Os arquivos soviéticos secretos de OSNIs em águas internacionais
Mesmo em tempo de paz, todos os países têm dados
classificados como secretos sobre uma infinidade de situações que são vistas
como ameaça à segurança nacional e pesquisas consideradas sensíveis. Se isso
acontece de forma rotineira em nações não tocadas pela guerra, não é difícil de
imaginar que em países fortemente armados, que vivem em clima de constante
tensão, os segredos sejam ainda maiores e mais bem guardados — e entre eles
estão aqueles que se relacionam com os UFOs.
Os arquivos
secretos da atual Marinha Russa, antiga Marinha Soviética, contêm muitas
informações valiosas sobre avistamentos de discos voadores e objetos submarinos
não identificados e os pesquisadores militares do país têm sido bem detalhistas
e profissionais em seus estudos sobre tais casos. Embora a maioria dos arquivos
seja de acesso restrito, mesmo após a queda da União Soviética, ao longo de anos
de pesquisa e com ajuda de colegas russos, ucranianos e de outros países agora
independentes, conseguimos coletar algumas informações realmente interessantes.
Algumas estão neste artigo.
Em agosto
de 1965, a tripulação do navio a vapor Raduga, enquanto navega no Mar Vermelho,
observou um fenômeno incomum. A cerca de 2 km de distância da embarcação, uma
esfera de fogo irrompeu da água e pairou sobre a superfície do mar,
iluminando-a. O objeto tinha 60 m de diâmetro e pairou a uma altitude de 150 m.
Um pilar gigantesco de água subiu, conforme a esfera emergiu do mar, caindo
alguns momentos depois. O avistamento foi mencionado em várias publicações
soviéticas e o caso até hoje não foi liberado oficialmente. E ele não é o único,
como se verá.
Houve
também um fascinante avistamento no verão de 1972. Um UFO transmorfo foi
observado por marinheiros soviéticos a bordo do Musson, um navio científico, a
cerca de 300 km das Ilhas Bermudas, no Caribe. No início da manhã, Igor Vagin, o
eletricista da embarcação, o operador de rádio e um dos navegadores observaram
um corpo elíptico em movimento através do céu sem nuvens, que foi visto com
clareza. O objeto se movia lentamente a uma grande altitude, de noroeste a
sudeste. Chegando ao zênite, o UFO adquiriu o formato de uma roda e depois,
distanciando-se do navio, tornou-se novamente um corpo elíptico alongado de cor
branco-prateada. Todos os três observadores viram o artefato até ele
desaparecer. Esse avistamento foi mencionado no artigo do cientista, jornalista
e escritor russo Valentin Psalomschikov, publicado na revista russa NLO,
especializada em assuntos relacionados com o paranormal, em 2001.
Já em 1976, outro fato chamou a atenção da então Marinha Russa. A tripulação do navio de pesquisa científica Vladimir Vorobyov observou oito raios radiais brancos e giratórios medindo em torno de 20 m de comprimento emanando de um objeto massivo, encontrado pelo localizador acústico a 20 m abaixo do navio — a profundidade da área de Bengala Bay, onde estava o Vorobyov, era de 170 m. O fenômeno durou 30 minutos. Quando os raios começaram a aparecer, os marinheiros, que estavam dormindo, ficaram assustados. O incidente foi relatado em uma série de publicações soviéticas.
Mais um fato espantoso foi o ocorrido em 28 de
fevereiro de 1977 e descrito no jornal soviético Vechernyaya Odessa, que conteve
ainda uma entrevista com o capitão do navio a motor Anton Makarenko, envolvido
no incidente. Seu nome era Yevgeny Lisenko, e ele disse aos repórteres que,
enquanto navegava pelo Estreito de Malak, em águas indonésias, cinco membros de
sua tripulação testemunharam uma luminescência de proporções gigantescas. Às
02h00, os homens relataram ter observado uma roda luminescente com raios, com o
epicentro das evoluções por trás do navio e com alcance de cerca de 18 km. A
“roda” estava submersa e o fenômeno durou cerca de 50 horas.
