tessalonicenses 4:3-8.
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9 Quem comete fornicação deveras ‘prejudica e usurpa os direitos dos outros’. Isto se dá, por exemplo, com pessoas que vivem com alguém do sexo oposto sem o benefício dum casamento legal. Por que fazem isso? Freqüentemente, o motivo é para que possam abandonar a união sempre que queiram. Não fornecem ao seu parceiro em tal arranjo nenhuma segurança que um casamento responsável devia fornecer. Mas o que se dá quando ambos se empenham voluntariamente em fornicação, com consentimento mútuo? Estão ainda assim ‘prejudicando e usurpando os direitos dos outros’? Decididamente que sim.
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10 Em primeiro lugar, quem participa em fornicação participa em prejudicar a consciência da outra pessoa, bem como qualquer posição limpa que tenha perante Deus. O fornicador destrói também a oportunidade da outra pessoa de contrair um matrimônio com um começo limpo. É provável que lance desrespeito, vitupério e aflição sobre os membros da família da outra pessoa, bem como da sua própria. Pode também pôr em perigo a saúde mental, emocional e física da outra pessoa. Freqüentemente se relacionam com tal imoralidade sexual as temíveis doenças venéreas. Embora a culpa por tal dano recaia mais pesadamente sobre aquele que promove a fornicação, não obstante, ambas as partes compartilham a culpa.
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11 O desejo apaixonado pode fazer com que as pessoas prefiram cegar-se para com tais danos. Mas, acha que Deus, na sua justiça, passará por alto ou tolerará tal desrespeito calejado para com os direitos dos outros? A Palavra de Deus exige que se ame o próximo como a si mesmo e que se ‘honre’, não rebaixe ou repudie, seu arranjo sagrado para o matrimônio. — Mateus 22:39; Hebreus 13:4.
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12 Que dizer do homossexualismo? Conforme já vimos, esta prática está abrangida pela palavra porneía (“fornicação”), usada por Jesus e pelos seus discípulos. O discípulo Judas usou esta palavra ao se referir aos atos sexuais desnaturais dos homens de Sodoma e Gomorra. (Judas 7) O homossexualismo causou ali a degradação que produziu um alto “clamor de queixa” e levou a Deus destruir estas cidades e seus habitantes. (Gênesis 18:20; 19:23, 24) Mudou Deus de conceito desde então? Não. Por exemplo, 1 Coríntios 6:9, 10 alista os “homens que se deitam com homens, entre os que, se continuarem com tal prática, não herdarão o reino de Deus. Também, descrevendo o resultado para os que ‘desonram seus corpos com a impureza’, indo “após a carne para uso desnatural”, o apóstolo Paulo escreve que eles “ficaram violentamente inflamados na sua concupiscência de uns para os outros, machos com machos, praticando o que é obsceno e recebendo em si mesmos a plena recompensa que se devia ao seu erro”. (Romanos 1:24, 27) Tais pessoas não só caem sob a condenação de Deus. Recebem também uma “recompensa” de corrução mental e física. Por exemplo, hoje há muita sífilis entre os homossexuais. A norma elevada estabelecida na Palavra de Deus, em vez de nos privar de algo bom, protege-nos contra tal dano.
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ACEITAÇÃO DO CONCEITO DE DEUS SOBRE O DIVÓRCIO
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13 “Aborreço o divórcio.” Foi assim que Jeová Deus expressou sua forte opinião ao repreender os que ‘agem aleivosamente’ com seu cônjuge. (Malaquias 2:14-16, Brasileira) Sua Palavra fornece conselho abundante para ajudar as pessoas a tornar o casamento bem sucedido e a evitar a amargura do divórcio. Ela torna também claro que Deus considera a fidelidade aos votos maritais como responsabilidade sagrada.
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14 Isto é salientado por ele reconhecer apenas um motivo válido para o divórcio. Seu Filho mostrou qual é: “Eu vos digo que todo aquele que se divorciar de sua esposa, exceto em razão de fornicação [porneía], e se casar com outra, comete adultério.” (Mateus 19:9; 5:32) Porneía, conforme já vimos, refere-se a todas as relações sexuais imorais fora do matrimônio, quer naturais, quer desnaturais.
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15 Quando o cônjuge de alguém se torna hoje culpado de tal “fornicação”, rompe isto automaticamente o vínculo marital? Não, pois o cônjuge inocente pode decidir se quer perdoar-lhe ou não. Quando se decide o divórcio, o reconhecimento da autoridade respectiva do governo secular, por parte do cristão, fará com que ele dissolva o casamento de modo legal, fazendo-o em base verídica e legal. (Romanos 13:1, 2) Ao se concluir este processo, é permissível um novo casamento. Mas as Escrituras aconselham que tal casamento deve ser apenas com outro cristão ou cristã, alguém que está realmente “no Senhor”. — 1 Coríntios 7:39.
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16 O que se dá, porém, quando as leis do país não permitem nenhuma espécie de divórcio, nem mesmo por motivo de imoralidade sexual? O cônjuge inocente, em tal caso, talvez possa obter um divórcio num país onde se permite o divórcio. As circunstâncias, naturalmente, talvez não tornem isto possível. Mas é possível que se consiga alguma forma de separação legal no próprio país, que se possa procurar obter. Qualquer que seja o caso, o cônjuge inocente pode separar-se do culpado e apresentar prova definitiva do motivo bíblico para o divórcio aos anciãos que servem em cargo judicativo na congregação local das testemunhas cristãs de Jeová. Depois, se mais tarde se decidir a tomar outro cônjuge, a congregação não agirá para excluí-lo da congregação como adúltero, desde que entregue à congregação uma declaração escrita. Esta declaração precisa conter um voto de fidelidade ao cônjuge atual e a concordância de obter uma certidão legal de casamento, caso o cônjuge afastado morra. Não obstante, esta pessoa terá de enfrentar quaisquer conseqüências que lhe possam resultar no que se refere ao mundo fora da congregação. Pois o mundo, em geral, não reconhece a superioridade da lei da Deus às leis humanas, e que tais leis humanas só têm autoridade relativa. — Veja Atos 5:29.
