Sempre existiram livros que as
autoridades, igreja, combatentes zelosos do desconhecido, procuraram destruir,
com freqüência junto com seus autores.
Destinos dramáticos de
manuscritos, edições desaparecidas, mortes estranhas. O que ocultam os livros
malditos?
Um dos livros mais misteriosos
é o livro egípcio antigo “Livro de Thoth”. Considera-se que o deus egípcio
antigo da sabedoria e conhecimentos Thoth tinha grande conhecimento que dava
poder sobre o mundo. Ele deu aos homens a escrita e era cronista dos deuses.
Era representado na forma de
homem, com cabeça de íbis e seu culto na cidade de Hermópolis, estava
relacionado com os reinos subterrâneos, e envolto em segredo.
A primeira citação do “Livro de
Thoth” é encontrada no papiro de Turim, onde se descreve conspiração contra o
faraó usando o livro.
Todos os seus participantes
foram executados e o livro maldito, que ensinava ações “contra a lei”, foi
queimado.
Posteriormente o livro surge
novamente estando à disposição de Khaemwaset, filho de Ramsés II.
Considerava-se que este texto
permitia olhar para o sol sem fechar os olhos e também dava poder sobre os
mares, terras e estrelas, revelando os segredos da língua dos animais, permitia
ressuscitar os mortos e agir à distância. Khaemwaset decidiu que o livro era
muito perigoso e queimou-o.
Aproximadamente no ano 300
antes de Cristo o “Livro de Thoth” aparece novamente. Naquela época muitos
magos de Alexandria afirmavam que tinham o “Livro de Thoth”.
Essa jactância terminou de modo
lamentável - todos eles morreram em consequência de acidentes.
Divulgavam o “Livro de Thoth”,
citando-o em textos, reproduzindo trechos isolados. Na Idade Média os
divulgadores de manuscritos misteriosos eram queimados cruelmente, mas, mesmo
assim, os conhecimentos apareciam.
Apesar de ninguém nunca ter
visto com certeza o “Livro de Thoth” impresso ou reproduzido de alguma forma
conhecida.
No século XV surgiu uma lenda
sobre sociedade secreta, que divulgava um breve resumo do “Livro de Thoth”, em
forma de cartões chamados de cartas de Tarô.
Sobre isto escreve em seus
trabalhos o cientista francês Antoine Court de Gébelin. Ele afirma que
encontrou estes conhecimentos em livro egípcio antigo, que teria escapado
depois do incêndio da biblioteca de Alexandria.
Na “Historia da Magia” (1876)
de Paul Christian (Pitois) bibliotecário do departamento de educação nacional
de Napoleão III também diz que os principais segredos da ciência da civilização
egípcia e o conteúdo básico do “Livro de Thoth” estão refletidos nas cartas de
Tarô.
Os séculos XIX e XX estão
repletos de histórias de magos e alquimistas, que tinham o papiro de Thoth,
entretanto ninguém o apresentou ao mundo.
Era muito grande o medo de
perecer, pois todos os que recebiam os conhecimentos secretos morriam de morte
não natural.
Hoje na biblioteca de
Alexandria encontram-se folhas isoladas da primeira cópia do papiro do “Livro
de Thoth”. Será realmente o mesmo livro?
A esta pergunta não há
resposta, como também, a muitas outras relacionadas com o antigo papiro. Não é
tão importante se realmente existiu o manuscrito, as lendas a respeito
alimentam nossa imaginação.