“ALCANÇAVAM
O HORIZONTE”
Inicialmente,
os marinheiros viram apenas alguns pontos luminescentes entre as ondas, que logo
começaram a se multiplicar. Em seguida, os pontos de luz se estenderam em linhas
de cerca de 6 a 8 m de largura, até o horizonte. A distância entre as linhas era
de cerca de 40 m. Tudo se tornou brilhante, como se a Lua aparecesse no céu. A
luminescência era fria, prateada e muito brilhante. “As linhas começaram a se
mover, como pontas de uma roda gigante e com movimentos lentos que alcançavam o
horizonte”, lembrou o capitão. Os tripulantes, todos eles homens experientes,
sentiram tonturas e ficaram nauseados, como se estivessem em um carrossel. A
evolução acelerou e as extremidades dos raios se dobraram. Finalmente, eles se
partiram em pontos separados e desapareceram.
Há relatos soviéticos fascinantes vindos também da ilha
Geórgia do Sul, localizada no território das Malvinas, a 1.600 km da Antártida.
Como se sabe, a porção sul do Oceano Atlântico é uma das áreas mais remotas do
planeta. Capitães de navios russos relataram que uma nuvem obscura em forma de
cone pairava constantemente sobre a ilha. Anexa aos relatórios feitos pelos
comandantes das embarcações, havia nos documentos que vazaram uma fotografia
mostrando o movimento ascendente de um disco, vindo do fundo do oceano — o
objeto não se parecia com um míssil, tampouco com um torpedo. Logo após sua
ascensão, ele tornou-se invisível aos radares. Em dezembro de 1977, não muito
longe da mesma ilha, a tripulação do barco de pesca Vasily Kiselev também
observou algo extraordinário.
Ascendendo
verticalmente debaixo do mar havia um objeto em forma de rosquinha, com diâmetro
estimado entre 300 e 500 m. Enquanto a aeronave pairava a uma altitude de 4 km,
a estação de radar da traineira ficou imediatamente inoperante. O aparelho
permaneceu sobre a área por três horas e depois desapareceu instantaneamente. O
relatório do evento foi feito pelo doutor Y. Zakharov, médico de bordo, que
descreveu o UFO como um corpo ascendente na água, em forma de cogumelo, que
deixava um rastro de fumaça atrás. O objeto mudou seu ângulo de inclinação em
relação ao horizonte e depois desapareceu abruptamente sem deixar rastros”.
Enquanto a tripulação observava o artefato, todos notaram que a estação de rádio
de bordo apresentara defeito. O relatório dos eventos foi enviado para a
Comissão Central de Fenômenos Anômalos no Meio Ambiente.
MAIS
CASOS REGISTRADOS
O
engenheiro siberiano U. Yerokhin relata um artigo publicado no jornal soviético
Nedelya, em 1977, mencionando que os cientistas a bordo do navio Vladimir
Vorobyov descreveram uma mancha branca brilhante que girava em torno da
embarcação a uma profundidade de 170 m. A mancha, que de acordo com Yerokhin
estava entre 150 a 200 m do Vorobyov, girava em sentido anti-horário. O
localizador de profundidade sonora da embarcação registrou a presença de algo a
uma profundidade de 20 m sob a quilha — uma luz se movia em forma de onda, com
formato de oito raios rotativos e curvos, parecido com as lâminas de uma
turbina.
O disco voador era como um corpo ascendente na água, em forma de cogumelo, que deixava um rastro de fumaça atrás. O objeto mudou seu ângulo de inclinação em relação ao horizonte e depois desapareceu abruptamente sem deixar rastros
Em 1997 o grupo editorial soviético Sudostroyeniye
publicou um livro escrito por Mikhail Igorevich Girs, que foi comandante de um
navio experimental. Na obra, ainda disponível em algumas bibliotecas regionais
na Rússia, Girs discorre sobre a construção e sobre as missões de um aparelho
científico submersível tripulado, chamado de Tinro-2. O autor cita um incidente
que ocorreu no início de 1970, observado a bordo do submersível. À noite,
conforme a escuridão descia sobre o mar, os marinheiros viram uma nuvem
luminescente gigantesca, um pouco acima do horizonte, com formato quase
perfeitamente redondo.
No meio da
nuvem eles distinguiram um ponto que se movimentava de forma caótica, possuindo
algo que lembrava uma cauda — os marinheiros observaram a nuvem crescer em
tamanho, enquanto a cauda se movia constantemente. Quando a primeira nuvem se
dissipou, outra cresceu no seu lugar e, em seguida, uma terceira. Em determinado
momento elas cobriram uma à outra. As nuvens eram luminescentes e
assemelhavam-se à Lua, mas não tão brilhantes. A transmissão de rádio não foi
afetada e tampouco as bússolas magnéticas do navio.
