"Exige muito emocional", conta supervisora que atua no mercado.
Para quem busca emprego, setor oferece oportunidade de crescimento.
A função para operador de telemarketing é a segunda com o maior número de vagas disponíveis no mercado, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Comércio, Bens e Turismo (CNC). São 27,4 mil oportunidades e são diversos os motivos para isso. Nem sempre o atendente encontra paciência, tolerância ou educação na pessoa que está sendo atendida, e isso faz com que muitos desistam da profissão. A primeira posição em vagas é do setor de manutenção.
Para a supervisora Mirailde Alves, existe muita cobrança para quem atua na profissão. “Exige muito emocional. Porque nem sempre quem está do lado de fora entende e você consegue absorver”, conta ela.
Carolina Buchoschi, supervisora bilíngue, diz que essa não é a única resposta para o grande número de vagas disponíveis. “A questão salarial, a própria questão da pressão. Existe muito mito de que é um setor ruim para trabalhar”, diz Carolina.
A possibilidade de fazer uma carreira é um diferencial. Para Kátia Matos, supervisora de recursos humanos, crescer dentro do negócio e elevar seu salário motiva novos funcionários.
“Muitas pessoas não veem possibilidade de carreira nesta área de call center. Quando tem uma remuneração variável, o próprio operador faz o seu salário. Quanto mais ele vende, mais ele ganha”, conta Kátia.
Essa questão é um estímulo para pessoas que não trabalham na área, conta a supervisora de recursos humanos.
Segundo Kátia, quando a área de atuação não possui uma operação variável, não existe um estímulo para as pessoas entrarem para o setor.
A boa notícia para quem busca um emprego, é que nessa área é possível o crescimento individual em pouco tempo e a elevação de seu próprio salário.
“Eu entrei como operadora, fui monitora, fui back office, depois fui analista e por fim na supervisão. Para cada função, foram seis meses”, diz Mirailde.
Já Carolina Buchoschi, conta que iniciou sua carreira há dois anos como operadora, e hoje está em um cargo superior. “Eu iniciei como operadora. E aí passei para multiplicadora de treinamento, e hoje supervisora bilíngue. Em dois anos eu passei por esses três setores e tive essa ascensão”, conta Carolina.
Nem sempre é requisitado experiência para ocupar determinado cargo para a área de telemarketing, a carga horária de seis horas diárias é atrativa para quem está começando e a qualificação exigida também é acessível. “Tem que ter 2º grau completo, um bom português, precisa saber falar bem, se expressar bem. E só, o restante a gente treina”, diz Kátia.
Para Vagner Sandoval, professor de gestão de pessoas na Fundação Getúlio Vargas, a probabilidade de se entrar neste mercado é maior, pois é um setor com alta rotatividade.
“Existe oportunidade, existe gente querendo contratar. É possível haver este casamento, a probabilidade de se entrar neste mercado é muito maior do que a de ocupar outras posições em outros segmentos”, conta o especialista.
fonte: g1