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É SÁBIO EVITAR TODA A IMPUREZA E A COBIÇA SEXUAL
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17 As relações sexuais ocupam claramente um lugar devido na vida dos casados. Deus providenciou-as como meio pelo qual se pode ter filhos, e também como fonte de satisfação agradável para os pais. (Gênesis 9:1; Provérbios 5:18, 19; 1 Coríntios 7:3-5) Não obstante, ele adverte contra o abuso deste dom.
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18 Em vista da ênfase que se dá ao sexo na sociedade moderna, muitos jovens verificam que seu desejo de satisfação sexual é estimulado já antes de estarem em condições de se casar. Em resultado disso, alguns procuram tirar prazer da excitação que eles próprios praticam com os órgãos sexuais. Isto é masturbação. É correto e sábio fazer isso?
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19 As Escrituras aconselham: “Amortecei, portanto, os membros do vosso corpo que estão na terra, com respeito à fornicação, impureza, apetite sexual, desejo nocivo e cobiça.” (Colossenses 3:5) Será que aquele que pratica a masturbação ‘amortece os membros de seu corpo com respeito ao apetite sexual’? Ao contrário, ele estimula o apetite sexual. Passa a ansiar uma atividade que ainda não é própria para ele, de maneiras que satisfaz o anseio de modo impuro. (Efésios 4:19) A Bíblia exorta que se evite a espécie de pensamento e conduta que possa criar tais problemas, empenhando-se, em vez disso, em atividade sadia e em cultivar o autodomínio. (Filipenses 4:8; Gálatas 5:22, 23) Quando se faz um empenho sério neste sentido, pode-se evitar tal abuso de si mesmo, com benefícios mentais, emocionais e espirituais para a pessoa.
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20 O que a Bíblia diz a respeito de “impureza, apetite sexual, desejo nocivo”, aplica-se a todos os cristãos, solteiros ou casados. É verdade que marido e mulher têm o direito bíblico e legal de se empenhar em relações sexuais entre si e de ter satisfação nisso. Mas, significa isso que podem deixar de lado todos os freios? A exortação que a Palavra de Deus faz a todos os cristãos, para cultivarem o autodomínio, argumenta contra tal conceito. (2 Pedro 1:5-8) O escritor bíblico inspirado não precisou explicar aos casados a maneira natural em que os órgãos reprodutivos do marido e da esposa se complementam. As relações homossexuais evidentemente não seguem esta maneira natural. Assim, homossexuais masculinos e femininos usam outras formas de relações no que o apóstolo chama de satisfazer “ignominiosos apetites sexuais” e práticas ‘obscenas’. (Romanos 1:24-32) É razoável que os casados imitem as formas homossexuais de relações nas suas próprias relações maritais e ainda assim fiquem livres de ter tais “ignominiosos apetites sexuais” ou “desejo nocivo” aos olhos de Deus?
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21 Ao examinar o que as Escrituras dizem, alguém talvez se dê conta de que sua anterior maneira de pensar nestes assuntos foi moldada por pessoas que, conforme diz a Bíblia, ficaram “além de todo o senso moral”. Mas é possível fazer uma mudança. Com a ajuda de Deus, a pessoa se pode “revestir da nova personalidade”, que é moldada segundo a verdadeira justiça. (Efésios 4:17-24) Assim mostrará que fala realmente sério quando diz que quer fazer a vontade de Deus.
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SEU CONCEITO INFLUI DE MODO VITAL NA SUA PAZ E SEGURANÇA
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22 Realmente, não é pesado aplicar o conselho da Palavra de Deus com respeito à moralidade sexual. Contraste os frutos do proceder delineado pela Bíblia com a elevada proporção de divórcios, no mundo, seus lares rompidos, os filhos delinqüentes, sua prostituição, e a violência e os assassinatos cometidos em conexão com a paixão sexual. (Provérbios 7:10, 25-27) Quão evidente é a sabedoria da Palavra de Deus! Se rejeitar o modo mundano de pensar, baseado em desejo e cobiça egoístas, e se harmonizar seu modo de pensar com o conselho de Jeová, seu coração se fortalecerá muito com desejos corretos. Em vez de prazeres passageiros de imoralidade sexual, usufruirá uma boa consciência e duradoura paz mental. O matrimônio e os vínculos familiares se fortalecerão com o desenvolvimento da confiança mútua entre os cônjuges e do respeito por parte de seus filhos.
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23 E não perca de vista que está envolvida a sua própria esperança de vida eterna. A moralidade bíblica contribuirá para mais do que a sua saúde atual. (Provérbios 5:3-11) Formará parte da evidência de que realmente lamenta as coisas detestáveis feitas por aqueles que hipocritamente professam crer em Deus, e que foi ‘marcado’ para a sobrevivência para a “nova terra”, de Deus, onde há de morar a justiça. Então, quão vital é que ‘faça o máximo para ser finalmente achado por Deus sem mancha nem mácula, e em paz’. — Ezequiel 9:4-6; 2 Pedro 3:11-14.