UM
EVENTO PITORESCO
Em 1958,
Felix Zigel, professor assistente no Instituto de Aviação de Moscou e pioneiro
da Ufologia Russa, criou, em conjunto com alguns entusiastas, um grupo para
pesquisa do Fenômeno UFO. Suas contribuições foram imensas e eles escreveram uma
série de livros sobre discos voadores na União Soviética, na época distribuídos
como manuscritos para escaparem da censura estatal. Zigel faleceu em 1988, um
ano antes de a censura ser abolida e a presença alienígena na Terra deixar de
ser um tabu. Em um de seus livros, o pesquisador narrou um evento pitoresco. Em
1978, marinheiros do navio a motor Novokuznetsk observaram um UFO quando partiam
do Equador. Um radiograma enviado do navio, em 15 de junho, relatava que à
noite, da proa, foram observadas quatro trilhas brancas e brilhantes partindo
rapidamente, cada uma delas com 20 m de comprimento. Ao mesmo tempo, outras duas
trilhas, com 10 m comprimento, aproximaram-se da
embarcação.
Logo em
seguida, às 03h00, na frente do navio, uma esfera branca luminescente, com polos
achatados, emergiu da água. Ela voou ao redor da embarcação e pairou por alguns
segundos sobre o navio a uma altitude de 20 m. Em seguida elevou-se em
ziguezague e desceu, submergindo. Fato semelhante ocorreu ao navio de cruzeiro
Shota Rustaveli, que foi construído na Alemanha, em 1968. Em 2002, ele foi
renomeado Assedo e então adquirido pela empresa ucraniana Kaalbye Shipping. Em
2003, como era uma embarcação obsoleta e desgastada, foi enviada para desmonte
no porto indiano de Alang. Mas o Assedo guardava um segredo. Enquanto navegava
pelo oceano Atlântico, em 1978, uma grande esfera voou sobre ele e os
passageiros relataram que seus relógios pararam de funcionar. O avistamento do
antigo navio de cruzeiro foi relatado em um manuscrito chamado Nablyudeniya, por
Felix Zigel, em 1979.
ESPETÁCULO
CELESTE
Em 21 de
setembro de 1980, um UFO também foi avistado a partir do navio Viktor Bugayev,
no Oceano Atlântico. De formato incomum, o objeto se parecia com um charuto
cônico e movia-se lentamente de sudoeste para nordeste. A porção dianteira da
nave era luminescente devido a um grande feixe de luz flamejante que media mais
da metade do comprimento do objeto e dava a impressão de estar direcionado para
a parte traseira do navio. Depois de voar por algum tempo, o UFO pairou
praticamente imóvel, girando sobre si mesmo de vez em quando. Em seguida, outro
artefato idêntico separou-se do primeiro e rapidamente ganhou velocidade,
desaparecendo a noroeste.
O primeiro
aparelho, ainda pairando, desligou o feixe de luz e assumiu a cor de alumínio.
Em seguida, passou a mover-se na mesma direção do objeto anterior, aumentando
sua velocidade. Os contornos claros de seu corpo ficaram embaçados conforme
ganhou distância. Entre os dois UFOs formou-se uma listra escura que cobria
cerca de um sexto do comprimento da fuselagem e ambos voavam entre 3 e 4 km, sem
emitirem som ou deixarem trilhas — no navio, 30 membros da tripulação observaram
com atenção. O relatório sobre esse impressionante avistamento foi publicado em
uma série de livros sobre UFOs e foi incluído originalmente no manuscrito de
Aleksandr Kuzovkin, em 1981, sobre dados estatísticos de UFOs na União
Soviética.
Kuzovkin
tornou-se um importante ufólogo na Rússia, vencendo a censura oficial. Em 1990,
ele tinha um arquivo com mais de 10 mil relatos de UFOs e acreditava que a falta
de tato quanto a uma possível interferência deles em nosso mundo, poderia nos
trazer consequências imprevisíveis. Ele falou abertamente em entrevistas que a
ciência russa ainda se recusava a considerar o Fenômeno UFO como algo sério
enquanto centros de pesquisa nos Estados Unidos sabiam da gravidade dos
acontecimentos, pesquisas ufológicas eram realizadas na Europa e departamentos
especiais para pesquisa de UFOs funcionavam na China. Quase foi fuzilado por
isso.
