Você, religioso assíduo, deve estar pensando: Mais um anticristo. Enquanto você ateu, deve estar pensando: Mais um poser, (que não é nem ateu, nem religioso) afinal, ateus que se prezam não tem fé em Deus ou em qualquer outro ser “místico”. Mas então, antes de pensarem várias coisas, e me colocarem na boca do sapo, irei explicar de uma maneira bem diferente.
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O medicamento que é elaborado pelo profissional farmacêutico, que tanto estudou e se dedicou, não é vendido pela indústria farmacêutica? Pois bem, e a fé? O mesmo ocorre com ela, só que esta, é vendida por indústrias diferentes. As igrejas e afins. (Ultimamente até na forma de tijolos! Seria para construção de casas abençoadas?). Cada pessoa cria em sua mente um tipo de fé. A fé em si, não é acreditar em religião, mas acreditar que o mundo não consiste apenas no que é nascer, viver, morrer e fim. Como disse Machado de Assis:
“Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento”.
Tratando-se de fé, quando digo que cada um a produz de maneira específica, pense no farmacêutico produzindo o medicamento: Ele estuda, “produz” e a Indústria vende. O mesmo ocorre com a fé. Ela é produzida de maneira especial por cada um. Porém, ensinaram aos produtores de fé, que esta só teria valor caso fosse vendida pelos poderosos que tem um pedaçinho no céu (os proprietários das igrejas e afins). Desta forma, quando uma pessoa tem fé e não vai à igreja, por exemplo, é como se ela desrespeitasse sua crença, ou até o próprio Deus.
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Mas o que é Deus: Deus é tudo que nos faz bem, por exemplo, pensamentos positivos, boas ações, educação, paciência, enfim o que for bom para cada um, afinal, Deus segundo todas as orientações, se manifesta no bem total. Assim, ao pensar em fé, pode se ver Deus como algo que se completa com a fé presente na mente de cada um. Deus não precisa ser aquele cara de cabelos longos e olhos coloridos. Muito menos está no céu sentado em um trono irreal que alguns imaginam. Deus esta na sua mente, esta que rege a sua vida, e talvez por isso, a fé que sua alma produz se reflita tão bem em seu cotidiano. Afinal, crer faz bem. É como pensar no bem para si próprio. Mas aí, é que vêm a questão: Só ter fé resolve? Se eu não for à igreja (ou qualquer outro local específico de cada crença), não serei salvo por Deus?
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Particularmente, penso que ter fé faz bem, mas acreditar que céu e inferno existam e seguir as obrigações religiosas do tipo que exigem parte do salário “para Deus” são tipos de comportamentos que inventaram para deixar pessoas extremamente mais limitadas em suas atitudes frente às possibilidades do mundo. Todas estas histórias que as religiões propagam, faz muita gente se tornar descrente pela simples confusão formada em suas cabeças pensantes. A bíblia, por exemplo, será mesmo que ela veio das mãos de Deus? Deus nos conhecendo tão bem iria escrever um livro tão longo? Imagino que ele estaria ciente de que muitos não a leriam, e, portanto, seria um feito quase que em vão… Assim como sabemos que não se nasce sem o “pecado concebido”. Mas enfim, tomaram a fé que você criou, o Deus que você imaginou, colocaram em um “comprimidinho” ou “tijolinho” que só se vende nas igrejas e afins, e te deixaram extremamente confuso e sem opções. Afinal, no conceito religioso, só vai para o céu quem frequenta assiduamente a Igreja, toma os “comprimidinhos” e constrói suas casas com os “tijolinhos”.
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E, é importante lembrar , que a crença em seres místicos, aproxima-se da insanidade em alguns casos: Ter um amigo imaginário por exemplo, ou ouvir vozes não é exatamente uma doença, mas quando este amigo ou estas vozes, começam a influenciar demais sua vida de maneira que suas ações sejam realizadas baseando-se na opinião de seu amigo ou das vozes, (que nem sempre são boas), sua vida pode tornar-se um grande caos sem controle. E a confusão estaria feita. (Um sugestão ótima de que fé em exagero pode ser uma doença gravíssima é o filme O Quinto mandamento, disponível no YouTube.
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E, antes de finalizar, gostaria que aqueles que dizem que a fé cura todos os males, o que acontece de errado com aquelas pessoas em estágios finais de câncer, por exemplo, que rezam tanto, pedem tanto a Deus para que sejam curadas, e não o são? Deus quis sua morte? A oração não foi bem feita? Ou deve-se entender que a fé nada mais é neste caso, do que um tranquilizante produzido pela própria memória para que a morte seja mais facilmente compreendida? Para finalizar harmoniosamente bem, deixo um trecho digno de apreciação que encontrei em um blog chamado “Teorias e Argumentos” de um Senhor chamado Luis Rodrigues, ao qual se baseou em Karl Marx (Religião, o Ópio do Povo).
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“O mundo religioso, o “Reino de Deus”, não tem consistência própria, não é verdadeiramente real. É um “reflexo” de degradantes condições materiais de vida, da opressão da grande maioria dos homens por outros. É a “flor imaginária” que decora os grilhões que oprimem os explorados; é o “suspiro” de quem se vê degradado na sua humanidade, transformado em objeto e máquina produtiva que quanto mais enriquece os exploradores mais se empobrece a si mesmo. Segundo Marx, da religião o homem não pode esperar a sua libertação e emancipação. Ela é um “sintoma” da desumanidade do mundo dos homens e não o remédio para esse mal”.
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Falando em ópio, peço que assistam a este vídeo interessante que encontrei ao pesquisar sobre o assunto religião e fé, onde Dâniel Fraga comenta sobre religião e crack.
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