O
CASO GORI
Em junho de
1984, o petroleiro soviético Gori se encontrava no Mediterrâneo, a 35 km do
Estreito de Gibraltar. Às 16h00, Alexander Globa, um dos marinheiros do navio,
estava de serviço acompanhado do segundo em comando, S. Bolotov. Enquanto
estavam de vigília na ala esquerda da ponte de extensão, os dois homens
observaram um estranho objeto policromático no céu, que se aproximou até
alcançar a popa do navio e então parou de repente. Bolotov, impaciente, sacudiu
seus binóculos e começou a gritar: “É um disco voador, um disco real! Meu Deus,
depressa, depressa, olhe!” Globa olhou através de seus próprios binóculos e viu,
à distância sobre a popa, um artefato de aparência achatada que lembrava uma
frigideira virada de cabeça para baixo. O UFO reluzia com um brilho metálico
acinzentado.
A parte
inferior da nave tinha uma forma redonda mais precisa e seu diâmetro não passava
de 20 m. Em torno da parte de baixo do objeto Globa observou “ondas” de
protuberâncias no chapeamento exterior. A base do corpo do UFO consistia de dois
semidiscos, sendo o da parte superior menor. Ambos giravam em direções opostas.
Na circunferência do disco inferior, Globa viu inúmeras luzes, brilhantes como
pérolas — a atenção do marinheiro estava concentrada na parte inferior do
aparelho. Ela parecia completamente uniforme e suave, sua cor era como a de uma
gema e, no centro, Globa percebeu uma mancha redonda, como um núcleo.
Na borda do fundo do UFO, que era facilmente
discernível, havia algo que se parecia um tubo — ele reluzia com uma cor rosada
anormalmente brilhante, como uma lâmpada de néon. Na parte superior, o centro do
disco era coroado por algo que tinha forma triangular. Parecia se mover na mesma
direção que o disco inferior, mas a um ritmo muito mais lento. De repente, o UFO
saltou várias vezes, como se movido por uma onda invisível. Várias luzes
iluminaram sua porção inferior. A tripulação do Gori tentou atrair a atenção do
objeto, fazendo sinais com um holofote.
Naquele
momento, o capitão Sokolovsky já estava no convés com seus homens, observando
intensamente o artefato. No entanto, a atenção do aparelho foi atraída por outro
navio, vindo do porto — era uma embarcação árabe de carga seca, a caminho da
Grécia, e sua tripulação confirmou que o objeto pairou sobre ela. Um minuto e
meio depois, a nave mudou sua trajetória de voo para a direita, ganhou
velocidade e subiu rapidamente. Marinheiros soviéticos observaram que, quando o
veículo ascendeu, aparecendo e desaparecendo por entre as nuvens, ele refletia
ocasionalmente os raios do Sol. O UFO então disparou como uma faísca e
desapareceu instantaneamente. O testemunho de Alexander Globa foi publicado na
revista ucraniana Zagadki Sfinksa, em 1992.
MISTÉRIOS
NO MAR
Segundo a
edição de junho de 1987 da revista Vokrug Sveta, no mesmo mês de 1984 o navio
Professor Pavlenko, construído em 1973, com registro no porto da cidade de
Odessa e enviado para desmontagem em 2000, também teve um encontro com OSNIs. De
acordo com o relato, enquanto navegava no Mar Adriático, pela Baía de Zaton, a
tripulação observou uma mancha brilhante que apareceu na superfície, acompanhada
de círculos radiantes que se espalham sobre a água, a partir dela. Os círculos,
que tinham bordas distintas, expandiam-se a uma velocidade de cerca de 100 m por
hora. Sobre esse incidente, Mikhail Soroka, conhecido pesquisador de fenômenos
paranormais em Kiev, Ucrânia, declarou em 2007 ao jornal Fakty que marinheiros
tiveram inúmeros encontros com objetos não identificados: “Esses objetos
aparecem inesperadamente, voam sobre os navios, e submergem na água sem causarem
salpicos. Eles quebram o gelo no Oceano Ártico e emitem luminescência desde as
profundezas do oceano”.
Soroka
mencionou encontros com OSNIs que seguiam um cenário semelhante: cilindros
gigantes apareciam no céu, pequenos UFOs voavam para fora de seus corpos e
mergulhavam na água. Algum tempo depois, eles voltavam à superfície, voavam de
volta para dentro do cilindro e desapareciam no horizonte. Após as aparições de
tais objetos em uma determinada área, registrava-se que o campo eletromagnético
da região experimentava flutuações. Soroka também mencionou um interessante
incidente ocorrido nas Ilhas Curilas. Em um dos lagos congelados da região foi
descoberta uma estranha marca de derretimento no gelo — sua forma era circular,
com as bordas derretidas e o campo eletromagnético ao redor estava anormalmente
elevado. No entanto, nenhuma testemunha foi encontrada para revelar o que
realmente teria acontecido ou o que deixara tal marca no lago.
Não apenas
Soroka, mas também outros pesquisadores russos descreveram um episódio de 1968
que teve lugar perto da costa da América do Sul. Depois de fazer uma
investigação própria e detalhada e de entrevistar uma série de fontes, descobri
que aquele foi um incrível episódio de encontro com uma entidade desconhecida
debaixo d’água. Este incidente, muito incomum, aconteceu em 1968, durante uma
viagem do navio de investigação científica Akademik Kurchatov, hoje
desmantelado. Ele não era um navio de investigação científica comum e realizou
50 viagens em todos os oceanos do planeta, participando de grandes programas
internacionais de pesquisas. Sua última viagem ocorreu em 1989, quando já era a
principal embarcação da Academia Soviética de Pesquisas Científicas e
Oceanologia. O Oceano Atlântico foi o seu principal campo de
trabalho.
PESQUISAS
FLUTUANTES
O Kurchatov
era, na verdade, um instituto de pesquisas flutuante, bem equipado e
inteligentemente projetado, com capacidade de manobras de alta complexidade,
sistema de navegação, cortadores, botes salva vidas e um helicóptero. Em 01 de
setembro de 1968, a embarcação navegava na região sudeste do Pacífico, não muito
longe da costa da América do Sul, com tempo bom e surpresas não esperadas. De
repente, quando um dos instrumentos científicos lançados ao mar atingiu a
profundidade de 500 m, o cabo foi deslocado para o lado, como se alguém o
tivesse puxado, e se partiu — a instrumentação se perdeu no fundo do
oceano.
Um minuto depois, os grossos cabos que transportavam o
tubo de amostragem do solo e o da draga de fundo também foram arrancados e
completamente partidos, sem explicação. Isso nunca tinha acontecido antes
durante as viagens de Akademik Kurchatov. Quando os cabos rompidos foram levados
até o convés, os desesperados cientistas russos ficaram espantados: nos pontos
de rompimento eles viram cortes de dois metros de comprimento, brilhantemente
polidos. Era como se alguém tivesse usado uma lima gigante para cortar o cabo —
a tripulação do Akademik Kurchatov nunca conseguiu descobrir quem fez aquilo com
seus grossos cabos de aço.
KGB E UFÓLOGOS EM CONJUNTO
Em
1984, por decisão da União das Sociedades e Conselhos Tecnocientíficos da
Rússia, foi fundado um organismo oficial de pesquisa do Fenômeno UFO, a Comissão
Central de Fenômenos Anômalos, cujo presidente era V. Troitsky, membro da
Academia de Ciências Soviética, e em cuja diretoria estava o general de aviação,
piloto e cosmonauta Pavel Popovich. Ocorria ali o início de um processo de
cooperação entre ufólogos e a então KGB que foi sem precedentes e um marco na
história da pesquisa ufológica do país — e possivelmente do mundo. Popovich, que
concedeu uma série de entrevistas fascinantes alguns anos antes de sua morte,
citou em uma delas OSNIs e bases alienígenas subaquáticas na costa da então
União Soviética.
Isso fez
com que membros da Comissão recolhessem relatos de avistamentos de UFOs e OSNIs
junto à população da nação. Um desses relatos veio de um mecânico de Leningrado
chamado A. Golitikin. Em 1980, ele velejava a bordo da traineira frigorífica
Brilliant quando teve uma surpresa. Em 24 de janeiro, a embarcação estava
operando a cerca de 35 km da costa da África Ocidental quando, às 13h00, ele foi
para o convés e, juntamente com outro membro da tripulação, observou um objeto
preto em forma de charuto voando em direção ao navio. O UFO se movia muito mais
lentamente do que faria um avião e estava a uma altura de 1,5 a 2 km, sem emitir
ruído. Eles observaram o objeto por cerca de sete minutos através de binóculos e
ficaram muito espantados quando a nave se aproximou da traineira, mas
imediatamente desapareceu.
Estes são
apenas alguns de muitos casos que a antiga Marinha Soviética guarda a sete
chaves em seus arquivos. Poucas dessas ocorrências vieram a público, devido à
censura que reinava no país antes da queda do Muro de Berlim, e certamente há
muito mais informações incríveis nos porões secretos do país, mas que ainda
permanecem muito bem guardados.